ATA Nº 4/NDECCLECLS/UFFS/2022
Ao vigésimo dia do mês de julho do ano de dois mil e vinte e dois, às nove horas, na sala 206 do Bloco A da UFFS, foi realizada a quarta Reunião Ordinária do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza, concomitante com a quarta Reunião Ordinária do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Naturais, Matemática e Ciências Agrárias e com a terceira reunião da Comissão responsável pela reformulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), presidida pelo Coordenador dos Cursos, Vitor de Moraes. Participaram da reunião os seguintes membros do NDE: Joaquim Gonçalves da Costa, Yasmine Miguel Serafini Micheletto, Vivian Machado de Menezes, Ana Cristina Hammel e Ricardo Key Yamazaki. Também participou da reunião a Bibliotecária Suelen Spindola Bilhar, representante dos técnico-administrativos na Comissão para Reformulação do PPC. Justificou ausência a professora Marciane Maria Mendes por estar em aula. O Presidente iniciou a reunião explanando os pontos de pauta: “Elaboração da pauta com a PROGRAD em relação ao futuro do curso LEDOC CN” e “Reformulação do PPC - continuação”. Após, salientou que a prioridade da reunião é a discussão sobre o primeiro ponto de pauta. 1. Informes: Em tempo, em reunião do Colegiado realizada no dia treze de julho e registrada na Ata 6 dos respectivos cursos, foi definido que a partir do dia treze de julho as atas do Colegiado e NDE não serão mais divididas por curso e que haverá apenas uma ata que conterá as deliberações referentes à matriz antiga 2541/2540 e à matriz nova 2531, mediante menção desta definição. Iniciou-se a reunião com a Ordem do Dia. 2. Ordem do Dia: 2.1 Elaboração da pauta com a PROGRAD em relação ao futuro do curso LEDOC CN: o coordenador frisou que amanhã, dia 21 de julho, será realizada reunião com a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) para tratar sobre o futuro do curso. Considerando isso, esse ponto de pauta teve como objetivo pensar em como será procedido o diálogo com a PROGRAD. O presidente apontou que houve redução drástica no número de acadêmicos no curso. Em levantamento realizado através de consulta aos professores, observou que não há mais que 10 (dez) alunos cursando a matriz antiga e 20 (vinte) cursando a matriz atual. Também, no ano vigente apenas 09 (nove) alunos ingressaram no curso e menos desse número está efetivamente frequentando as aulas. Além disso, o coordenador relatou que participou do Fórum Nacional das Licenciaturas de Educação do Campo e a realidade dos cursos de Educação do Campo pelo Brasil não é muito diferente da realidade daqui. Ainda, destacou que a baixa procura no curso é uma questão preocupante, sendo que algo deve ser feito com urgência. Vitor lembrou que o curso de Educação do Campo tem a sua importância, pois seu histórico tem relação com a criação da universidade. O Coordenador enfatizou que o curso passará pelo processo de reconhecimento junto ao Ministério da Educação (MEC), bem como pela Reformulação do PPC para a inserção da curricularização da extensão. Nesse sentido, a reformulação do curso deve ser realizada com olhar para o futuro. Ele ressaltou que algumas opções surgiram, em diálogos particulares e conversas com a Direção do Campus e com a Coordenação Acadêmica, dentre elas: a) fechar o curso; b) alterar o ingresso no curso para cada dois anos em vez de entrada anual; c) reformular o curso para alternância; d) e transformar o curso em outra licenciatura, sendo a opção mais forte a transformação para o curso de Licenciatura em Matemática. Porém, para isso, seria necessária a formação de um grupo de trabalho (GT) para realizar estudos e pesquisa de viabilidade, disponibilidade de professores para ministrar no curso, dentre outras questões relevantes. Em seguida, o ponto de pauta foi debatido pelos participantes da reunião. A professora Vivian destacou que para transformar o curso será necessário analisar a demanda e lembrou que as licenciaturas em geral estão sofrendo com o esvaziamento das turmas, pouca entrada de alunos e muitas desistências. Também, enfatizou que será necessário realizar pesquisas na região antes de optar por transformar o curso em outro e salientou que de todas as opções de transformação em outros cursos, matemática seria o mais viável, mas não sabe se soluciona o problema. A professora Ana apontou que muitas pessoas não querem ser professores, principalmente em função de como está a carreira para essa profissão e frisou que muitos alunos saem do ensino médio já com a visão de que não conseguem aprender os componentes de matemática e afins. Ainda assim, esses profissionais são muito importantes, visto que existe grande número de aulas de matemática nas escolas. Ana sugeriu dialogar com o outro curso de Educação do Campo a respeito da alternância, sobre a possibilidade de oferta de CCRs comuns e depois separar por áreas de conhecimento. O professor Vitor sugeriu que seja feita uma divulgação a parte para o curso, visto que a divulgação como é feita, com exposição de todos os cursos do campus, acaba chamando a atenção