ATO DELIBERATIVO Nº 6/CCMPF/UFFS/2017
A Coordenação do Curso de Medicina, da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no Art. 4º do Regulamento da Graduação (Resolução 4/2014 – CONSUNI /CGRAD),
Considerando, a necessidade de organização e ajustes nos componentes curriculares de Saúde Coletiva I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, bem como a definição dos conteúdos programáticos a serem trabalhados em consonância com o objetivo e a ementa propostos no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) em todos os semestres do Curso em que o componente será ministrado;
Considerando, os princípios pedagógicos e filosóficos do Curso de Medicina da UFFS, os quais visam construir um curso na lógica generalista que ultrapasse a perspectiva focada apenas nas especialidades intra curso;
Considerando, que as ementas e objetivos no atual Projeto Pedagógico de Curso (PPC) não estão consonantes completamente com o planejamento do Curso e as orientações dos avaliadores do MEC que acompanham o processo de implantação do curso;
Considerando, que por orientação dos próprios avaliadores do MEC existirão ajustes de outra natureza que também precisam ser alterados no PPC, no decorrer do Curso e portanto não deve-se fazer mudanças pontuais na grade curricular e sim fazer uma reforma substancial no futuro;
Considerando, que o Colegiado não visa alterar o PPC nesse momento, mas apresentar um ato deliberativo garantindo o avanço pedagógico do Curso e seguindo as orientações dos avaliadores do MEC;
Considerando, ainda a ata nº 001/2017 de 03/03/2017 do Colegiado do Curso de Medicina que aprovou por unanimidade a proposta de alteração e que será publicizada por meio deste Ato Deliberativo.
DECIDE:
Art. 1º Alterar o ementário e os objetivos dos CCRs de Saúde Coletiva I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII dando a seguinte redação nos seguintes pontos abaixo indicados:
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA I
EMENTA
Paradigmas antecedentes às Políticas de Saúde. Institucionalização da Saúde Pública e Coletiva no Brasil. Sistemas comparados de saúde. Desenvolvimento histórico-social dos sistemas de saúde no país. Sistema Único de Saúde. Instrumentos para o cuidado em saúde.
OBJETIVO
Desenvolver um processo educativo-reflexivo sobre os diferentes paradigmas e processos históricos da saúde pública e coletiva no Brasil e no mundo, aprofundando as bases, fundamentos e organização do Sistema Único de Saúde e seus desafios no contexto atual, estabelecendo mediações com o cotidiano das práticas de saúde.
Leia-se:
SAÚDE COLETIVA I: APROXIMAÇÃO COM O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
EMENTA
As diferentes concepções de saúde e de doença e os variados paradigmas e processos históricos da saúde pública e coletiva no Brasil e no mundo. Conhecimentos, vivências e reflexões sistematizadas acerca das bases conceituais, fundamentos, dispositivos e organização do Sistema Único de Saúde, políticas e redes de atenção à saúde, direitos humanos, de pessoas com deficiências, relações de gênero e étnico-raciais, indígenas, saúde e agroecologia, a partir de mediações com o cotidiano das práticas de saúde nos serviços, territórios e comunidades.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo reflexivo sobre as diferentes concepções de saúde e de doença, bem como conhecer os paradigmas e processos históricos da saúde pública e coletiva no Brasil e no mundo, aprofundando as bases conceituais, fundamentos, dispositivos e organização do Sistema Único de Saúde, políticas e redes de atenção à saúde, direitos humanos, de pessoas com deficiências, relações de gênero e étnico-raciais, indígenas, saúde e agroecologia, a partir de mediações com o cotidiano das práticas de saúde nos serviços, territórios e comunidades.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA II
EMENTA
Histórico, conceito e estrutura organizacional dos programas/políticas de saúde no contexto brasileiro. Papel dos profissionais de saúde na efetivação dos principais programas/políticas de saúde na área de atenção à saúde. Redes e serviços de saúde de atenção integral a saúde e os processos de trabalho em saúde.
OBJETIVO
Desenvolver um processo educativo-reflexivo sobre as políticas, ações e redes de atenção à de saúde no contexto brasileiro contribuindo para a compreensão ampla do sistema de saúde.
Leia-se:
SAÚDE COLETIVA II: TERRITÓRIO, VULNERABILIDADES, DESIGUALDADES, RISCOS E PRODUÇÃO DE SAÚDE
EMENTA
Território e seus dispositivos de produção de saúde. Conceitos de território, ferramentas de abordagem, diagnóstico e análise de situação de saúde nos territórios. Princípios de Medicina de Família e Comunidade, processos de trabalho das Equipes de Saúde da Família nos territórios. Potencialidades, Vulnerabilidades e Dispositivos para a gestão do cuidado no território, no meio ambiente e as Redes de Atenção Integral à Saúde. Promoção, Prevenção, Educação, Comunicação e Participação em saúde nos territórios.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo reflexivo sobre conceitos, ferramentas de abordagem, diagnóstico, análise de situação de saúde nos territórios e seus dispositivos de produção de saúde, estabelecendo mediações com o cotidiano das práticas de saúde nos serviços, territórios e comunidades.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA III
EMENTA
Construção histórica e sociocultural do processo saúde-doença. Território e formas de organização social. Relação entre saúde, sociedade e ambientes nos seus determinantes e condicionantes. Concepções do processo saúde-adoecimento e suas implicações no âmbito das políticas de saúde e nas linhas de cuidado.
