Eventos marcam luta contra a Aids no Campus Realeza
Para esse sábado (07), às 17h, na Casa de Cultura de Realeza, o Cinedebate traz o filme "Philadelphia", que traz no elenco Tom Hanks, como Andrew Beckett um promissor advogado que trabalha para um tradicional escritório da Filadélfia.

Publicado em: 05 de dezembro de 2013 14h12min / Atualizado em: 23 de março de 2017 14h03min

 Dia Mundial de Combate à Aids foi internacionalmente instituído no dia 1º de dezembro. Na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, a data marca a realização de eventos dedicados à prevenção e ao combate ao preconceito. As atividades são organizadas pela oitava fase do curso de Ciências Biológicas, em parceria com o Projeto Cinedebate e a Prefeitura de Realeza. Na noite de terça-feira (03), a exibição de trechos de alguns filmes deram início ao debate e às reflexões sobre o tema.

Para esse sábado (07), às 17h, na Casa de Cultura de Realeza, o Cinedebate traz o filme "Philadelphia", que traz no elenco Tom Hanks, como Andrew Beckett um promissor advogado que trabalha para um tradicional escritório da Filadélfia. Após descobrirem que ele é portador do vírus da Aids, Andrew é demitido injustamente. Já no dia 16 de dezembro, em parceria com a Prefeitura de Realeza, será promovida uma oficina/performance, intitulada "Entre nós e eles - uma história social da Aids", que será apresentada na Casa de Cultura, às 19h. Ambos os eventos são gratuitos.

A iniciativa para os eventos partiu de um componente curricular que trata de questões voltadas ao campo da Saúde e da Educação Sexual, o qual é ministrado pelos professores Renata Orlandi e Ronaldo Aurélio Gimenes Garcia. “O principal objetivo é propiciar reflexões e discussões sobre temáticas inerentes à saúde pública e à educação em saúde, mais especificamente no que se refere às DSTs/Aids”, comenta Renata.

Também segundo a professora, o resultado positivo do teste que acusa a infecção pelo vírus da Aids tem um forte impacto na subjetividade da pessoa contaminada. “O recebimento da notícia, o aparecimento de sintomas e a aderência ao tratamento abrem precedentes para uma infinidade de mudanças no cotidiano das pessoas que vivem e convivem com o HIV. Tais mudanças incluem as possibilidades de investigação do contágio de pessoas que lhe são importantes, como parceiros sexuais e/ou filhos, o receio de compartilhar a notícia e como fazê-lo, dificuldades em lidar com a esfera do direito sexual e reprodutivo, o próprio adoecimento, além de sentimentos de solidão e rejeição mediados pelo estigma e o preconceito especialmente vinculados a essa patologia”, detalha Renata.

Na atividade de terça-feira (03), realizada no Auditório do Campus Realeza, foram exibidos trechos dos filmes Carandiru, A Cura e Holding Trevor. Os participantes foram recepcionados ao som de Renato Russo. No intervalo, o Grupo Acordos Vocais, do projeto de extensão Intervalo Musical, executou canções de Cazuza. Além disso, os acadêmicos apresentaram uma coreografia elaborada a partir de músicas de Fred Mercury. “Todas essas músicas são uma lembrança do legado desses gênios da música que infelizmente morreram em decorrência da Aids no início da história social da epidemia”, comenta Renata.

De acordo com dados do Serviço Ambulatorial Especializado, vinculado à 8ª Regional de Saúde (abrange os 27 municípios da região Sudoeste), atualmente cerca de 450 pessoas, entre homens e mulheres, são soropositivas, ou seja, estão infectadas com o vírus HIV, sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana causador da Aids.