DECISÃO Nº 29/CONSUNI CPPGEC/UFFS/2022
A PRESIDENTE DA CÂMARA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA (CPPGEC), DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS), no uso de suas atribuições legais, considerando o Processo nº 23205.026988/2022-50,
DECIDE:
Art. 1º Alterar o art. 2º da Decisão Nº 1/CONSUNI CPPGEC/UFFS/2020, e o Anexo I que passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º O curso, com carga horária de 390 (trezentas e noventa) horas, será ofertado pelo Campus Laranjeiras do Sul-PR, no período de junho de 2021 a fevereiro de 2023, conforme Anexo I da presente Decisão.” (NR)
“ANEXO I
DA DECISÃO Nº 1/CONSUNI/CPPGEC/UFFS/2020
PROPOSTA DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM: ESPECIALIZAÇÃO EM REALIDADE BRASILEIRA PARA OFERTA NO CAMPUS LARANJEIRAS DO SUL
1. Dados da IES
Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
Reitor: Marcelo Recktenvald
Vice-Reitor: Gismael Francisco Perin
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação: Clarissa Dalla Rosa
Diretor de Pós-graduação: Clevison Luiz Giacobbo
Diretor do Campus: Martinho Machado Junior
2. Dados de Identificação do Curso
Nome do curso: Curso de Especialização em Realidade Brasileira |
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Área de conhecimento (Tabela CNPq/CAPES): Educação - CÓDIGO DO CNPq 7.08.00.00-6 |
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Forma de oferta: Presencial/Alternância |
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Linha de Pesquisa que está ligado: Sujeitos do Campo, Cooperação e Agroecologia |
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Grupo de Pesquisa que está ligado: Grupo de Pesquisa em Educação do Campo, Cooperação e Agroecologia (GECCA) |
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Campus de oferta: Laranjeiras do Sul - Assesoar (Francisco Beltrão) |
Nº de vagas: 50 |
Curso(s) proponente(s): |
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Fonte do Recurso: Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural – ASSESOAR e outras organizações camponesas |
3. Coordenação
Nome completo: Pedro Ivan Christoffoli; |
Titulação: Doutor em Desenvolvimento Sustentável; |
Regime de contratação: 40 horas – DE |
Experiência acadêmica e profissional (resumida): formação acadêmica em agronomia, cooperativismo; administração e desenvolvimento sustentável; experiência profissional com atuação em cooperativismo e desenvolvimento rural; atua há mais de dez anos em ensino superior de graduação e pós-graduação na UFFS; Coordenou o Curso de Especialização em Produção de Leite Agroecológico (UFFS); coordena o Núcleo de Estudos em Cooperação (NECOOP). |
Endereço do Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706613A4 |
Contato E-mail: pedroivanc@uffs.edu.br; pedroivanc@gmail.com Telefone: 42 9 9104 9662 |
4. Carga Horária
Carga horária total: 390 horas |
5. Período e Periodicidade
Início do curso: junho de 2021 |
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Término do curso: fevereiro de 2023 |
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Turno de oferta: (X ) matutino (X )vespertino ( X) noturno |
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Carga horária por turno: 4hs |
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Início do turno: matutino: 07:30 hs vespertino: 13:30 hs noturno: 18:40h |
Término do turno: matutino: 11:50hs vespertino: 17:50hs noturno: 23:10hs |
6. Justificativa
A região Sudoeste do Paraná, fronteiriça com a Argentina e o estado de Santa Catarina, é composta por 42 municípios, com uma população estimada em 625.000 habitantes (IBGE, 2017). É reconhecida, perante as demais regiões do Estado do Paraná, pela presença marcante da agricultura familiar (89% dos estabelecimentos rurais), uma das principais bases da economia regional e do cooperativismo solidário, juntamente com as indústrias derivadas do setor agrícola e do vestuário. No entanto, a presença quase totalitária da agricultura familiar na composição do campo, não elimina as contradições latentes do atual modelo produtivo capitalista. Na dinâmica histórica de ascenso e encolhimento populacional, a região passa por um período de grande esvaziamento da população do campo (principalmente jovens), aumento da população urbana e migração para os municípios onde há maior concentração das riquezas e do capital. Tal fato ocorre devido às dificuldades de acessar “serviços especializados”, como na área da educação e saúde, na maioria dos municípios; a crescente instalação de novas indústrias e espaços comerciais de diferentes setores, nestes municípios pólos; a carência histórica de investimento nos serviços de infraestrutura para o campo; o fechamento de escolas do campo; e o próprio modelo agrícola hegemônico fortemente estruturado na região, moldado pela lógica do agronegócio, excludente e concentrador, o qual tem provocado o endividamento no campo e prevê o campo como espaço de produção e um campo sem gente. No modelo agroquímico e industrial estabeleceu-se a integração agroindustrial através dos Complexos Agroindustriais (CAIs) e a verticalização da produção de alimentos, passando a agricultura familiar muito mais para a condição de fornecedor de matéria prima para a indústria e comprador de seus insumos, cabendo-lhe um papel cada vez menor, e cada vez mais controlado e comandado pela indústria. “A industrialização agroalimentar implicou em um processo de substituição dos produtos agrários por produtos industriais que se traduz no desenvolvimento de alimentos fabricados que complementa o processo de apropriação industrial da agricultura já exercido através dos insumos, antes controlados e produzidos pelo agricultor” (Goodman e Redclift 1991, Friedman, 1991, in Collado et al 2009, p. 2). Nas últimas décadas, dado às condições do contexto e à pressão do modelo, e por outro lado com a fragilização das políticas públicas, a agricultura familiar tem deixado de cumprir seu papel histórico na produção de alimentos e é forçada pelas circunstâncias à produzir commodities. Este modelo de produção, com foco na exportação, tem sua viabilidade baseada na produção em escala de monocultivos e estrutura-se na utilização de tecnologias de alto custo. Entre elas, a grande quantidade de produtos veterinários e agrotóxicos. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – ADAPAR, no Sudoeste, em 2016, foram utilizados 9.758 toneladas de agrotóxicos, quantidade superior aos 3 anos anteriores. Dentro desta realidade é crescente o endividamento de diversas famílias que, em função do limite produtivo (área, estrutura e capital) não conseguem se viabilizar. Acompanhar o avanço tecnológico e a escala exigida pelo sistema de integração exige investimentos de capital que nem todos possuem, o que leva a exclusão e a perda da estrutura anteriormente utilizada para a produção. Em consequência das dívidas ou por não conseguirem se estruturar em novas atividades agrícolas (do próprio agronegócio), as famílias acabam vendendo ou arrendando suas terras, contribuindo para a reconcentração fundiária na região. A industrialização do processo de produção de alimentos marca o início do crescente distanciamento e desconexão entre a produção e o consumo, e, cada vez mais exercido por algumas grandes corporações, em circuitos cada vez mais longos e globalizados. Cabe agora à “mão invisível” do mercado o abastecimento, e que prioriza produtos que lhe dão mais lucro (as commodities) e produtos menos perecíveis, seja naturalmente ou resistência induzida quimicamente. Essas condições fazem diminuir drasticamente a qualidade biológica, a diversidade, a qualidade nutricional e os sabores dos alimentos. Portanto torna-se urgente e necessária a reafirmação da multifuncionalidade da agricultura familiar e seu papel no desenvolvimento, sobretudo na soberania e segurança alimentar e na geração de trabalho e renda. É preciso também rever a base tecnológica e a proposta para os sistemas de produção, levando em consideração: - a produção para o autoconsumo; - a diversificação da produção; - a transição agroecológica. A produção de alimentos saudáveis, o abastecimento local/regional, e o restabelecimento da relação e interação entre a produção e o consumo, são desafios atuais e urgentes. A necessidade de transformação dos sistemas alimentarios, foi consenso central na Terceira conferência internacional da agricultura e alimentação em uma sociedade urbanizada (POA-2018), destacando-se: a necessidade de construção de elos, de articulação e de pactos entre o urbano e o rural através de um novo ciclo cooperativo; a importância da produção local/ regional de alimentos e dos circuitos curtos; a importância da agricultura familiar/ camponesa na produção de alimentos, soberania e segurança alimentar; a importância do papel do Estado nesse momento de grande concentração de capital e poder estrutural por parte de poucas grandes corporações; o desafio da alimentação saudável e da qualidade alimentar/nutricional dos alimentos; a importância da combinação das diversidades na