ATA Nº 6/CPA/UFFS/2020

ATA DA 6ª SESSÃO ORDINÁRIA DE 2020

Aos cinco dias do mês de agosto e dois mil e vinte, às catorze horas, por videoconferência pelo webex, foi realizada a Sessão Ordinária da Comissão Própria de Avaliação, coordenada por Ana Maria Olivo. Participaram da sessão os seguintes membros da CPA: representantes da Reitoria: Cecília Inês Duz de Andrade (PI), Ricardo Klein (SETI), Jasiel Silvânio Machado Gonçalves (PROPLAN),  e Ronaldo Breda (SETI); representantes do Campus Cerro Largo: Adenice Clerici (técnica administrativa); representantes do Campus Erechim: José Martins dos Santos (docente), Almir Paulo dos Santos (docente) e Graciela Regina Gritti Pauli (comunidade externa); representantes do Campus Laranjeiras do Sul: Marize Helena da Rosa Vendler (técnica administrativa), Ernesto Quast (docente) e Viviane Semim (comunidade externa); representantes do Campus Chapecó: Emilio Wuerges (docente),Jussara Valentini (comunidade externa), Geomara Balsanello (técnica administrativa) e Eduardo José Pedroso Pritsch (discente). Representantes do Campus Passo Fundo: Renata dos Santos Rabello (docente); representantes do Campus Realeza: Antonio Marcos Myskiw (docente) e Dafne de Moraes Deparis (técnica administrativa). Justificaram ausência: Nessana Dartora (docente); Reneo Prediger (docente); Marina Miri Braz Beccari (técnica administrativa). Iniciando os trabalhos da tarde, a coordenadora agradeceu a presença de todos e passou para os assuntos da pauta: 1. Reunião de avaliação das atividades da CPA do 1º semestre e sugestões para o 2º semestre. Cada um dos membros apresentou as atividades que estão sendo realizadas nesse momento tão diferente em toda a história da humanidade, uma vez que o distanciamento físico mudou a forma de comunicações e interações. Professor José Martins apontou sobre as dificuldades em não estar com os alunos. O professor Ernesto abordou que há oportunidades de melhorar os canais e diminuir barreiras de comunicação. A Marize comentou sobre algumas dificuldades em relação ao gerenciamento de equipes, bem como sobre a necessidade de adequação de equipamentos e internet. Também abordou que foi preciso adequar novas rotinas no trabalho remoto e isso misturou as atividades do lar e do trabalho. A professora Viviane compartilhou com o grupo as experiências obtidas pelos professores da rede estadual. Comentou sobre as dificuldades do EJA, onde as aulas presenciais normalmente obtêm 80% de eficácia e de resultados, uma vez que esse público é diferenciado e eles sentem a falta de contato físico e interação humana. Com o distanciamento social, nesse primeiro semestre, menos que 50% das turmas concluíram as atividades. Embora eles tenham usado aplicativos, há dificuldades de equipamentos e internet para esse público, então a conclusão foi que as aulas na modalidade EAD não obtiveram eficácia com esse público. Tentaram utilizar com esses alunos as atividades impressas, mas, mesmo assim, eles não conseguiram fazer as tarefas em função de todos os familiares estarem em casa e as condições não estarem adequadas. Também tiveram dificuldades em abrir novas turmas na modalidade de EAD, sendo que os professores até fizeram vaquinha para divulgar, mas os resultados não foram os esperados. Em relação aos alunos das turmas regulares e que possuem melhores condições socioeconômicas as coisas estavam bem no primeiro semestre, mas no segundo semestre houve uma queda de 50% de adesão, pois os alunos não querem mais, aulas na modalidade EAD, eles querem voltar presencialmente, mas com segurança, porque as turmas são grandes com 40 alunos ou mais. Adenise comentou sobre as dificuldades de internet em casa e também achou desafiador conciliar atividades do trabalho e do lar. Comentou que a parte boa é que agora há mais contato com os colegas pelo WhatsApp, o que aumentou a interação entre eles. No Campus Cerro Largo, cerca de 70% dos servidores tem filhos pequenos, que a fase de maior demanda das atividades online das crianças, que eles precisam acompanhar. Mostrou preocupação