OBJETIVO
Conhecer como se desenvolvem os processos saúde-doença das populações, seus determinantes e condicionantes e a relação com o contexto atual na construção de instrumentos de compreensão do território.
Leia-se:
SAÚDE COLETIVA III: FAMÍLIA, CICLOS VITAIS E O CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE
EMENTA
Bases conceituais de família e suas diversas conformações de estruturas familiares, dos ciclos vitais e suas crises ao longo de seu processo evolutivo. Desenvolvimento prático de métodos e técnicas de abordagem das famílias. Atenção Integral à Saúde da Família. Práticas e rituais de cuidado de saúde nas famílias. Estratégia de saúde da família. Saúde da família indígena. Educação, Pesquisa, Gestão e Participação em Saúde da Família.
OBJETIVO GERAL
Compreender e analisar os conceitos de família, suas conformações, ciclos vitais, suas implicações na saúde das famílias e os instrumentos para a abordagem da medicina no cuidado integral à saúde, a partir das mediações com o cotidiano de famílias e serviços de saúde.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA IV
EMENTA
Família e comunidade no território. Família como unidade de cuidado. Família enfrentando situações de doença, hospitalização e morte. Práticas e rituais de cuidado de saúde nas famílias. Estratégia de saúde da família. Saúde da família indígena. Políticas de equidade. Metodologias de atuação na saúde da família e comunidade.
OBJETIVO
Qualificar o estudante para desenvolver atenção em saúde a famílias nas comunidades, considerando sua diversidade e complexidade, as diferentes teorias de abordagem de família, a família como unidade de cuidado em articulação com as políticas intersetoriais.
Leia-se:
SAÚDE COLETIVA IV: POLÍTICAS, AÇÕES PROGRAMÁTICAS NA ATENÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO EM SAÚDE
EMENTA
Políticas e ações programáticas na Atenção Básica e sua interação com os diferentes pontos das redes de atenção integral à saúde no SUS por ciclo vital e linhas de cuidado. Trabalho em equipe. Educação em Saúde e suas diferentes abordagens. Gestão do trabalho e do cuidado em saúde. Educação permanente em saúde. Participação social e educação popular em saúde no contexto das equipes de saúde da família na Atenção Básica.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo reflexivo sobre as políticas e ações programáticas na Atenção Básica e sua interação com os diferentes pontos das redes de atenção integral à saúde no SUS por ciclo vital e linhas de cuidado, o trabalho em equipe, a educação em saúde, gestão do trabalho, do cuidado em saúde e participação social em saúde no contexto das equipes de saúde da família na Atenção Básica, estabelecendo mediações e atuação concreta com o cotidiano das equipes e das práticas de saúde nos serviços, territórios e comunidades.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA V
EMENTA
Ações educativas voltadas a indivíduos, famílias e comunidades na promoção de saúde. Educação popular em saúde. Práticas integrativas de saúde. Saúde e movimentos sociais populares. Articulação ensino-serviço-comunidade.
OBJETIVO
Compreender as práticas populares e integrativas de saúde na perspectiva de proporcionar subsídios para enriquecer a atuação do profissional médico nos diferentes contextos e níveis de atenção de saúde.
Leia-se:
V - SAÚDE COLETIVA V: ENCONTROS CLÍNICOS NA ATENÇÃO BÁSICA: ÊNFASE NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO
EMENTA
Estudo da Atenção Básica e sua Longitudinalidade. Acolhimento. Projeto Terapêutico Singular. Atendimento multiprofissional realizado pelas equipes de Atenção Básica e sua abordagem coletiva e individual dos pacientes. Organização e o registro em Prontuário. Solicitação de Exames e Rastreamento de doenças comuns. Relação clínica na prática do médico de família. Clínica ampliada e cuidado integral. Consulta e abordagem centrada na pessoa. Gestão da clínica. Medicina baseada em evidências aplicada à prática do médico de família. Práticas integrativas e complementares voltadas à Atenção Básica. Principais síndromes e doenças da Saúde do Adulto e do Idoso na Atenção Básica.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo educativo-reflexivo sobre as abordagens possíveis dos problemas de saúde, utilizando recursos a partir da prática em Medicina de Família e Comunidade no contexto da Atenção Básica em Saúde, estabelecendo mediações com o cotidiano dos serviços de saúde, equipes, territórios e comunidades.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA VI
EMENTA
Introdução à economia da saúde. A demanda de Serviços de Saúde (SS) e seus determinantes. A oferta de SS e as novas tecnologias. O complexo produtivo da saúde: características e intervenção do Estado. O financiamento do setor e a alocação de recursos. Saúde e desenvolvimento. Organização, eficiência e custo dos sistemas de saúde. A reforma do setor saúde e a busca da eficiência.