alimentação do mundo; a “conservação pelo uso” da biodiversidade; a agroecologia e a abordagem sistêmica. Contrapondo-se ao agronegócio, famílias que encontravam-se aprisionadas pela lógica o monocultivo e da integração reagem e reencontram na produção diversificada sua fonte alimentar e de renda. Isto foi possível, também, pelo acesso a programas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conquistas da luta popular. Ambos possibilitaram, não só na região Sudoeste do Paraná, mas também em outras regiões do Estado e do país, a viabilização de muitas famílias de agricultores, de assentados da reforma agrária e atingidos por barragens, bem como, o fortalecimento de suas cooperativas e associações. Desta forma beneficiam-se os agricultores e também os consumidores que acessam alimentos de melhor qualidade. No entanto, por pressão das grandes empresas que, historicamente, dominaram o setor da comercialização de alimentos, os programas PAA e PNAE juntamente com outros que vinham em seu apoio passaram a ter cortes significativos nos últimos anos. Diante desta realidade muitas famílias da região perderam uma parte significativa de sua renda e muitas cooperativas que operam os programas estão enfraquecidas. Com a necessidade de ampliar a organização social, as organizações populares e movimentos sociais regionais articulam-se através do Fórum Regional das Organizações e Movimentos Populares do Campo e da Cidade. Os processos de formação realizados junto ao Fórum Regional apontaram para a necessidade da construção de um Projeto Popular de Desenvolvimento Regional focado na produção de alimentos saudáveis. Este processo teve início a partir da “Plataforma da Comida Saudável” que tem entre seus principais objetivos aproximar agricultores e consumidores por meio do debate alimentar e acesso ao alimento saudável. O objetivo é construir uma nova lógica de comercialização, baseado na valorização, distribuição e a acessibilidade à alimentos com qualidade, na construção de uma nova relação entre quem produz e quem consome os alimentos. Diante deste contexto, o Curso de Realidade Brasileira, como um espaço de construção do conhecimento, contribuirá para qualificação do entendimento desta realidade, qualificação propositiva, e qualificação da atuação de educadores/as, técnicos/as e lideranças de organizações, a partir de intelectuais brasileiros. No Projeto Político Pedagógico pretende-se tornar sujeitos nesta construção os educandos, o Fórum Regional e as Organizações envolvidas e a UFFS.
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7. Histórico da Instituição
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) é uma Instituição de Ensino Superior Pública e Popular. Criada pela lei n. 12029, de 15 de setembro de 2009, nasceu como resposta a alguns dos históricos problemas educacionais brasileiros: (i) baixas taxas de acesso à educação superior; (ii) matrículas concentradas nas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas; (iii) concentração das IES públicas nas regiões litorâneas, entre outros. Na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul, espaço-tempo onde a UFFS está inserida, tal desafio reveste-se de uma materialidade única. Situada na fronteira com a Argentina, composta por aproximadamente 396 municípios e 3,7 milhões de habitantes do noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, a região manteve-se privada do ensino superior durante a maior parte de sua história. As primeiras faculdades foram criadas a partir da década de 1960 - especialmente ligadas à formação de professores e à área das ciências sociais aplicadas - por iniciativa das lideranças comunitárias, constituindo as fundações públicas de direito privado. As IES públicas surgiram mais tarde, em pequeno número e nos municípios de maior concentração populacional. O ensino superior privado manteve-se restrito aos grupos sociais em condições de subsidiar suas mensalidades e o ensino superior público, restrito aos jovens de classe média, oriundos na sua grande maioria das escolas privadas. A exclusão do direito de acesso ao ensino superior público e gratuito e outros problemas que afetam a Mesorregião, como a crise da agricultura familiar, o êxodo rural, a estagnação econômica dos municípios, a exclusão socioeducacional e as desigualdades sociais, foram alguns dos fatores que alimentaram e orientaram o processo de implantação da UFFS. Esta foi a primeira universidade pública federal cuja criação deveu-se ao poder de mobilização dos movimentos sociais e das lideranças políticas e comunitárias. O denso tecido de organizações da região – berço de alguns dos principais movimentos sociais do campo do Brasil – foi mobilizado para a formulação do projeto de universidade e sua concretização. Dentre estes pode-se destacar, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF/CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) foram algumas das organizações que integraram o Movimento Pró-Universidade. Este coletivo pautou a construção de uma IES pública e popular, aberta aos grupos sociais mais excluídos e comprometida com o desenvolvimento sustentável e solidário da região, tendo como seu eixo a produção familiar e camponesa. Busca, portanto, servir à transformação da realidade, opondo-se à reprodução das desigualdades que provocaram o empobrecimento da região. A proposta procura atender os princípios norteadores estabelecidos no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da UFFS, especialmente: (1) Universidade de qualidade, comprometida com a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com o desenvolvimento sustentável e solidário da Região Sul do país; (2) Universidade que tenha na agricultura familiar um setor estruturador e dinamizador do processo de desenvolvimento e; (3) Universidade que tenha como premissa a superação da matriz produtiva existente. Assim, a UFFS tem como missão: 1. Assegurar o acesso à educação superior como fator decisivo para o desenvolvimento da região da fronteira sul, a qualificação profissional e a inclusão social; 2. Desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão buscando a interação e a integração das cidades e estados que compõe a grande fronteira do Mercosul e seu entorno; 3. Promover o desenvolvimento regional integrado, condição essencial para a garantia da permanência dos cidadãos graduados na região da fronteira sul e a reversão do processo de litoralização hoje em curso. Enquanto universidade pública e popular, a UFFS, desde o seu nascimento, vem primando pelos compromissos com as formas de produção e de consumo mais solidárias e ecologicamente sustentáveis. Não fugindo ao seu perfil e missão a UFFS tem como objetivos - Promover o desenvolvimento regional integrado, condição essencial para a garantia da permanência dos cidadãos na região;- Assegurar o acesso ao ensino superior como fator decisivo para o desenvolvimento das capacidades econômicas e sociais da região, para a qualificação profissional e para o compromisso de inclusão social; - Desenvolver o ensino, a pesquisa e a extensão como condição de existência de um ensino crítico, investigativo e inovador e a interação entre as cidades e estados que compõem a Mesorregião Grande Fronteira Mercosul e seu entorno. A UFFS tem como compromisso o acesso à ciência, tecnologia, à cultura e ao exercício da reflexão crítica, bem como com a formação de profissionais capazes de refletir autonomamente com competência técnica, teórica e prática. Neste processo podemos destacar no campus de Laranjeiras do Sul a oferta de quatro cursos na modalidade Lato sensu, Especialização em Produção de Leite Agroecológico, Educação do Campo, Especialização em Realidade Brasileira e Especialização em Economia Empresarial e Gestão de Pequenos Negócios, ainda dois cursos Stricto sensu, Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, ambos mestrado. Que ao longo destes 10 anos de existência da Universidade tem mostrado seu compromisso com processo de formação de quadros para o desenvolvimento regional. A demanda a ser atendida, com este curso Lato sensu, Especialização Realidade Brasileira abarca profissionais das diferentes áreas de formação convergentes à construção do conhecimento a partir da realidade dialogando e voltados ao desenvolvimento rural sustentável como processo de construção social. Isto decorre da preocupação quanto à construção do conhecimento científico apoiado no diálogo de saberes e de seu empoderamento pela sociedade numa abordagem complexa, participativa e interdisciplinar. Salienta-se a importância da proposta para atender a carência de recursos humanos na região centro oeste do Paraná. |
8. Objetivos
Objetivo geral Potencializar o desenvolvimento sustentável através da qualificação do entendimento da realidade territorial, e da qualificação propositiva e da atuação de educadores/as, técnicos/as e lideranças de organizações na construção da soberania e segurança alimentar, do fortalecimento da cooperação e da articulação campo e cidade, a partir da interface com intelectuais brasileiros.