com os colegas de são de outras localidades e que estão longe da família e que estão com maiores dificuldades de socialização ou interação. Destacou que estar em casa com a família, apesar das correrias, proporciona maiores possibilidades de tirar um tempo para si mesmo. Cecilia comentou que teve dificuldades com internet e isso dificultou seu trabalho, uma vez que o MEC tem cobrado muitas informações. Como pontos positivos, destacou que o trabalho remoto possibilitou um maior cuidado e atenção com a família. Ronaldo comentou que estamos num momento ímpar, pois não pensávamos em trabalho remoto antes de março de 2020, isso era uma questão muito distante ainda. Destacou que a SETI auxiliou os colegas servidores nas questões tecnológicas: equipamentos e internet. A grande preocupação da SETI agora, para o retorno das atividades acadêmicas, é a necessidade de melhoria nas estruturas de internet, uma vez que as próprias operadoras não estão dando conta de aumentar os pacotes de internet. Como pontos positivos, destacou que estamos aprendendo a lidar com novas tecnologias, as comunicações ficaram mais eficientes e rápidas, devido ao uso maior de WhatsApp. Nesse período, também tem sido possível organizar o tempo de trabalho e se dedicar mais à família e ao lazer. Dafne comentou sobre dificuldades relacionadas à internet, falta de instrumentos adequados em casa, falta da assistência que tínhamos em relação à internet e computadores, além da questão ergonômica. Como pontos positivos houve melhora nas atividades que exigem uma maior concentração, embora sinta falta da interação e da rotina anterior. Professor Emílio comentou que, por ser curso de ciências da computação, eles já tinham uma rotina mais virtual, embora sinta falta dos estudantes. A Geomara comentou que foi um período de adaptação, uma vez que a estrutura no campus estava mais adequada do que em casa. Apontou como desafio, separar as rotinas de casa e trabalho. Como ponto positivo, destacou que ficou impressiona com a quantidade de coisas que a gente consegue fazer remotamente, provocando o rompimento de alguns velhos paradigmas. Professora Renata abordou sobre os desafios de conciliar o trabalho e família, ainda mais com crianças pequenas. Embora ache possível conciliar, mesmo distante dos demais familiares que estão no Rio de Janeiro. Destacou que a partir de segunda-feira reiniciarão as atividades no Campus Passo Fundo, com as devidas adaptações. As aulas teóricas serão realizadas pelo Webex e aulas práticas serão com turmas reduzidas, levando em conta a segurança. Destacou a importância da própria equipe da CPA ter esses momentos para conversar e os colegas se conhecerem melhor. Compartilhou a experiência na aplicação dos instrumentos de autoavaliação que foi feito durante o distanciamento social, uma vez que o campus tinha uma agenda de encontros presenciais com os alunos e que teve que ser cancelada. Eles fizeram um reforço por e-mail para aumentar as taxas de respostas, com o apoio dos representantes de turma também, para que eles auxiliassem na divulgação e incentivo à participação. Além da divulgação nos e-mails, utilizaram as redes sociais. O Professor Antônio destacou que não abandonamos os sonhos e os projetos, apenas remodelamos um pouco o modo de vida. Destacou a importância dos representantes da comunidade regional compartilharem as suas experiências, uma vez que precisamos cuidar do fator psicológico e emocional. A Adenise destacou que o Mestrado fez a autoavaliação, utilizando o Line Survey, instalado no computador do Professor Reneo. Ronaldo informou que a licença do Survey Monkey está em fase de elaboração do processo de Dispensa, já foi encaminhado à SUCL e deve estar disponível em pouco mais de 30 dias. A coordenadora informou que antes de novas avaliações precisamos fazer as devolutivas. Como sugestão poderíamos, a exemplo da UFRGS ter uma semana de avaliação com os servidores e alunos (em substituição das audiências públicas), a ser realizada em setembro e a aplicação de novas pesquisas em