ATA Nº 2/CONSCOMLS/UFFS/2014
Aos seis dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, às dezenove horas, no auditório do Campus Laranjeiras do Sul, da Universidade Federal da Fronteira Sul, reuniram-se para a Segunda Sessão Ordinária do Conselho Comunitário de Campus – Laranjeiras do Sul, os membros desse Conselho conforme lista de presença. 1. Expediente: 1.1. Comunicados; na última sessão houve a indicação da apresentação sobre os dados da comissão sobre retenção e evasão, a indicação para sessão ampliada com o conselho de campus no dia 18 de novembro, o edital do PIN de permanência indígena está em aberto com os prazos em execução para inscrições, a leitura do ofício sobre a visita da comissão no dia 12 de novembro no Rio das Cobras para avaliação dos concorrentes, com comunicado sobre a visita e em oportunidade futura ser apresentado a proposta de sediar e da criação do campus, a Cantuquiriguaçu está apoiando o prefeito Lineu que está providenciando, existem projetos nas áreas indígenas, com apoio as comunidades indígenas, e FUNAI, com o Adir. Professora Cladir informou referente às propostas da reunião e à área do Rio das Cobras que é favorável pelos critérios e condições que oferecem, faltando a mobilização da comunidade no apoio para sediar o campus. O curso de Educação do Campus incluiu os indígenas nos últimos editais de ingresso. 2. Ordem do dia: 2.1. Retenção e Evasão dos Acadêmicos Representando a comissão de estudos sobre retenção e evasão, a Professora Ana Paula apresentou o relatório produzido, somente sobre a evasão e não considerando a retenção, no campus formou-se o grupo pelo interesse da temática, trazido por interesse de todos, evasão é a saída do acadêmico, que pode ser de curso, da instituição, ou do ensino superior. Neste estudo não está separado, considerando as taxas nacionais, em 2009 era 11 por cento nas públicas, em 2011 aumentou para 12,9 por cento, considerando os dados do campus foi demonstrado sobre o ingresso e quantos continuam e quantos evadiram. Conforme tabela, de 1.440 ingressantes, apenas 864 continuam, média de 40% de evasão, a média atualizada é de 53% em outubro 2014, sobre os indígenas, na LEDOC alternância, apresentam de 23 que entraram 16 estão fora, as taxas de Laranjeiras e dos demais campus, considerando os dados parecem diminuir, mas mantém a taxa alta de evasão. Entrevistados pela ASSAE 69 alunos de 864 que evadiram, a informação que 40 eram mulheres e 29 homens, maioria entre 17 e 21 anos, o motivo principal de 19 foram para ingresso em outra instituição, de 13 por falta de interesse e de 11 por dificuldade de ser exclusivo por estudar ou trabalhar, dos 69, 44 foram a primeira opção no ingresso, a maioria por estrutura boa e ótima, as perspectivas de mercado consideraram bom, o aluno que tranca matrícula é provável que seja por outra instituição, isto é formalizado, as informais não aparecem. A maioria de Laranjeiras do Sul e região próxima formam a evasão, residem com as famílias, com a oferta em outro turno poderiam permanecer, a falta do aporte financeiro da família entre outras causas podem ser do próprio estudante, do curso ou da instituição, sócio econômicos externos, que potencializam a saída, apresentados exemplos de ações para evitar a evasão, como na literatura o calouro tem maior chance de não abandonar com atenção nos 2 primeiros anos, e demais exemplos que foram apresentados. Na evasão o aluno é o principal impactado, a sociedade e outros também são afetados. A Conclusão é considerada por exemplo na LEDOC de 30 ingressantes apenas 1 se formou no tempo mínimo. Ações em curto prazo em relação aos dados e tomadas medidas no longo prazo e médio prazo, com planejamentos de educação e investimentos demandam custos. A política da UFFS pode estar em risco se não forem modificados. Necessita ser aprofundado, e a comunidade externa está preocupado com a permanência da UFFS. O Presidente complementou que no conselho de campus já tramita este assunto. Com respeito aos dados, precisam de equipe para analisar e pela importância deve ser institucionalizado, mesmo com dados sem profundo estudo, necessita sensibilizar a instituição, como a proposta de expandir nos dois conselhos. Professor Gracialino comentou a reitoria presta serviço a sociedade e é importante. Destacou que os fatores da retenção tem desde o que se oferece para permanência e há determinação econômica, apresentou a hipótese de invés de receber bolsas, prefere deixar a UFFS para trabalhar. O curso que tem menor evasão são os cursos de elite, em outros locais pobres a evasão é maior e em país rico é menor. Exemplo a evasão no ensino médio, em 600 mil bóias-frias assalariados rurais e catam papel em Minas Gerais e Espírito Santo, cortam