Publicado em: 09 de maio de 2017 17h05min / Atualizado em: 10 de maio de 2017 17h05min
Cortar, costurar, colar. É com um trabalho artesanal, cheio de cuidados e técnica que os livros ganham uma sobrevida nas bibliotecas. Uma oficina proposta pela Biblioteca da UFFS – Campus Chapecó buscou justamente capacitar os servidores para aprenderem a restaurar livros, que poderão seguir sendo fontes de informação e conhecimento aos usuários.
A oficina foi ministrada na segunda (8) e terça-feira (9) pelo bibliotecário da UFFS – Campus Realeza, Isac Soares Emidio. Participaram, além da bibliotecária Soraya Arruda Waltrick e os assistentes em administração Loivo Lemes e Jacir Gaio, servidores da UFFS – Campus Chapecó, profissionais da Udesc, da biblioteca e do arquivo públicos da Prefeitura de Chapecó e estudantes de Biblioteconomia da Unochapecó. “É uma troca de conhecimentos, já que outros colegas vieram com conhecimentos em restauros”, ressalta Soraya.
Conforme Soraya, a ideia surgiu em função do volume de livros afastados do acervo em função de danos – alguns por muito uso e outros por mau uso. Outro agente nocivo para o material é a poeira e a umidade. Segundo a bibliotecária, há estudos que apontam que a vida útil média de um livro de biblioteca é de dez anos. “A ação é justamente no sentido de preservar e prolongar a vida útil dos livros, preservando, também, o investimento em aquisições, que é alto”, frisa.
O bibliotecário que ministrou a oficina iniciou o trabalho com restauro de livros durante a Graduação, na Unesp, de Marília-SP, quando era estagiário na Biblioteca da instituição. “Havia bibliotecárias já capacitadas para essa atuação. Então recebi o treinamento e fui aperfeiçoando o conhecimento com outros cursos e, a partir disso, também comecei a dar oficinas lá”.
Apesar do tempo e do número de empréstimos dos livros os desgastarem, Isac lembra que também é necessária a atenção dos usuários: “não puxar o livro pela lombada para que não se descole, tomar cuidado com bebidas e comidas, com crianças que podem estragar o material, e também que os usuários não façam anotações pessoais nos livros – não riscar ou rasurar – , porque esse é um bem público”, orienta.
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