Publicado em: 30 de agosto de 2019 12h08min / Atualizado em: 30 de agosto de 2019 12h08min
Estudantes de Agronomia da UFFS – Campus Chapecó participaram do I Workshop Sul Brasileiro de Floricultura e Paisagismo, realizado pelo Colégio Politécnico da UFSM. Mariana Bertoncini, Flavia Bedin, Sediane Kohl e Letícia Vieira atuam como voluntárias de Iniciação Científica no projeto de pesquisa “Bioestimulantes no desempenho fisiológico de plantas ornamentais”, orientado pela professora Vanessa Neumann da Silva. Elas levaram os resultados obtidos com as investigações para o evento, além de participarem como ouvintes em palestras e minicurso.
Conforme Letícia, os bioestimulantes são substâncias aplicadas nas sementes para melhorar suas características ou para melhorar a tolerância ao stress abiótico (como alta temperatura ou água). Assim, elas utilizaram bioestimulantes (alga vermelha, alga marrom e ácido salicílico) em sementes de crista-de-galo e de tagetes (ou cravo francês). A ideia era testar os bioestimulantes visando melhorar as características das plantas – germinação e crescimento. O projeto tem previsão de duração de quatro anos.
Mariana avaliou o efeito do tratamento de ácido salicílico nas sementes em tolerância ao stress térmico; Flavia verificou a aplicação de bioestimulante de extrato de alga marrom nas sementes de tagetes; Sediane também utilizou sementes de tagetes e testou o tratamento com de bioestimulante de extrato de alga vermelha; e Letícia também utilizou o de bioestimulante de extrato de alga vermelha, mas nas sementes de crista-de-galo.
Conforme a professora Vanessa, esses trabalhos foram uma etapa inicial, e o projeto terá duração de quatro anos. O objetivo é dar continuidade nas próximas etapas e testar efeitos dos bioestimulantes de algas no crescimento de plantas ornamentais. É uma área pouco estudada e muito importante para desenvolvimento de técnicas para agricultura orgânica, já que extratos de algas são permitidos em sistemas de produção orgânico. Embora as flores e plantas ornamentais não sejam para consumo, pela questão de menor impacto ambiental, países europeus já produzem flores em sistemas orgânicos. Aqui no Brasil ainda se tem poucos estudos nessa temática”.
Quanto ao evento, o grupo foi o único representante da UFFS. Flavia comentou que durante o evento foi possível ter um panorama sobre a floricultura e tudo o que ela abrange – desde a produção até a parte de mercado e marketing. “A maior dificuldade ainda é a produção em grande escala”. Letícia ressaltou que o caso Holambra, apresentado durante o evento, foi bastante interessante, pois trouxe a realidade da produção até o mercado, mas em grande escala. Sediane apontou que embora a produção de flores seja escassa, a tecnologia é de ponta. “O que falta, ainda, é incentivo”.
Apesar das limitações, para as estudantes, o evento abriu possibilidades. “Conhecemos pessoas que estão no meio, fizemos contatos”, ressaltou Sediane. A professora Vanessa também apontou como relevante as estudantes terem conhecido a Floricultura Júnior (Floresce). “Elas ficaram surpresas, já que aqui na nossa região, a produção animal é que é o carro-chefe”.
E, segundo ela, foi importante mostrar a UFFS e que, mesmo com estrutura menor do que outras instituições, é possível fazer pesquisa aqui. “Dos trabalhos no evento, apenas o nosso era na área de sementes para floricultura. Geralmente trabalham com plantas nas fases de mudas ou de cortes. Então, levamos uma inovação para lá”, complementou Letícia.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
20 de dezembro de 2024
Passo Fundo
20 de dezembro de 2024
Pós-Graduação
20 de dezembro de 2024
Cerro Largo
20 de dezembro de 2024
Erechim