Publicado em: 12 de setembro de 2014 00h09min / Atualizado em: 12 de setembro de 2014 00h09min
O Coletivo de Articulação Regional por uma Educação do Campo, do qual a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) faz parte, prepara, para o próximo dia 17 de setembro, um seminário que pretende discutir a relação entre universidade e os movimentos sociais.
O encontro será realizado no Auditório do Bloco B do Campus Chapecó e a programação tem início às 9h. Participam da mesa de abertura a Reitoria, Direção do Campus e os representantes dos movimentos sociais convidados: Via Campesina, Movimento das Mulheres Camponesas e Fetraf/Sul.
A programação é composta por espaços de diálogos, exposição de livros pela Livraria Marcelino Chiarello – Editora Expressão Popular e, à noite, haverá o lançamento do livro “Dialética da Agroecologia”, de Luiz Carlos Pinheiro Machado, e um momento cultural com apresentação de moda de viola.
Serão dois espaços de diálogos. Sobre o tema “Universidade e Movimentos Sociais: reflexões sobre os limites e as possibilidades dessa relação”, participam o professor do Campus Laranjeiras do Sul, Elemar Cezimbra, o representante da Via Campesina, Pedro Melchiors e o professor do Campus Chapecó, William Simões, como debatedor. À tarde, o espaço de diálogo tratará da “Agricultura e Reforma Agrária Popular e seus desafios”. Desse momento participam Luiz Carlos Pinheiro Machado, o representante da Via Campesina, Vilson Santin, e o vice-reitor da UFFS, Antônio Andrioli, como debatedor.
De acordo com o professor William Simões, que integra o Coletivo representando a UFFS, a intenção é mobilizar a comunidade acadêmica para ampliar e potencializar a relação dos movimentos com a sociedade civil. “Debater essa relação é fundamental para a UFFS, que surgiu através da organização desses movimentos. Pretendemos discutir qual é o papel da Instituição e dos movimentos sociais na formação crítica e na produção intelectual. Pensar em como lidar com esses sujeitos que estão trabalhando na contramão da lógica destrutiva do capitalismo, buscando alternativas como a agroecologia e agricultura orgânica, por exemplo. Na mesma lógica eles também buscam uma mudança de vida, como o acesso à universidade. E é aí que a UFFS precisa se colocar nessa reflexão”, aponta.
O coletivo é formado por outras entidades como a Unochapecó, Movimento das Mulheres Camponesas, Movimentos dos Atingidos por Barragens, MST e Via Campesina.
Além da realização de momentos como esse, o Coletivo realizou o Seminário Estadual de Educação do Campo em 2013 (foto) e também trabalha na possibilidade de oferta de curso de graduação em Educação do Campo – Ciências Humanas e uma pós-graduação em Educação no Campo com ênfase em estudos da realidade brasileira.
Confira a programação completa:
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