cana em São Paulo e colhem amendoim e mandioca em Paranavaí e colhem maçã em Santa Catarina, e t~em em média 8 filhos, itinerante, proposta pedagógica de ensino flexivo, e no relatório para o Paranapanema a melhor é a reforma agrária, tinha o fator extra-pedagógico, o fator econômico, em outra pesquisa em Curitiba, a principal opção era habitacional para a evasão. O custo de uma aluna formada, poderia ser paga em Harvard, e com esta evasão estamos usando o dinheiro público de forma errada, desperdiçando o dinheiro, antes que AGU denuncie que o dinheiro está sendo gasto errado, os impostos estão sendo pagos e mantidos, os alunos tem que cobrar dos alunos e o sentido de frustação que o aluno tem de inclusão é excludente, quando entra e sai e sente incapaz, o resultado é caro. Rudison comentou que sobre a evasão cumulativa, e dados do PENAD podem chega na taxa de cada 100 alunos, apenas 5 concluem o ensino médio, é cada vez menor os que concluem, que o ensino nacional é um funil e na questão pedagógica a avaliação para classificação e para comparar os sujeitos, e avaliar a UFFS aqui. Os educandos também avaliarão ou serão apenas avaliados, em uma turma todos foram nota baixa e o educador não foi na reunião de contestação da turma com a coordenação, culpam e castigam os educandos com a educação formal e tradicional e possível tirar a concepção de avaliação também dos educadores. Siomara considerou as ponderações pertinentes, entender não só local e a demanda amadurecer, da diversidade que temos no todo, a visão eurocêntrica é um grande desafio do caráter popular e amadurecido não perder a excelência que é a universidade, as origens destas sociedades são de acampados, de escola pública, por educadores formadas tradicionalmente eurocêntricos, existe a cultura pedagógica e outras para aprofundar de fato a inclusão, outra questão é de fato o comprometimento dos pais, e no que pode auxiliar pelo conselho para ter o apoio familiar ao aluno. Gizelio considerou que é superficial em poucos minutos analisar o completo, pelas falas são preocupantes, em 2011 já se dizia com alegria que maioria era da região, e preocupava quantos iam sair da região, que podem sair, a expectativa da sociedade ocasionado na região, e se preocupa que este conhecimento da informação de que o pai deseja que o filho faça faculdade de rico, tem município que paga para ir a outra cidade e não paga para vir aqui, e por falta de apoio da comunidade e conversa com a UFFS, se for fazer para apenas estes cursos, e pensando em sustentabilidade da UFFS tem que ser feito pesquisa com o que se espera pela comunidade, que expanda os cursos e continue mandando aluno de ônibus para outras cidades estudar. João Muniz disse ser importante que fornecem ônibus a outras cidades e a prefeitura não fornece para a UFFS, como jornalista considera que a evasão é na própria cidade, em jornalismo na graduação que fez, o afastamento da UFFS com a região e chamar para o dialogo com a UFFS. É necessário ouvir a comunidade e não por glebas e assentamentos que desenvolverá a região, como exemplo a ARAUPEL cursou muitas pessoas e a empresa apoio a capacitação e outras empresas dão subsídio para trabalhadores estudar, necessário perguntar dos prefeitos que podem contribuir e sugeriu convocar uma reunião que pudesse trazer ônibus de cada cidade com os alunos das escolas estaduais, assim como vão para Cascavel, Guarapuava, venham conhecer a UFFS. Na Cantu pedem que prefeitos paguem para conhecer a Cantu e não mais para outras cidades como Beto Carreiro. Trazer os alunos para conhecer esta estrutura, expressou como opinião pessoal. João Costa que os eventos não fiquem vazios e contar com o nucleos que as escolas tenham com a prefeitura o apoio para trazer os alunos. Acrescentado pelo Gizélio que os secretários de educação venham junto com os prefeitos na UFFS para conhecerem também. Gracialino solicitou aparte e respondeu que na criação da ideia da universidade aqui saiu em reunião no Ireno Alves e que outras oligarquias não apoiaram, mas o MST encampou a ideia e tem que reconhecer que o MST trouxe a universidade aqui e sobre a discussão que na última reunião o Elemar sugeriu reunião com todos os prefeitos, a Tractebel não quer a UFFS aqui, nenhum latifúndio defende, a prefeitura não é de x, y ou z, a constituição diz você é meu patrão e eu sou patrão do prefeito e do governador, o projeto da criação da expansão por escolha de curso, e que o curso pedagogia tem que ter aqui, e tem quem seja contra. Tem que trazer curso de Direito Agrário, tem que ter medicina, por que o rico vai embora, se o médico vem de cuba, por aqui não tem, é curso superior e não hierárquico, avançamos muito comas críticas e não partidarizar, nos dias de