para outros cursos mais atrativos. A professora Vivian apontou que não vê a alternância e a oferta de CCRs comuns como a solução do problema da baixa procura pelo curso, mas pode ser uma solução para o problema econômico. O professor Joaquim lembrou que quando a universidade foi criada existia um bom preenchimento de vagas, principalmente porque havia apenas o curso de Educação do Campo como opção de licenciatura no campus. No entanto, a abertura de outras licenciaturas pode ter contribuído para o esvaziamento do curso. Ainda, destacou que muitos alunos se matricularam no curso pensando ser de ciências sociais. A professora Vivian destacou que uma questão importante a ser considerada é o mercado de trabalho. Por exemplo, os alunos não conseguem se colocar como professores nos concursos públicos dos estados, por conta do formato como o curso está, por área de conhecimento. O professor Joaquim ressaltou que para a tomada de decisão sobre o tema é preciso se pautar pela materialidade, e um dos elementos é a falta de concursos e a questão do espaço formal do trabalho. A professora Ana apontou que não estão ocorrendo concursos públicos para professores, mas os alunos formados no curso conseguem dar aulas no estado através do Processo Seletivo Simplificado (PSS). Além disso, falou sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que hoje propõe a formação por área do conhecimento. O professor Joaquim sugeriu aguardar definições sobre a efetivação da BNCC e se isso será acolhido pelos concursos, para depois ser discutida a possibilidade de transformação do curso em outra licenciatura. Ainda, sugeriu um debate sobre a demanda, do ponto de vista da entrada de alunos, considerando pensar no indivíduo que queira ingressar e ressaltou a possibilidade de ofertar turmas especiais com demanda de movimentos sociais, com o ingresso a cada dois anos ou conforme a demanda espontânea da comunidade externa. A professora Yasmine relatou que alguns alunos reclamam sobre o mercado de trabalho, outros estão desesperados por conta dos componentes de exatas e, com isso, sugeriu olhar para o lado dos estudantes e verificar o porquê deles estarem evadindo do curso. O coordenador destacou que se comparado a outras universidades o nível de exigência do curso pode estar exagerado e os alunos podem considerar difícil acompanhar. O professor Ricardo salientou que se analisado o histórico dos alunos que ingressaram no curso e a própria questão do movimento da Educação do Campo, é mais lógico imaginar que eles irão se identificar mais com a área das ciências sociais e, dessa forma, quando não se sentem confiantes nos CCRs que envolvem matemática, física e química, acabam mudando de curso ou evadindo. A professora Ana propôs pensar na transformação do curso para Licenciatura em Matemática, não para agora, mas para o futuro. O coordenador enfatizou que poderá ser criado o GT para estudo da viabilidade e apontou que essa alternativa também depende da abertura de códigos de vaga, para não sobrecarregar os professores. O professor Joaquim destacou que o que garante a formação profissional do sujeito é a matriz curricular e não o nome do curso e, diante disso, apontou que talvez a mudança da nomenclatura, mantendo a mesma matriz, pode ser uma estratégia, como alterar o nome para Licenciatura em Ciências, por exemplo. A professora Vivian salientou que a alteração do nome poderia evitar o equívoco daqueles alunos que ingressam no curso pensando que é da área de humanas. Encaminhamento: após as discussões sobre o assunto, o NDE definiu os seguintes pontos para diálogo com a PROGRAD: a) cancelar todas as entradas de alunos no curso no ano de 2023, seja pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), por editais de processo seletivo e/ou demais formas que a universidade possa adotar para esse procedimento; b) fazer as reformulações necessárias no PPC 2018, considerando a inserção da curricularização da extensão, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como outras mudanças, com intuito de deixar o curso organizado, com modalidade regular e alternância; c) solicitar o reconhecimento do curso junto ao MEC, referente ao PPC 2018; d) realizar as entradas de alunos com edital especial conforme procura, mais ou menos a cada 2 (dois) anos ou quando a demanda for apresentada pela comunidade regional e/ou pelos movimentos sociais. 2.2 Reformulação do PPC – continuação: o ponto de pauta não foi abordado na reunião. Não havendo mais nada a tratar, o presidente agradeceu a todos e às onze horas e dois minutos foi encerrada a reunião, da qual eu, Diana Baldin, Assistente em Administração, lavrei a presente ata que após aprovada será assinada por mim e pelo Coordenador do Curso, Vitor de Moraes, na condição de presidente no NDE.
Diana Baldin________________________________
Vitor de Moraes _____________________________
Data do ato: Laranjeiras do Sul-PR, 20 de julho de 2022.
Data de publicação: 26 de junho de 2023.
Vitor de Moraes
Presidente do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Educação do Campo do Campus Laranjeiras do Sul