Publicado em: 22 de maio de 2017 09h05min / Atualizado em: 22 de maio de 2017 10h05min
Na última sexta-feira (19), o Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal (SIASS) da UFFS – Campus Chapecó promoveu um debate com o tema “Assédio Moral no Trabalho: Violência verbal, física e sexual”. Para mediar os debates, o evento contou com a presença da coordenadora da União Brasileira de Mulheres – Núcleo de Chapecó, Liliane Araújo, e, também, do advogado e assessor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores(as) Técnico-Administrativos em Educação da UFFS (Sindtae), Erivelton José Konfidera.
Erivelton explicou que o assédio moral é caracterizado pelo conjunto de atitudes repetidas e prolongadas, direcionadas de maneira intencional de uma pessoa ou de um grupo para outra pessoa, podendo causar graves consequências à saúde física e mental da vítima. O advogado também falou dos cuidados que os gestores devem ter em seus ambientes de trabalho. “É muito importante debater o assédio moral em grupo, mas, na prática, ele acontece de forma isolada. Então, é preciso ter cautela ao tratar desses assuntos, encaminhando a vítima aos setores qualificados para resolução do problema”, ressaltou.
O gestor do SIASS, Alex Sandro Fedrigo, afirmou que um dos principais objetivos do SIASS é promover a qualidade de vida dos servidores. Por isso, debater sobre o assédio moral é uma forma de mostrar que existem locais de acolhimento para vítimas de assédio. “A qualidade de vida está diretamente ligada à relação do servidor com o seu local de trabalho e os colegas, e as relações abusivas podem resultar em problemas mais graves no futuro. É isso que nós queremos evitar”, concluiu.
Assédio contra mulheres
Liliane explica que o assédio sexual é um dos maiores problemas enfrentados pelas mulheres no ambiente de trabalho. “Cerca de 70% das vítimas de assédio no trabalho são mulheres e, na maioria das vezes, essa violência parte do próprio empregador, com a promessa de benefícios no cargo e, até mesmo, aumento de salário”, enfatizou.
A preferência de algumas empresas pela contratação de homens, em vez de mulheres, tem como pressuposto o conceito de produtividade e custos sobre encargos sociais. Essa desigualdade é também um fato destacável para o desencadeamento do assédio moral vivenciado pelas mulheres.
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