Publicado em: 09 de setembro de 2016 13h09min / Atualizado em: 09 de setembro de 2016 13h09min
Na manhã da terça-feira (6) o Auditório da Unidade Bloco A da UF FS – Campus Cerro Largo sediou o VII Encontro Formativo sobre Avaliação Escolar (VII EFAE). O evento, coordenado pela professora Rosângela Uhman, foi constituído por uma mesa-redonda dividida em dois blocos: no primeiro, quem conduziu a fala foi a professora do Ensino Básico municipal, Jane Dewes, a acadêmica de Ciências Biológicas, Margi Pasini, e a acadêmica de Química, Rafaela Günzel; o segundo bloco foi conduzido pela acadêmica de Física, Aline Jung, e pelo acadêmico de Ciências Biológicas, Elivelto Richter.
As apresentações foram um espaço de análise e reflexão crítica sobre as diferentes estratégias avaliativas vivenciadas em contexto educacional. Para a professora Rosângela, o momento de socialização das práticas avaliativas foi enriquecido devido a questionamentos e contribuições dos pibidianos, petianos, formadores e demais licenciandos da UFFS, “constituindo-se uma das ações dos coordenadores de estágio, para discutir no coletivo o planejamento, ação, reflexão, bem como o replanejamento das atividades avaliativas, tanto da Educação Básica quanto da formação acadêmica na Licenciatura”, completa.
A acadêmica Rafaela Grünzel acredita que esses eventos são fundamentais para a constituição docente, pois “são nessas oportunidades que socializamos temáticas importantes, polêmicas, como a avaliação educacional, e também são nesses eventos que compreendemos situações que vamos nos deparar na nossa vida profissional”, explica. Assim como Rafaela, a acadêmica de Ciências Biológicas, Margi Pasini, considera o encontro um espaço muito rico na formação docente: “temos grandes oportunidades de trocas de saberes com professores das escolas”, completa. Para a também acadêmica de Ciências Biológicas, Aline Walczak, que está no começo do curso, o evento proporcionou novas percepções: “no encontro eu pude perceber novas e diferentes estratégias de avaliação, e ver como elas funcionaram na prática. Esse exercício possibilita repensar ideias que tive para usá-las no futuro”, afirma.
A acadêmica de Física, Aline Welter, que participou da mesa-redonda, acredita que esses eventos são de grande contribuição para a formação acadêmica, devido à importância de compreender a formação docente continuada. Essa mesma percepção sobre a formação é vista pela acadêmica de Química, Giulia Bratz. “Com esses diálogos é possível a reflexão frente ao meu posicionamento quando chegar minha vez de ir para a sala de aula e avaliar um grupo discente. É muito importante repensar algumas concepções sobre a avaliação”, complementa. A importância de pensar a avaliação também foi um dos pontos que chamou a atenção do acadêmico de Química, Martinho Kroetz: “avaliar é estar presente na vida do aluno, ver sua situação, seu desenvolvimento, e todo tipo de ‘olhar’ para o aluno é um tipo de avaliação”.
Quando perguntada sobre suas percepções acerca da avaliação escolar, a acadêmica de Química, Vanessa Neunfeld, percebeu que o assunto avaliação ainda deixa o professor inseguro. Para a professora Rosângela, essa insegurança é um dos principais pontos que esses encontros formativos visam desconstruir: “falar de avaliação é muito mais do que pensar se fazer prova é certo ou errado”. Para a professora Rosângela, esse espaço auxilia na necessária reflexão sobre perspectivas de avaliação na formação inicial e continuada, “o que pode contribuir para mudanças nos discursos rumo a práticas que superem a atitude de apenas se ‘dar uma nota ou conceito’, mas de considerar os aspectos quantitativos de forma qualitativa frente ao complexo ato de avaliar de responsabilidade também, ao aprendizado pelo olhar do professor”, finaliza ela.
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