OBJETIVO
Analisar (o complexo produtivo da saúde) as características e os problemas do Setor Saúde no Brasil à luz da Economia da Saúde utilizando os principais instrumentos de análise por ela propostos e sua aplicação a situações concretas.
Leia-se:
VI - SAÚDE COLETIVA VI: ENCONTROS CLÍNICOS NA ATENÇÃO BÁSICA: ÊNFASE NA SAÚDE DA CRIANÇA, MENTAL E DA MULHER
EMENTA
Estudo da Atenção Básica e sua Longitudinalidade. Saúde da Criança, Saúde da Mulher e Saúde Mental e suas várias abordagens na Atenção Primária à Saúde, dando ênfase no Acolhimento, o Projeto Terapêutico Singular, o Atendimento multiprofissional realizado pelas equipes de Atenção Básica e sua abordagem coletiva e individual dos pacientes. Clínica ampliada e o cuidado integral, consulta e abordagem centrada na pessoa. Síndromes e doenças mais prevalentes na Atenção Básica.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo educativo-reflexivo sobre as abordagens possíveis dos problemas de saúde utilizando recursos a partir da prática em Medicina de Família e Comunidade no contexto da Atenção Básica em Saúde, proporcionando aos estudantes o conhecimento e o aprofundamento sobre conceitos da prática da Saúde da Criança, Saúde da Mulher e Saúde Mental na Atenção Básica, estabelecendo mediações com o cotidiano das práticas de saúde nos serviços, equipes, territórios e comunidades.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA VII
EMENTA
Planejamento em saúde. Concepções, métodos e ferramentas de planejamento e avaliação em saúde. Metodologias tecnoassistenciais em saúde. Processo de elaboração e condução de planos de ação. Acompanhamento e avaliação das ações e serviços de saúde.
OBJETIVO
Compreender as diferentes abordagens de planejamento em saúde e os modelos tecnoassistenciais.
Leia-se:
VII - SAÚDE COLETIVA VII: GESTÃO DO CUIDADO NAS REDES DE ATENÇÃO, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE
EMENTA
Planejamento em saúde. Concepções, métodos e ferramentas de planejamento e avaliação em saúde nos vários níveis de atenção à saúde. Metodologias e tecnologias tecnoassistenciais em saúde para a integração do sistema saúde, otimizando os recursos clínicos e de gestão para a ampliação da assistência de forma racional. Processo de elaboração e condução de planos de ação. Acompanhamento e avaliação das ações e serviços de saúde, em especial, a gestão e a clínica para assistência das populações em situação de vulnerabilidade, tendo em vista os direitos humanos e equidade do SUS.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo educativo-reflexivo sobre métodos, ferramentas de gestão, planejamento e avaliação de serviços e sistemas de saúde, de forma racional, nos diversos modelos tecnoassistenciais, estabelecendo mediações com o cotidiano das práticas de saúde nos serviços, equipes, territórios e comunidades.
Onde se lê:
SAÚDE COLETIVA VIII
EMENTA
Teorias organizacionais clássicas e contemporâneas. Origens e desenvolvimento da planificação em saúde na América Latina e no Brasil. Reforma do Estado e propostas de reforma gerencial. Gestão do SUS. Mecanismos, instrumentos e tecnologias de participação na gestão do SUS. Teorias de liderança. Estilos e atributos gerenciais. Gerenciamento da qualidade. Gerenciamento de pessoas e de materiais. Acreditação hospitalar. Processo decisório e negociação. Administração do consultório. Educação continuada.
OBJETIVO
Atuar em gestão e gerenciamento em saúde considerando diferentes contextos do exercício profissional.
Leia-se:
SAÚDE COLETIVA VIII: ECONOMIA EM SAÚDE E ATENÇÃO DOMICILIAR
EMENTA
Economia em saúde e atenção domiciliar. Concepções, métodos e ferramentas de gestão e economia em saúde e atenção domiciliar. Processo de elaboração e condução de planos terapêuticos personalizados, pautados no apoio colaborativo como ferramenta da clínica ampliada. Acompanhamento e avaliação das ações e serviços de saúde com foco na economia e atenção domiciliar. Gestão e a clínica para assistência das populações em situação de vulnerabilidade, tendo em vista os direitos humanos e equidade do sistema.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um processo educativo-reflexivo sobre economia em saúde e atenção domiciliar, aprofundando as concepções, métodos e ferramentas de gestão e economia em saúde e atenção domiciliar, através de conhecimentos, vivências e práticas clínicas, estabelecendo mediações com o cotidiano dos serviços de saúde, equipes, territórios e comunidades.
Art. 2º Este ato entra em vigor na data de sua publicação.
Data do ato: Passo Fundo-RS, 03 de março de 2017.
Data de publicação: 16 de maio de 2017.
Julio Cesar Stobbe
Coordenador do Curso de Graduação em Medicina do Campus Passo Fundo