Programa da UFFS leva formação continuada a professores de Francisco Beltrão e Santo Antônio do Sudoeste
O programa atende cerca de 320 professores e estagiários que atuam nas escolas do campo, educação infantil e no ensino fundamental

Publicado em: 05 de novembro de 2018 17h11min / Atualizado em: 06 de novembro de 2018 12h11min

Contribuir com a formação de professores na região, este é um dos objetivos do Programa "Nos caminhos da práxis", desenvolvido pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em parceria com as Secretarias Municipais de Educação dos municípios de Francisco Beltrão e Santo Antônio do Sudoeste. O programa atende cerca de 320 professores e estagiários que atuam nas escolas do campo, educação infantil e no ensino fundamental.

Implementado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da UFFS, o Programa "Nos Caminhos da Práxis" é resultado de um acordo de cooperação técnica com os municípios e busca atender as necessidades de qualificação docente, promovendo a produção e troca de conhecimentos, bem como fortalecendo o vínculo entre a Universidade e as redes municipais de educação na região. Professores e técnico-administrativos em educação do Campus Realeza da UFFS são responsáveis por ministrarem as formações aos participantes.

Em Francisco Beltrão, cerca de 70 professores de cinco escolas do campo participam das formações promovidas pela UFFS (Ariel Tavares/UFFS)

Em Santo Antônio do Sudoeste, o programa já completou um ano, sendo atendidos aproximadamente 250 professores e estagiários de cinco escolas de educação infantil, seis escolas do campo e outras seis do ensino fundamental - anos iniciais. As formações abordaram temáticas voltadas aos direitos humanos e cidadania, diferentes formas de linguagem, educação infantil, experimentação em ciências, análise linguística, produção textual, alfabetização e letramento científico, entre outros.

A coordenadora adjunta do Programa no Campus Realeza, professora Gisele Louro Peres, explicou que em fevereiro de 2018 será trabalhada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ministério da Educação (MEC). "Estamos cumprindo o cronograma estabelecido junto aos professores, além disso também atendemos as necessidades que são apontadas durante as formações. A proposta de abordar a BNCC é resultado dessas discussões com os participantes", comentou.

Em conversa com os participantes, a coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, de Santo Antônio do Sudoeste, Rosana Alves Conceição Maciel, destacou a importância e os resultados do programa. "Desenvolvemos ações muito boas nas escolas a partir dos projetos, um deles trouxe um novo olhar sobre a questão da indisciplina, que as vezes está associada a fatores familiares, por exemplo, e não simplesmente ao fato do aluno ser 'rebelde'. As formações atendem as especificidade de cada grupo, assim como temos a liberdade de propor temáticas de acordo com as necessidades do município", comentou.

Um dos objetivos é o desenvolvimento de projetos práticos voltados à educação no campo de forma interdisciplinar (Ariel Tavares/UFFS)

Já no município de Francisco Beltrão, o Programa "Nos Caminhos da Práxis" é mais recente. No dia 1º de novembro, foi realizado o terceiro encontro de formação que tem como público cerca de 70 professores de cinco escolas do campo. Neste dia, foram trabalhados conceitos e historicidade da educação do campo, interdisciplinaridade e a importância do fazer docente. Mais a frente, o objetivo é o desenvolvimento de projetos práticos voltados à educação no campo de forma interdisciplinar.

A expectativa do grupo é trabalhar a formação específica por área do conhecimento, conforme destacou a professora Vivian Carla Pantano, diretora da Escola Municipal Jucelino Kubitschek. "Nossa expectativa é que seja tratada a formação específica por disciplina, para que os professores possam fazer um trabalho bem atuante dentro das particularidades de cada escola do campo". A professora Jane Goreti Paloschi também apontou a importância do debate sobre o que é a escola do campo. "Minha expectativa é que os professores consigam desenvolver uma concepção do que é a educação do campo, a necessidade que ela tem na nossa sociedade e que eles se sintam identificados com a realidade de sua escola", explicou.