Objetivos específicos 1- Formar educadores e lideranças para qualificar a atuação nas escolas e organizações sociais, contribuindo na formulação teórica e prática a partir da realidade concreta que estão inseridos; 2- Aprofundar a compreensão da realidade regional articulada aos processos concretos de produção e acesso aos alimentos pela classe trabalhadora; 3- Contribuir para a compreensão dos processos históricos, econômicos, políticos e sociais, que contribuíram para a construção da sociedade brasileira, desde a perspectiva das classes populares; 4- Animar processos locais de desenvolvimento promovendo debates acadêmicos acerca de produção e organização do consumo, na relação campo-cidade; 5- Fortalecer a cooperação e a inter-cooperação entre organizações associativas e sindicais no sudoeste do PR. |
9. Público-Alvo
(Definição do público-alvo e a contribuição que pretende dar em termos de competências e habilitações aos egressos) Educadores/as de escolas públicas, dirigentes, lideranças e técnicos/as de organizações, egressos de cursos da pedagogia da terra, licenciatura em educação do campo, agroecologia e outros, com atuação preferencial na região sudoeste do Paraná. |
10. Concepção do Programa
A Região Sudoeste do PR é berço de surgimento de inúmeros movimentos sociais, sindicais e cooperativistas. Foi nessa região que se desenvolveu a Cresol, a FETRAF, a UNICAFES. É também região de históricos conflitos sociais na luta pela terra, sendo região de influência da Guerra do Contestado, das questões de fronteira com a Argentina e Paraguay, e das lutas dos camponeses por terra (Revolta dos Colonos, 1957; MASTES nos anos 1980 e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST a partir de 1985). E, mais recentemente é uma região que se articula socialmente através do Fórum Regional das Organizações e Movimentos Populares do Campo e da Cidade tendo em vista a resolução dos problemas regionais a partir do ponto de vista da classe trabalhadora. Participam do Fórum Regional as seguintes entidades: Assesoar, APP- Sindicato, Capa, Coopafi, Cresol, Fetraf-Paraná, MAB, MST, Sindicato dos Empregados no Comércio de Francisco Beltrão e Pato Branco, Sintrial, Sindtae UFFS/Realeza, Unicafes. A partir da criação e implantação da UFFS, vem ocorrendo uma crescente aproximação das entidades regionais com a universidade. O presente curso de especialização surge dos processos de diálogo conjuntos ocorridos ao longo dos últimos anos. Uma das questões que se colocou em debate é de que forma a UFFS poderia contribuir com um processo de auto-organização regional, na perspectiva de aproximar as diversas forças sociais atuantes em um projeto articulador das questões campo-cidade. Desde então tem-se buscado construir a proposta deste curso a várias mãos, movimentos socioterritoriais do sudoeste e universidade. O curso projeta iniciar seus processos formativos a partir da prática social atual dos educandos envolvidos e de suas respectivas organizações. O processo inicial (fase inicial) busca levantar elementos da realidade local-regional através de diagnósticos participativos (levantamento da realidade) e de metodologias da cartografia social, de forma a num segundo momento pedagógico (segunda fase), desencadear processos formativos que busquem a reflexão e teorização acerca das temáticas levantadas na primeira fase. A terceira fase do processo implica na reflexão em vista da ação: que tipo de ações podem ser desencadeadas a curto, médio e longo prazo, em vista de enfrentamento das questões identificadas na fase 1, e que foram debatidas, estudadas e aprofundadas em suas relações e imbricações, na fase 2. Para cada fase destas, estão previstos espaços pedagógicos diferenciados, com contribuições específicas para a qualificação do processo em curso. Os espaços pedagógicos previstos são: a) projeto individual de TCC; b) momentos de tutoria individual e/ou coletiva; c) momentos coletivos de aprendizagem; d) imersões/incursões na realidade regional; e) momentos de entregas teóricas; f) alternância tempo universidade - tempo comunidade; g) Unidades de estudo; Ver maior detalhamento sobre os mesmos na seção sobre metodologia. Cada educando deverá desenvolver seu Projeto de TCC longitudinalmente ao curso, em que serão aprofundadas questões prático - teóricas ao longo das etapas, propiciando aprofundamento e qualificação da intervenção social do educando durante e, principalmente, após o curso. Esse projeto poderá ter vários formatos, conforme descrito no item correspondente. Para atingir tais objetivos o curso proposto não poderia ser rígido em sua concepção inicial, de forma a que a construção dos espaços e momentos educativos possam se adequar a uma dinâmica centrada em processos de práxis, onde o determinante seja a emergência de questões educativas relevantes (temas geradores) no nível empírico e sua tratativa nos espaços de entrega teórica e reflexão (individual e coletiva). |
11. Matriz curricular
Componente Curricular |
Carga horária |
História Regional e Questão Agrária |
40 |
Desenvolvimento Regional: Relação Campo Cidade |
50 |
Agricultura Familiar e Agroecologia |
40 |
Alimentação Saudável, Saúde Popular e Organização do Consumo |
50 |
Educação Popular e Educação do Campo |
40 |
Cooperação e Intercooperação |
50 |
Metodologia da pesquisa |
30 |
Metodologia de Organização e Trabalho Popular |
60 |
Seminários Finais TCCs |
30 |
CARGA HORÁRIA TOTAL |
390 |
- Considerar aulas de 4 horas por turno;
- Obrigatória a Oferta do Componente Metodologia da Pesquisa com carga horária mínima de 30 horas
11.1 Cronograma
Componente Curricular |
Carga horária Tempo Universidade |
Carga horária Tempo Comunidade |
Calendário das aulas |
Professor |
História Regional e Questão Agrária |
30 |
10 |
Junho a outubro de 2021 |
Elemar C. Nascimento/ Ana Hammel |
Metodologia de Organização e Trabalho Popular |
50 |
10 |
Junho a Dezembro de 2021 |
Pedro Ivan Christoffoli |
Desenvolvimento Regional: Relação Campo Cidade |
40 |
10 |
Fevereiro a Junho de 2022 |
Luiz Claudio Krajevski/ |
Agricultura Familiar e Agroecologia |
30 |
10 |
Agosto a Dezembro de 2021 |
Valdemar Arl/ Josimeire Leandrini |
Alimentação Saudável, Saúde Popular e Organização do Consumo |
40 |
10 |
Novembro 2021 a abril de 2022 |
Julian Perez Cassarino/ Valdemar Arl |
Educação Popular e Educação do Campo |
30 |
10 |
Fevereiro a Julho de 2022 |
Líria Ângela Andrioli - Solange Von Onçay |
Cooperação e Intercooperação |
40 |
10 |
Agosto a Dezembro de 2021 |
Pedro Ivan Christoffoli |
Metodologia da Pesquisa |
30 |
- |
Janeiro a Dezembro 2022 |
Roberto Antônio Finatto/Josimeire Apª Leandrini |
Seminários de TCC |
30 |
- |
Fevereiro de 2023 |
Ana Cristina Hammel |
CARGA HORÁRIA TOTAL |
300 |
90 |
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Observações:
- A indicação de professor externo deverá vir acompanhada de cópia do diploma da maior titulação. No caso de indicação de professor especialista, anexar cópia do curriculum vitae, preferencialmente na versão Lattes;
- Evitar a oferta de disciplinas com apenas um encontro (12 horas).