enchente, faltou comida por que não temos soberania alimentar, o arroz que comemos vem da china e não comemos pinus e nem eucaliptos, o que a empresa gera vai para fora, a universidade deve gerar ciência para servir ao povo. O Aluno de Aquicultura comentou que a preocupação é com o formado se vai ter emprego, precisam de alunos e tem que ter dinheiro no bolso, o sustentado tem que dar retorno, e com respeito à família para ter retorno econômico após a formatura, não está sendo feito propaganda adequada, será que vai ter dinheiro para alimentação, saúde, e sustentar a família após formado? Por falta de perspectiva de desenvolvimento do profissional, o aluno de medicina tem garantido o salário depois de formado. O elemento emprego e salário, garantia financeira que ajudar a família no futuro. Nas prefeituras precisam de um engenheiro de aquicultura. Janefer aluna de engenharia de aquicultura, veio de Piauí, de segunda opção, primeiro curso era engenharia de produção, relatou que um colega só entendeu na sétima fase como é o curso, não acredita em curso de rico e curso de pobre, a procura do curso é pelo salário, somos bolsistas para trabalhar e estudar e o aluno de engenharia civil faz estágio e ganha mil e trezentos reais, falta propaganda do futuro como será, saber depois de formado como será? Professora Priscila, informou que levantamento do MEC diz que perdeu em 2013 em torno de 9 bilhões de reais com a evasão, segundo relatório da UNIPAMPA e outras estão jogando dinheiro jogado fora, o público e gratuito pode explicar, é fácil abandonar por que se quiser voltar, volta, as vagas serão cada vez mais difíceis acessar pelo SISU que é um grande leilão na internet e a região não entendeu, a desistência de cada aluno estão nestes 9 bilhões, se pegar as médias dos alunos da região perdem para as de fora, entrar no SISU independeu da vontade da UFFS que acreditava ficar dez anos para a região. Aluno pobre demora mais para aprender, mas passou em reportagem que a melhor nota do ENADE foi do aluno que é PROUNI integral de medicina na Gama Filho. Os professores das privadas tem o maior elogio dos PROUNI, seguindo as regras é como o nosso aluno aqui, em outras IFES quem tem acesso por cotas, são sempre bons e superam as necessidades. Dia 24 teve reunião dos secretários de educação da Cantuquiriguaçu e nunca teve este evento, discutindo educação tempo integral, e no próximo dia 24 teremos reunião com 350 professores da região, uma manha toda, com o plano nacional de tempo integral na educação básica, a demanda que tem e a universidade com 5 anos e não consegue com 84 professores atender tudo, mas existem ações. A última foi a escola Paulo Freire, no laboratório de ciência básica, em Rio bonito do Iguaçu com formação acadêmica. Foram capacitado em Educação Integral 130 professores em Rio Bonito do Iguaçu e Laranjeiras do sul recusou a formação. A nossa sociedade capitalista ninguém sabe se vai ter emprego amanhã, o curso com mais doutores é aquicultura e agronomia, é tão novo em processo de formação, em março haverá pela comissão própria de avaliação um novo encontro. João Muniz percebeu que até agora a UFFS não tem orçamento de publicidade, e pode prejudicar a divulgação. O Presidente sugeriu que a Cantuquiriquaçu pode assumir essa divulgação. Tiago prestes comentou que além da questão econômica, a relação pedagógica e metodológica, não acredita na competência do professor de reprovar com 100 por cento a turma, e que toda a turma seja errado, se tornando rotina todas turmas. A avaliação do curso é demorado pois serão professores e não sabem se poderão concorrer no PSS e em relação da avaliação que os alunos fazem da universidade, foi realizado entre os educandos e foi chamado os educadores para receberem os resultados, e os que foram são que estão aqui na sessão, e em nova chamada os educadores disseram que era absurdo e questionaram a metodologia. Que sentiu ameaçado, pela recepção que teve pelos docentes. Marísela afirmou que é um fenômeno novo e complexo, a IES pública no interior do estado é a primeira vez, no sertão de Pernambuco tem o mesmo problema de evasão, as condicionantes do currículo, de renda, de formação do professor, são múltiplas as condicionantes de evasão não se faz em uma reunião, tem que ser com metodologia cientifica e pessoas especificas e se dediquem, façam as condicionantes, motivos e causalidades, e proposta por estes. E entender os que permanecem de médio prazo e de longo prazo, É novo mas existem muitos trabalhos sobre evasão, para ter o ensino superior democrático devemos ter um ensino médio diferenciado, independente de bandeiras, nos anos 90 o grito de guerra era ocupar, resistir e produzir, disse que faz falta os movimentos sociais no