outubro e novembro. Antes disso ainda precisamos fazer a revisão dos instrumentos. Comentou sobre a viabilidade (ou não) de fazermos as avaliações dos Cursos e dos CCRS até final do ano, sendo que ainda não temos definido o calendário das aulas. O professor José Martins comentou que a pandemia mostrou que a EAD é para ser um instrumento complementar, em segundo plano, mas não como substituto da educação. Também destacou que precisamos sensibilizar sobre a importância da autoavaliação para toda comunidade acadêmica, pois houve apenas a devolutiva com a Direção, com o Conselho dos Campi e com os Fóruns dos TAES. Alertou que de acordo com o novo regimento, há uma nova configuração da CPA e que precisamos recompor a equipe. Além disso, é preciso definir como será o método de escolha dos novos membros. Sobre os instrumentos de autoavaliação sugeriu que seja feito uma revisão e após esse processo, definir um método de aplicação desses instrumentos. A coordenadora informou que cada campus tem autonomia para definir como será a escolha dos novos membros, uma vez que no regimento há o termo escolha e não eleição. Destacou que há preocupação em termos uma maior evasão de alunos após o distanciamento e que talvez seria interessante pensar em um instrumento de autoavaliação específico para esse momento. Destacou que a PROGRAD fez uma avaliação sobre a experiência para alunos e docentes que estavam com alguns CCRs em EAD, mas ainda não temos esses resultados. No entanto, essa pesquisa foi feita com uma parcela pequena de estudantes e docentes. Destacou que não existe uma obrigatoriedade de que no Relatório de Autoavaliação Institucional, elaborado pela CPA tenha avaliação de todos os segmentos e em todos os anos, uma vez que essa decisão cabe à instituição. Destacou ainda que não adianta aplicar por aplicar, o importante é a efetividade da pesquisa. Sobre a composição da CPA de acordo com o novo regimento, a Adenise comentou que no Campus Cerro Largo foi levado para o Conselho Comunitário sobre a importância de ter um membro externo. Em relação à aplicação das pesquisas, os estagiários de alguns setores estão auxiliando na coleta e eles vão ser colocados como colaboradores. Quantos aos instrumentos, eles compartilharam com os professores e já tiveram alguns retornos sobre que instrumentos os coordenadores de cursos vão aplicar. Em relação às autoavaliações, destacou que é preciso aguardar a definição do calendário acadêmico  e a partir daí decidirmos o que será feito primeiro. Os coordenadores dos cursos do Campus Cerro Largo acham melhor fazer antes da finalização dos CCRS, que tende a passar do final do ano. Alguns cursos acham melhor aplicar a autoavaliação após a conclusão dos CCRS. Já estão tentando padronizar nos campi, de acordo com o possível. Depois das discussões e sugestões de cada campus se buscará a padronização. Cecilia informou que o INEP e o MEC estão internamente debatendo sobre isso e como serão as avaliações pós-pandemia, acredita que em breve eles irão se manifestar. O professor Emilio comentou que no curso de Ciências da Computação, no Campus Chapecó eles tentaram padronizar os instrumentos, fizeram algumas experiências para padronizar pelo menos as perguntas, ou formar um banco de dados de perguntas, mas  não avançaram. A professora Renata ficou de compartilhar os instrumentos de autoavaliação do Campus Passo Fundo para talvez trabalharmos nesses instrumentos, que já estão mais atualizados que os nossos. Professor Martins sugeriu que na próxima reunião colocássemos como ponto de pauta principal a autoavaliação do segundo semestre, seja para aplicarmos um instrumento especial para esse momento ou então adequarmos os instrumentos anteriores. Terminados os assuntos constantes na pauta do dia, a coordenadora agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião.

Data do ato: Chapecó-SC, 05 de agosto de 2020.
Data de publicação: 29 de abril de 2021.

Ana Maria Olivo
Coordenadora da Comissão Própria de Avaliação

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