12. Corpo Docente
Nome completo: Roberto Antônio Finatto |
Titulação: Doutor |
Forma de contratação: Professor Efetivo - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional:Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (Área: Desenvolvimento Regional e Urbano; Linha de pesquisa: Redes, Organização Territorial e Políticas Públicas) com atividades de doutorado sanduíche na Universidad de Córdoba e na Universidad Internacional de Andalucía, Espanha. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Trabalha com Geografia Humana, ênfase em Geografia Agrária. Tem experiência em temas como agricultura camponesa, agroecologia, desenvolvimento territorial, produção/agricultura orgânica e rede. É líder do Grupo de Pesquisa Educação do Campo, Cooperação e Agroecologia (GECCA) e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Região, Urbanização e Desenvolvimento (NERUD). Professor Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Laranjeiras do Sul/PR. Coordenador Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação - Campus Laranjeiras do Sul. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1040368644362393 |
Nome completo: Pedro Ivan Christoffoli |
Titulação: Doutor |
Forma de contratação: Professor Efetivo - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Eng. Agrônomo (UFSC 1986), Especialista em Cooperativismo (UNISINOS 1996), mestre em Administração (UFPR 2000) e doutor em Desenvolvimento Sustentável (Universidade de Brasília 2009). Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul. Membro do Núcleo de Estudos em Cooperação (NECOOP/UFFS). Professor do Programa de Pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (UFFS) e Desenvolvimento Territorial da América Latina (UNESP). Pesquisa os seguintes temas: reforma agrária, desenvolvimento territorial, agroecologia, e economia solidária. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3291145227008598 |
Nome completo: Elemar do Nascimento Cezimbra |
Titulação: Mestrado Desenvolvimento Regional (UTFR) |
Currículo Básico: Possui graduação em Licenciatura em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (1984). Curso incompleto de Teologia na PUC de Porto Alegre de 1985 a 1986. Mestre em Desenvolvimento Regional na UTFPR, em agosto de 2013, campus de Pato Branco. Em 2013 atua como Secretário Parlamentar, Presidente do Conselho Estratégico Social da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS e membro do Conselho Universitário na UFFS. Professor concursado, com dedicação exclusiva, na UFFS, Campus de Laranjeiras do Sul . |
Endereço Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9725873078776482 |
Nome completo: Valdemar Arl |
Titulação: Doutor |
Forma de contratação: Colaborador Eventual |
Experiência acadêmica e profissional: Possui graduação em Agronomia pelo Centro de Ciências Agroveterinárias (1988), Especialização em Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (CCA- USFC 2020), Administração Rural (ESAL - MG, 1994) e mestrado em Master oficial en Agroecologia pela Universidade Internacional de Andalucia (Espanha - 2009), e Doutorado na Universidade de Córdoba (Espanha). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agroecologia, desenvolvimento sustentável, Educação Popular e Metodologia do Trabalho Popular-Educação Ambiental e Educação do Campo. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1915454729876215 |
Nome completo: Ana Cristina Hammel |
Titulação: Mestra |
Forma de contratação: Professora Efetiva - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Graduação em história pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2002), Graduação em pedagogia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2006) e mestrado em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2013). Atualmente é docente da Universidade Federal da Fronteira Sul. É membro do Grupo de Pesquisa Educação do Campo, Cooperação e Agroecologia (GECCA) e do Núcleo de Estudos em Cooperação (neccop). |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1902013686022606 |
Nome completo: Josimeire Aparecida Leandrini |
Titulação: Doutora |
Forma de contratação: Professora Efetiva - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (1993), mestrado em Botânica, Universidade Federal do Paraná (1999) e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (2006). Professora da Universidade Federal da Fronteira Sul e atua no Programa de Pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (UFFS). É membro do Grupo de Pesquisa em Agroecologia; tutora do grupo PET Políticas Públicas e Agroecologia. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7492771330428487 |
Nome completo: Liria Ângela Andrioli |
Titulação: Doutora |
Forma de contratação: Professora Efetiva - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Professora na Universidade Federal da Fronteira Sul. Doutora em Educação nas Ciências pela Unijuí na linha de pesquisa "Educação popular em movimentos e organizações sociais". Fez doutorado sanduíche na Westfälische Wilhelms-Universität, em Münster na Alemanha. Mestre em Educação nas Ciências. Graduada em Filosofia. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: mulher, gênero, filosofia, currículo, movimento de mulheres, agroecologia. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7724936298392546 |
Nome completo: Maria Eloá Gehlen |
Titulação: Doutora |
Forma de contratação: Professora Efetiva - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Doutora em Educação pela UFRGS, Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais e Pedagogia. Professora Adjunta na Universidade Federal Fronteira Sul - UFFS - Campus Laranjeiras do Sul, PR. Atua nos seguintes temas: Direito à Educação, Ensino Médio, Educação dos Indígenas e Quilombolas, Violência contra as Mulheres. Membro da Comissão de Direitos Humanos da UFFS - Campus Laranjeiras do Sul, PR. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8869317525999872 |
Nome completo: Solange Todero Von Onçay |
Titulação: Mestre |
Forma de contratação: Professora Efetiva - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Possui graduação em Pedagogia pela Universidade de Passo Fundo (1990) e mestrado em Educação pela Universidade de Passo Fundo (2003). É Doutoranda em Antropologia Social pela Universidad Nacional de Misiones - Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales Programa de Postgrado en Antropología Social (PPAS). Atualmente Diretora de Extensão da Universidade Federal da Fronteira Sul e professora no Campus de Erechim/RS. Tem pesquisas na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação do campo, políticas públicas, educação e desenvolvimento e educação popular. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3970224004667361 |
Nome completo: Julian Perez Cassarino |
Titulação: Doutor |
Forma de contratação: Professor Efetivo - Dedicação Exclusiva |
Experiência acadêmica e profissional: Possui graduação em Engenharia Florestal - UFPR (1998) e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento - UFPR (2012), com estágio doutoral no Instituto de Sociología y Estudios campesinos de la Universidad de Córdoba (ISEC-UCO), Espanha. Realizou estágio Pós doutoral no no Colégio de la Frontera Sur-ECOSUR (México). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Laranjeiras do Sul/PR. É professor permanente dos Programas de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (PPGAEDRS-UFFS) e Meio Ambiente e Desenvolvimento (MADE-UFPR). Coordena o Núcleo de Estudos Avançados em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional Karu Porã e integra a Coordenação do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN). Tem experiência na área de Agroecologia, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional atuando principalmente nos seguintes temas: construção social de mercados, formas alternativas de abastecimento alimentar, sistemas agroflorestais e agricultura familiar e campesinato. |