México, e não se acreditava que teria o PRONAF, não é o ideal mas pode se aproximar. Independente se o formado vai ficar aqui ou não, ele fará diferença onde estiver, afinal somos Brasil. Cinco anos é muito pouco tempo de história. Deixou a ideia em primeiro que é entender as condicionantes e o fenômeno novo complexo e em segundo tem ações de curto prazo, formar professores novos para alunos novos a partir de estudos já existentes. Márcio do Condetec explanou que a UFFS tem que ter um modelo de avaliação, ela é única e está em construção, é o inicio do ponto ideal, a inserção do ensino na comunidade, faz falta saber sobre os cursos, para sociedade saber o valor da UFFS no território, conhecer o processo e o desenvolvimento, trabalhar na parte boa que vem sendo feita, a sociedade se sentir integrante quando fizer parte, exemplificou a opção de vida de trabalhar sem vender agrotóxico, e por opção para ser balconista não precisa fazer agronomia, o filho que mudou de ideia sobre o profissional de agronomia. O mito da universidade do PT, a maioria dos prefeitos não são do PT, mudar esta visão da sociedade, desmitificar este paradigma e trazer a comunidade para conhecer a universidade e ampliar a participação. A região necessidade de profissionais de aquicultura. Rudson informou que o calendário escolar estadual terá até semana que vem para definição, a reprovação como mecanismo para assegurar a qualidade na aprovação não garante o discurso de estar ou não apto para o próximo ano, é necessário outros mecanismos, a universidade prepara além do mercado, pro desenvolvimento regional e econômico. Estudar para solucionar os problemas sociais, considera ao contrário, não resolve, inverteu-se a lógica de usar a educação para o mercado e o emprego. A desigualdade social é o problema a ser enfrentado, em outros ambientes não acontecem, aqui é popular, tem que estar ocupado pela população aqui, pelos trabalhadores. Na qualidade da reprovação, avançar em novas estratégicas, é preciso rediscutir. A universidade formar pessoas acima de tudo e não apenas para o mercado. América aluna de aquicultura, referente ao PROUNI a turma no início estava cheia e foi diminuindo e acredita na facilidade de entrar dos que são de Laranjeiras do Sul e na primeira barreira se entrega, no PROUNI é diferente e tem que render, não reprovar, se não perde a bolsa e isto incentiva ao aluno estudar mais, mesmo tendo vindo de escola pública. O Presidente comentou que existem outras coisas e que precisam ser decifradas, e não sabe o que fazer, tem muita coisa para fazer e para dar os encaminhamentos, como estudar as condicionantes, os dados mais revelantes. Disseminar, vias movimentos sociais, para apressar o processo de acolher estas informações. A proposta de aplicar metodologia científica no processo, Ana Paula, propôs que os produtos devem escolher processos, que a estratégia seja institucional, de forma de planejamento e estratégias da instituição, que seja criado e a questão seja pesquisada, as propostas de edital que ofereçam propostas. Planejamento de reunião com Reitoria e PROGRAD e apresentar o acumulado de discussão em propostas dos colegiados junto com os conselhos, deve ser criado pelas bases, cada espaço formulando, enviar documento ou ata da sessão do conselho para trazer argumentos para os grupos. Gracialino complementou que além dos trabalhos de curso por curso para convocar pelo conselho a Coordenação Acadêmica e os coordenadores de cada curso para institucionalmente e administrativamente como sugestão, para debates mais profundos e saber quais as medidas, e as teoria se culminarão um seminário para fazer a discussão e saber quais medidas. O marco inicial, o marco teórico e o situacional e definir hierarquicamente para ações. Encaminhar para a institucionalizar para a reitoria assumir, já que construímos pela base e ajudar a elaborar e os cursos terão cada um da sua maneira. Professora Siomara informa que no site e na universidade está anunciado o prêmio ganho no guia do estudante com a maior inclusão de escola pública, existem muitas coisas boas sendo feitas. Presidente encaminhou a ata e documento para a próxima sessão, convocação com PROGRAD para seminário e com os coordenadores de curso e coordenação acadêmica com o conselho. Informou no dia 18 para os conselheiros participarem com o conselho de campus e solicitar os critérios de da comissão de expansão. Nada mais havendo a tratar, Fábio Canapini, secretário ad hoc, lavrei esta ata que após aprovada será assinada por mim e pelo presidente.
Data do ato: Laranjeiras do Sul-PR, 06 de novembro de 2014.
Data de publicação: 29 de novembro de 2019.
João Costa de Oliveira
Presidente do Conselho Comunitário do Campus Laranjeiras do Sul