Endereço Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4068480957111745 |
13. Conteúdo Programático
Componente Curricular: HISTÓRIA REGIONAL E QUESTÃO AGRÁRIA |
Carga horária: 40hs |
Ementa:O que é a Questão Agrária segundo os clássicos internacionais. Como se formou a Questão Agrária brasileira. Como se apresenta atualmente a Questão Agrária no Brasil e no Paraná. A constituição do Sudoeste e a luta dos trabalhadores. Revolta de 1957. Indígenas, caboclos e colonos e formação do campesinato na região. |
Bibliografia básica (três principais): STEDILE. J.P. (Org.). A Questão Agrária no Brasil, Vol 1 a 9. São Paulo: Expressão Popular, 2015. KOLING. P. J. A Revolta de 1957 no Sudoeste do Paraná: a luta pela terra entre memórias e comemorações. Guarapuava/PR: Ed Unicentro, 2018. ABRAMOWAY. Ricardo. Transformações na vida camponesa: sudoeste do Paraná. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP, 1984. |
Componente Curricular: Desenvolvimento regional: relação campo e cidade |
Carga horária: 50hs |
Ementa: As concepções de desenvolvimento regional. Compreensão e diagnóstico da realidade da região do Sudoeste do Paraná. O contexto do desenvolvimento regional no sudoeste do Paraná. Relações econômicas, polícias ambientais e sócio-culturais no processo de reconfiguração regional e interferências no desenvolvimento regional na relação campo e cidade. Políticas públicas e planejamento regional. Desenvolvimento regional e o papel dos governos, organizações e sociedade. |
Bibliografia básica: ABRAMOWAY, Ricardo. Transformações na vida camponesa: o sudoeste paranaense. 1981. 274 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, 1981. DUARTE. Valdir Pereira. A ecologia como ideologia: os pequenos agricultores no sudoeste do Paraná – Brasil. Paco Editorial. São Bernardo dos Campo – SP. 2019. FURTADO, Celso. Introdução ao Desenvolvimento: enfoque histórico-estrutural. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 126 p. KORB, Tobias et all– Desenvolvimento multidimensional do campo, concepção e método: referências a partir do Projeto Vida na Roça. Francisco Beltrão/PR – ASSESOAR, 2011. |
Componente Curricular: Metodologia de organização e trabalho popular |
Carga horária: 60hs |
Ementa: O método do trabalho popular. A organização como metodologia do trabalho popular. A leitura da realidade e suas contradições. A relação teórico-prática: unidade dialética. Método na Organização e na luta Popular. |
Bibliografia básica: FREIRE, Paulo. NOGUEIRA, Adriano. Que fazer: teoria e prática em educação popular. 9 edição. Petrópolis – RJ. Editora Vozes. 2007. HURTADO, Carlos Nuñez – Educar para transformar, transformar para educar. Petrópolis, Rio de Janeiro, Ed. Vozes, 1993. PELOSO. Ranulfo. Trabalho de base. Expressão Popular. São Paulo. 2012. |
Componente Curricular: Metodologia da Pesquisa |
Carga horária: 30 |
Ementa: Epistemologia e métodos da pesquisa. Problematização, hipóteses e objetivos na investigação social. Fundamentos teóricos-críticos e a construção do conhecimento. Normas técnicas da produção científica. |
Bibliografia básica (3 obras): GAMBOA, Silvio Sánches. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. Chapecó: Argos, 2012. MINAYO, Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013. |
Componente Curricular: Seminário de Socialização dos Trabalhos de Conclusão de Curso |
Carga horária: 30 Horas |
Ementa: Seminário de socialização dos trabalhos científicos. Encerramento do curso. |
Bibliografia básica: MARCONI, M. de A. & LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed., São Paulo: Atlas, 2005. MINAYO, Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007 |
Componente Curricular: Agricultura Familiar e Agroecologia |
Carga horária: 40hs |
Ementa: Epistemologia da Agroecologia. Agroecologia e produção orgânica. Transição agroecológica. Princípios e fundamentos para o desenvolvimento de sistemas de produção agroecológicos. O sistema agroalimentar e a Agroecologia. As características da agricultura familiar. Práticas agroecológicas em sistemas de produção familiares. Agroecologia no sudoeste do Paraná. |
Bibliografia básica: ALVES, A. F.; CARRIJO, B. R.; CANDIOTTO, L. Z. P. (Orgs.) Desenvolvimento territorial e agroecologia. São Paulo: Expressão Popular, 2008. 256p. ALTIERI, M. A. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 5. ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. 117 p. GLIESSSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: UFRGS, 2000. MACHADO, L. C. P; MACHADO FILHO, L. C. P. A dialética da agroecologia. São Paulo/SP: Expressão Popular, 2014. 356 p. |
Componente Curricular: Cooperação e Intercooperação |
Carga horária: 50hs |
Ementa: Processos de cooperação no campo e na cidade: fundamentos sociais e econômicos; princípios e experiências avançadas; Intercooperação entre cooperativas e outras formas associativas: fundamentos e princípios. O caso de Mondragón; Estudo de casos no Paraná. |
Bibliografia básica (três principais): FARIA, J. H. Gestão Participativa: relações de poder e de trabalho nas organizações. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009. v. 1. 407 p ORMAETXEA, José M. Introducción a la Experiencia Cooperativa de Mondragón. Textos Básicos de OTALORA. Aretxabaleta: Otalora, 2000 MOTTA, F. C. Prestes et al. Participação e participações: ensaios sobre autogestão. São Paulo: Babel Cultural, 1987 |
Componente Curricular: Alimentação Saudável, Saúde Popular e Organização do Consumo |
Carga horária: 40hs |
Ementa: O processo de desconexão da cadeia de abastecimento alimentar, a sua complexificação e seu domínio pela distribuição e por grandes impérios alimentares. As diversas crises e fraturas do modelo produtivista referentes à saúde pública, ao meio ambiente e à sociedade. As tendências sociais contestadoras como a criação, operação e desenvolvimento de cadeias curtas de abastecimento e sua imersão em valores e práticas sociais específicas; o papel do consumo e do consumidor no direcionamento das cadeias de abastecimento e no desenho de novas relações e modelos agroalimentares. |
Bibliografia básica (três principais): FISCHLER, C. A “McDonaldização” dos costumes. In: FLANDRIN, J.L; MONTANARI, M. (Dir.). História da Alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998, pp. 841-862. MALUF, R.S.J. Segurança alimentar e nutricional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. GOODMAN. D. Espaço e lugar nas redes alimentares alternativas: conectando produção e consumo. In: Gazolla, M; Achneider, S. Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas: negócios e mercados da agricultura familiar. Ed UFRGS: 2017. |
14. Metodologia
(Relacionar os recursos metodológicos a serem empregados no curso. Explicitar o uso de métodos inovadores de ensino e a forma como se pretende alcançar a integração entre teoria e prática. Salientar o desenvolvimento de atividades de interdisciplinares, se for o caso)
O curso foi pensado para maximizar o potencial pedagógico da interação teoria-prática. A ideia é partir sempre de uma aproximação da realidade vivenciada regionalmente, ter um segundo momento de aprofundamento teórico sobre as questões levantadas e um terceiro momento para aprofundamento das discussões e visando o planejamento de ações e inserção dos educandos nos processos estudados.
Nesse sentido foram pensados vários momentos e atividades visando possibilitar a efetivação dessa intencionalidade pedagógica. Dentre eles destacam-se:
a) Projeto Individual de TCC; Cada educando deverá desenvolver seu Projeto de TCC longitudinalmente ao curso, em que serão aprofundadas questões prático - teóricas ao longo das etapas, propiciando aprofundamento e qualificação da formação em vista da intervenção social do educando durante e, principalmente, após o curso.
b) Momentos de Tutoria Individual e/ou Coletiva - Esses momentos são pensados tanto para auxiliar no desenvolvimento dos TCCs individuais, como para reflexão e aprofundamento sobre temáticas transversais da realidade regional e/ou do interesse dos educandos e que possam ser melhor compreendidos através da utilização da metodologia de tutoria. Como tutores serão cadastrados tanto professores da UFFS como de outras instituições regionais, ou mesmo de outras regiões do país, utilizando-se de ferramentas de comunicação eletrônica gratuita (como Skype e outros).
c) Comunidades de Aprendizagem - As comunidades de aprendizagem, serão organizadas em torno de temáticas ligadas às problemáticas socioeconômicas da região e relacionadas com o que-fazer dos educandos. Podem estar relacionadas aos Casos de Estudo (ver adiante) ou não. Pode-se utilizar de sessões em salas de aula, discussões em grupos, elaboração de relatórios e realização de projetos nos componentes curriculares.
d) Imersões/Incursões na Realidade Regional; realizadas através de visitas técnicas, estágios eventuais, nas unidades de estudo, viagens de estudo, participação em eventos temáticos. Em cada etapa pretende-se ter um momento em que se realize a aproximação com a realidade, para depois exercer processos de reflexão/estudo e planejamento das ações individuais/grupais.
e) Momentos de Entregas Teóricas; realizadas através de aulas presenciais, discussões de textos em grupos, estudo individual dirigido, participação em seminários temáticos, realização de oficinas.
f) Alternância Tempo Universidade - Tempo Comunidade; os educandos terão momentos presenciais na universidade (no caso, sediado na Assesoar, em Francisco Beltrão) e momentos em que retornam a suas comunidades, entidades, empreendimentos e desenvolvem atividades relacionadas com a temática do curso, à complementação de estudos relacionados aos componentes curriculares, ou à elaboração do projeto de TCC individual. A interação TC-TU é essencial para que os conhecimentos apreendidos e (re)elaborados ao longo do curso possam ser aplicados na realidade de origem dos educandos, bem como situações concretas da realidade possam emergir como temas de estudo e aprofundamento durante o período do curso.
g) Acompanhamento em Unidades de Estudo; Os casos de estudo são situações reais e complexas encontradas na região, originalmente vinculadas ou não às experiências profissionais dos educandos, onde se realizará ação dialógica e dialética dos saberes entre educando, educadores, lideranças e/ou técnicos locais, que buscarão a qualificação da experiência, a transformação de contextos, assim como, a transformação dos sujeitos envolvidos, através da práxis social na interação constante e unitária entre teoria, prática e construção de novos conhecimentos. Envolvem temáticas que serão abordadas no curso de especialização e poderão ser propostas tanto pela coordenação como pelos próprios educandos e suas organizações. Os casos de estudo serão acompanhados longitudinalmente ao curso, em sua evolução, desdobramentos, análise e eventualmente intervenção coletiva dos educandos. Podem ou não estar relacionados ao tema de alguns dos TCCs dos alunos. O curso pode promover seminários, estudos de caso, visitas técnicas, leituras dirigidas, etc. em torno dos Casos de Estudo. Os casos de estudo devem necessariamente se articular e relacionar com os grandes eixos que serão abordados durante o curso. As unidades de estudo serão eleitas ou escolhidas coletivamente envolvendo educandos, educadores e lideranças das organizações locais. O número de unidades de estudo será definido pela CPP do curso em diálogo com os educandos. Para que as diversas ferramentas metodológicas se articulem de forma dinâmica e garantam unidade pedagógica, será construída para cada etapa uma proposta metodológica (PROMET) adequando a dinâmica efetiva do curso com as potencialidades representadas pelas ferramentas acima dispostas. A PROMET deve levar em conta a dinâmica real do curso; as potencialidades das organizações parceiras e as limitações orçamentárias; as oportunidades da realidade local; a evolução do aprendizado e de interesses dos educandos; os objetivos do curso, etc. |
15. Atividades Complementares
(Quando for o caso: Indicação das atividades fora da sala de aula: visita a empresas, elaboração de projetos, estudos de caso, viagens, período de estudos em outro Estado ou País, workshops, participação em eventos e outras) Serão realizadas visitas a comunidades rurais e urbanas da região Sudoeste do Paraná e, eventualmente, Oeste de Santa Catarina. Serão utilizados estudos de caso, viagens e visitas técnicas a empresas e cooperativas, workshops, seminários temáticos e participação eventual em eventos relacionados à temática do curso e que ocorram durante a vigência do mesmo. |
16. Tecnologia
(Quando for o caso: Descrever a tecnologia empregada: ferramentas específicas, recursos de multimídia, produção de material de apoio, sessões presenciais, tutoria, monitoria e outras informações relevantes)
Serão empregadas metodologias de ensino presencial e à distância. Na modalidade presencial serão utilizados quadro branco com pincéis, datashow, exposição de vídeos (computadores e TV), livros e apostilas impressas; Serão realizadas visitas técnicas a campo para conhecimento da realidade; sessões presenciais; tutorias com professores e técnicos especialistas em temáticas relevantes ao curso; Na modalidade à distância será utilizada a plataforma Moodle para exposição de conteúdos, vídeos, apresentação e discussão de trabalhos, realização de chats, etc. No período do Tempo Comunidade os educandos realizarão imersões em temáticas e experiências concretas, das quais deverão produzir relatos orais e escritos. |
17. Infra-Estrutura Física
(Relacionar as condições de infra-estrutura física, demonstração de existência de sala de aula para realização do curso (anexar declaração), biblioteca, equipamentos e laboratórios, áreas de acesso especiais e demais instalações asseguradas aos professores e alunos do curso proposto)
1 sala de aula com capacidade para 60 pessoas 5 salas de estudo e para trabalhos em grupos 1 auditório com capacidade para 180 pessoas 1 biblioteca e centro de documentação 1 alojamento coletivo com capacidade de 80 lugares 1 refeitório com capacidade para 100 pessoas 1 elevador para cadeirantes |
18. Critérios de Seleção
a) Na primeira etapa serão selecionados os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 7,0 (sete), considerando o currículo com peso 4,0 pontos e o memorial descritivo, contendo: memorando de intenção de pesquisa; Histórico de vida e carta de indicação, com peso 6,0 pontos. b) Somente os candidatos selecionados na primeira etapa poderão participar da segunda etapa. c) Cada etapa da seleção terá peso 5,0 (cinco). d) A média final será calculada com base nas notas das duas etapas, sendo considerado aprovado o candidato que obtiver média final igual ou superior a 7,0 (sete). e) Em caso de empate, a classificação dos candidatos será decidida com base na nota da entrevista. f) Persistindo o empate será selecionado o candidato mais idoso. |
19. Sistemas de Avaliação
Forma de avaliação dos alunos: (Indicação da forma de avaliação do desempenho dos alunos. Indicar também a forma como os alunos irão avaliar os professores, a coordenação do curso, o atendimento administrativo e as instalações físicas)
Cada componente possuirá critérios e instrumentos de avaliação específicos a depender da especificidade própria. Os instrumentos e formas de avaliação ficarão a critério do professor responsável pelo componente curricular em diálogo com a coordenação pedagógica do curso, levando em conta os objetivos da formação pretendida e a forma de registro dos resultados. São critérios gerais a serem observados nos componentes: capacidade de análise e interpretação; capacidade de produção de texto com coerência e coesão interna; capacidade de argumentação e articulação com a temática do curso. Conforme o Regulamento da Pós Graduação: Art. 25 A avaliação discente deverá observar o rendimento acadêmico e a assiduidade, sendo considerado aprovado o pós-graduando que obtiver conceito “A”,“B” ou “C” e frequência de, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) das aulas previstas em cada componente curricular. Art. 26 O aproveitamento nos componentes curriculares será expresso por conceito, de acordo com a tabela a seguir: Conceito Significado Equivalência Numérica A Excelente = Aprovado 9,0 a 10,0 B Bom = Aprovado 8,0 a 8,9 C Regular = Aprovado 7,0 a 7,9 AC Aproveitamento de componente curricular - R Reprovado por aproveitamento Menor que 7,0 RF Reprovado por frequência Menor que 75% de freqüência §1º Para efeito de aproveitamento de componente curricular, será considerada anota do respectivo componente da instituição de origem, seguindo a equivalência databela constante no caput deste artigo. §2º Em caso de a situação não adequar-se aos conceitos expressos na tabela, cabe à coordenação definir a equivalência numérica. §3º Para efeito de lançamento no histórico escolar, constará o conceito do componente aproveitado e no campo situação constará Aproveitamento (AC). §4º Alunos reprovados em até 2 (dois) componentes curriculares poderão apresentar, dentro do prazo final de conclusão do curso, comprovante de realização em outro curso de pós-graduação lato sensu e solicitar o aproveitamento de componente curricular, respeitada a legislação em vigor e o presente regulamento. §5º O pós-graduando que não apresentar solicitação de aproveitamento de componente curricular em que foi reprovado, dentro do prazo final de conclusão do curso, e, portanto, não obtiver aproveitamento na carga horária mínima exigida para a certificação em curso de especialização fará jus a certificado de aperfeiçoamento, desde que tenha cursado o mínimo de 180 (cento e oitenta) horas, com aproveitamento. §6º O diário de classe com os registros acadêmicos de cada componente curricular deverá ser entregue à Secretaria de Pós-Graduação do campus, em prazo não superior a 30 (trinta) dias do término do componente. §7º O pós-graduando terá direito à revisão da avaliação obtida no componente curricular, devendo, para tanto, apresentar requerimento à Secretaria de Pós-Graduação do campus em prazo não superior a 10 (dez) dias úteis, contados da data de divulgação do conceito. §8º A solicitação de revisão será analisada, em primeira instância, pelo professor responsável pelo componente curricular, em até 5 (cinco) dias úteis a partir do recebimento do requerimento, e, em segunda instância, por uma comissão de revisão constituída por 3 (três) professores, indicada pelo coordenador do curso, a qual deverá proceder à análise em até 5 (cinco) dias úteis após sua instituição. §9º O professor responsável pela atribuição do conceito do componente curricular de que foi solicitada a revisão não poderá fazer parte da comissão de revisão da qual trata o parágrafo anterior. Será considerado aprovado no curso, recebendo o certificado de especialista em educação do campo, o estudante que obtiver conceito mínimo e frequência mínima de 75% da carga horária em cada um dos módulos, incluindo a defesa pública do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O TCC compreenderá um artigo científico (com até 25 páginas) elaborado pelo educando sob orientação de um dos professores do curso ou da instituição, também poderão ser convidados professores mestres ou doutores, não pertencentes ao quadro de docentes, para orientação do TCC, conforme art. Nº 35 da Resolução nº 18/2106 - CONSUNI/CPPGEC.
A autoavaliação é entendida como processo coletivo e participativo e como fonte privilegiada de informações que permite aperfeiçoar o curso e será realizada por meio de diferentes instrumentos individuais e coletivos. Nesse sentido, a autoavaliação do curso deve concentrar-se em analisar as condições para o pleno desenvolvimento do currículo, como características do corpo docente, adequação dos conteúdos da proposta curricular apresentada, infraestrutura física, técnica e administrativa. A análise dos processos como desempenho dos educandos, o fluxo das disciplinas oferecidas e as percepções dos professores e alunos sobre as condições globais do curso. Também serão considerados na avaliação outros indicadores, tais como a desistência, aproveitamento, frequência e participação em atividades acadêmicas como seminários temáticos internos e externos. Ressalta-se que os educandos contarão com representantes no colegiado do curso e poderão avaliar e apresentar demandas ao longo da realização do curso. |
Forma como os alunos avaliam os professores: No final de cada módulo haverá tempo específico para construção pessoal e/ou discussão coletiva, de uma síntese de aprendizados que dê conta de articular os conhecimentos trabalhados nos diferentes componentes e forneça subsídios para o (re)planejamento pedagógico do(s) módulo(s) seguinte(s).
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Forma como os alunos avaliam a coordenação: Através de formulário específico de avaliação, em que constará diversas dimensões a serem avaliadas. |
Forma como os alunos avaliam o atendimento administrativo: Através de formulário específico de avaliação, para coleta de observações e sugestões |
Forma como os alunos avaliam as instalações físicas: idem - formulário específico de avaliação do curso |
20. Controle de Frequência
Frequência mínima: 75% de presença |
Forma de controle: Chamada presencial durante as aulas do Tempo Universidade e entrega das atividades referentes ao Tempo Comunidade. |
21. Trabalho de Conclusão
O curso prevê a elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado em seminário próprio durante o último módulo do curso. O TCC, de elaboração individual, será composto de estudo teórico-prático de uma questão ou dimensão específica levantada a partir das atividades e problematizações realizadas ao longo dos módulos, escolhido preferencialmente nas primeiras etapas do curso, que respeite a trajetória e os interesses de aprofundamento de cada participante e que tenha a potencialidade prática e teórica necessária para tornar-se uma espécie de foco articulador do conjunto de conteúdos trabalhados nos módulos. O Trabalho de Conclusão do Curso, conforme o art. nº 33 da Resolução nº 18/2106 - CONSUNI/CPPGEC, poderá ser na forma de monografia, artigo científico ou outra modalidade, definido no projeto do curso. Para este curso, cada aluno deverá elaborar, com a supervisão do/a orientador/a, um trabalho de conclusão de curso –TCC entre as modalidades a seguir apresentadas: I. Artigo técnico-científico; II. Projetos técnicos; III. Desenvolvimento de materiais didáticos e instrucionais; IV. Desenvolvimento de processos sociais e/ou técnicos; V. Projeto de aplicação ou adequação tecnológica; O TCC deverá ser apresentado no formato de relatório técnico-científico ou artigo técnico-científico seguindo as normas da redação científica de acordo com o Manual de Formatação de Trabalhos Acadêmicos da UFFS. A estrutura específica do trabalho será definida pela coordenação do curso em conjunto com o professor responsável pelo componente curricular de Metodologia da Pesquisa. |
22. Certificação
Certificação será emitida pela UFFS e será considerado aprovado no curso, recebendo o certificado de Especialista em Realidade Brasileira, o aluno que obtiver conceito mínimo (Conceito C) e frequência mínima de 75% da carga horária em cada um dos componentes curriculares e na apresentação do trabalho final do curso. |
23. Indicadores de Desempenho
O curso será avaliado considerando-se os seguintes indicadores de desempenho: 1.Número de alunos a serem formados: expectativa de formação de 80% dos matriculados no curso. 2.Índice médio de evasão admitido: 20% 3.Produção científica: Produção de uma publicação (resumos, resumos expandidos, materiais didáticos, artigos, capítulos de livro e outros) por aluno concluinte. 4. Média de desempenho dos alunos: 8,0 (Conceito Bom) 5. Vinculação dos Trabalhos de Conclusão de Curso com a realidade social do público-alvo: Nível de aderência dos temas dos TCCs com os problemas sociais vivenciados pelos alunos do curso, identificados por: temas; método empregado; impacto das ações desenvolvidas; avaliação junto ao público envolvido no processo de intervenção. 6. Como forma de acompanhamento e combate a evasão será direcionado à Coordenação Político Pedagógica do Curso (CPP) o papel de monitorar a presença dos estudantes, buscando acompanhar suas dificuldades, e encaminhar a discussão e resolução de problemas através do diálogo com as organizações aos quais eles se vinculam. O fato de haver uma atualização metodológica nessa edição do CRB, em que os estudantes serão inseridos em grupos de estudo e comunidades de aprendizagem, implica em maior grau de diálogo entre o curso e a realidade de origem dos educandos, o que acreditamos, irá contribuir na realização dos estudos, no sentimento de pertença ao curso e na realização dos trabalhos. |
24. Plano de Aplicação dos Recursos
Natureza da Despesa |
Qtde (km) |
Custo Unit. (por km) |
Total |
Transporte para deslocamento dos professores (Campus UFFS/LS – Assesoar) com carro oficial |
5.000 |
R$ 0,45 |
2.250,00 |
Total do Projeto |
2.250,00 |
1.Esses recursos serão custeados pelo Campus de Laranjeiras do Sul.
Obs: O curso será oferecido na Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural, CNPJ 77.816.825/001-03 (Assesoar), que disponibilizará estrutura adequada para alojamento, salas de aula e de estudo, biblioteca e centro de documentação para realização de pesquisa e alimentação durante as etapas. As despesas de alimentação e hospedagem serão custeadas por essa entidade e outras envolvidas na gestão do Curso.
Obs. Os custos relativos a hospedagem e alimentação e deslocamento dos estudantes, considerando o regime de alternância, ficarão sob responsabilidade de cada estudante matriculado.Será celebrado o termo de cooperação técnica para desenvolvimento das aulas e atividades pedagógicas junto Assesoar.
Natureza da Despesa |
Código |
Qtde |
Valor Unit. |
Valor Total |
1 – Serviços de Terceiros - Pessoa Física |
33903600 |
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2 – Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica |
33903900 |
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3 – Passagens (despesas com locomoção) |
33903300 |
|
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4 – Diárias - Civil |
33901400 |
|
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5 – Auxílio Financeiro a Pesquisadores |
33902000 |
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6 – Auxílio Financeiros a Estudantes |
33901800 |
|
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|
7 – Material de Consumo |
33903000 |
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8 – Material Permanente e Equipamentos/ Coleções e Materiais Bibliográficos |
44905218 |
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9- A Classificar |
339099 c 449093 i |
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10 – Obrigações Patronais (Adm. pública empregadora) |
31911300 |
20% |
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Total do Projeto |
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25. Estimativa de Despesas com Diárias e Passagens
Nº |
Descrição da viagem/deslocamento |
Destino |
Transporte (carro oficial ou particular, ônibus, avião) |
Data de início |
Data final |
Nº participantes com diárias |
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Ano / Semestre: 2020/1 |
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Ano / Semestre: 2020/2 |
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Ano / Semestre: 2021/1 |
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26. Plano de Trabalho
1. DADOS CADASTRAIS
Nome da Pro Reitoria: Pesquisa e Pós Graduação
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SIGLA - PROPPG |
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Endereço da entidade Av. Fernando Machado 108-E |
|
|||||
Cidade Chapecó |
UF SC |
CEP 89.802-112 |
DDD/Telefone 49 – 20493100 |
|||
Nome do Pró-Reitor Proponente: Clevison Luiz Giacobbo
|
CPF do Proponente: 855.233.219-15
|
|||||
CI – 54.4804-82
|
Cargo: pró-reitor
|
|
|
2. DESCRIÇÃO DO OBJETO.............................................
Tipo: ................................................... |
Período de Execução |
|
|
Início:
|
Término:
|
Identificação do objeto ........................: .............................................................. |
||
Justificativa da Proposição: ..................................................................................................................................................................................................................................................... |
3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (meta, etapa ou fase)
Metas |
Especificação |
Duração |
||
Público |
Qtd.(........) |
Início |
Término |
|
|
|
|
|
|
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|
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||
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4. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO: R$ ..................................................
Material de consumo:
Meta |
MAIO/17 |
JUN/17 |
JUL/17 |
....... |
…… |
……. |
|
R$ |
R$ |
R$ |
|
|
|
4.1 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO: R$ ..................................................
Diárias e Passagens:
Meta |
MAIO/17 |
JUN/17 |
JUL/17 |
....... |
…… |
……. |
|
R$ |
R$ |
R$ |
|
|
|
4.2 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO: R$ ..................................................
Material permanente:
Meta |
MAIO/17 |
JUN/17 |
JUL/17 |
....... |
…… |
……. |
|
R$ |
R$ |
R$ |
|
|
|
5. CIENTE
________________________________ Pró-Reitor de Planejamento
|
______________________ Reitor |
Nota: Esse documento tem o caráter do planejamento e execução dos recursos orçamentários demandados, necessários para êxito do programa.” (NR)
Art. 2º Esta Decisão entra em vigor na data de sua publicação no Boletim Oficial da UFFS.
Sala das Sessões da Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura do Conselho Universitário, 10ª Sessão Ordinária, em Chapecó-SC, 22 de novembro de 2022.
PATRICIA ROMAGNOLLI
Presidente da Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura
MARCELO RECKTENVALD
Presidente do Conselho Universitário
Data do ato: Chapecó-SC, 01 de dezembro de 2022.
Data de publicação: 02 de dezembro de 2022.
Patricia Romagnolli
Presidente da Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura