Publicado em: 25 de junho de 2019 14h06min / Atualizado em: 25 de junho de 2019 16h06min
Nesta 4ª etapa da série sobre os egressos, vamos conhecer as histórias de Carol, Kaliton e Bruna, que se formaram em Agronomia na UFFS – Campus Cerro Largo. Por meio das suas histórias, percebem-se as inúmeras possibilidades que o curso oferece para um engenheiro agrônomo, desde seguir uma carreira como pesquisador, dar aulas ou atuar diretamente no campo, com os agricultores.
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Carol Elisa Becker é de Santo Cristo e hoje mora na cidade de Santa Rosa, atuando como coordenadora do Curso Técnico em Agronegócio e do Projeto Jovem Empreendedor Rural em uma faculdade do município. Ela concluiu a graduação em 2015 e explica que o que mais chamou sua atenção para o curso foi o perfil agroecológico: “Ingressei no curso de Agronomia por causa do seu diferencial na formação, a agroecologia. Durante o período da graduação, estive envolvida em projetos de pesquisa e extensão que envolviam essa temática, pois sempre foi a área que mais me identifiquei”, afirma.
O que leva da UFFS, segundo todo o seu relato, são as pessoas, os profissionais que trabalham na Instituição e, principalmente, os professores. Afinal, foram eles que mostraram seu potencial de educadora na área: “Durante o processo de formação, vários professores me diziam que eu tinha perfil para ser professora e que me viam atuando nesse ramo. Foi então que acabei despertando e optando pela trajetória acadêmica. Todos os profissionais que tive contato durante a formação foram marcantes, porém, tenho um carinho especial pela professora Juliane Ludwig que, demostrando sua paixão pelo que fazia, acabou me contagiando e optei por me especializar na área de Fitopatologia e por seguir a carreira como professora. Hoje atuo na educação no campo e na extensão rural, áreas que acabei despertando interesse durante a graduação”, relata.
Mais uma vez, ela enaltece sua admiração e gratidão pelos professores: “durante os cinco anos de formação, conheci profissionais brilhantes que, além de compartilhar seu conhecimento, nos incentivavam a ser profissionais competentes, independente da área em que fôssemos atuar”, ressalta.
Outro egresso formado em 2016 é Kaliton Prestes que tem 25 anos, é de Entre-ijuís e mora em Porto Alegre. Ele trabalha na Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG – RS) e explica que o foco no desenvolvimento rural e nas políticas públicas voltadas à agricultura familiar foi formado durante a sua graduação. “A opção por trabalhar em uma entidade que organiza homens e mulheres do campo e auxilia na formulação de programas e políticas para esse público parte da compreensão de que a agricultura familiar é estratégica para o desenvolvimento do país, pois é esse setor que produz os principais alimentos que estão presentes na mesa da maioria dos brasileiros todos os dias. A UFFS enquanto universidade, que tem por objetivo suprir a demanda de um território historicamente desassistido pelo ensino público superior, acerta em sua estratégia de colocar no centro de sua agenda uma das maiores riquezas da Região das Missões, que é a agricultura familiar”, argumenta Kaliton.
O engenheiro agrônomo elenca duas oportunidades de crescimento pessoal e profissional possibilitados pela UFFS: “o desenvolvimento de uma compreensão mais crítica e humana da sociedade e a qualificação profissional que me oportunizou ingressar no mercado de trabalho como profissional valorizado”. Ser estudante é aproveitar essas oportunidades oferecidas, mas também buscar atuar nos espaços que a universidade pública disponibiliza, como ele afirma, “desde a pesquisa e a extensão focada no desenvolvimento rural, grupos de estudo e discussão, espaços de representação estudantil, organização de semanas acadêmicas e eventos na área de agronomia e participação em seminários, congressos e simpósios”, cita.
Com relação a sua escolha em estudar na instituição, Kaliton enfatiza: “A UFFS é a maior conquista da Região das Missões até então. Afirmo isso com propriedade por compreender a importância dela para o desenvolvimento regional e por mudar a vida de muitas pessoas iguais a mim, que não teriam a oportunidade de cursar o ensino superior se o mesmo não fosse público e gratuito”.
Bruna Rohrig, de 26, também mora em Porto Alegre atualmente e é natural de Cerro Largo. Ela se formou em 2016, concluiu o Mestrado em Fitossanidade pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em 2018 e atualmente faz doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na área de Sanidade Vegetal e Pós-colheita de Grãos e Sementes.
A opção por seguir a carreira acadêmica, segundo Bruna, foi semeada desde o início da graduação, já no segundo ano do curso. “Busquei explorar todas as áreas que mais me despertavam interesse, até encontrar aquela em que, mais tarde, me levou para a pós-graduação. Fui estagiária da Fundação de Pesquisas Sócio-Econômicas do estado de Santa Catariana (FEPESE) no ano de 2013, através de um projeto de pesquisa desenvolvido pelo professor Evandro Schneider englobando os demais campi, atuando no levantamento e técnicas empregadas na produção de frutas na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul. No ano seguinte, tive a oportunidade de ser monitora das disciplinas da área de Fitotecnia, também sob orientação do professor Evandro, onde desenvolvemos atividades teóricas e práticas com os alunos. Nos anos de 2015 e 2016 fui bolsista de iniciação tecnológica pela Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), sob orientação da professora Débora Betemps, trabalhando com a caracterização físico-química das frutas e avaliação de sementes de mirtáceas presentes na região de Cerro Largo. No ano de 2016 também dei início ao Trabalho de Conclusão do Curso com a professora Juliane Ludwig e com o professor Daniel Daroit e fui instigada a seguir na área de fitopatologia. Todas as experiências e vivências adquiridas ao longo da graduação com os professores das diferentes áreas foram fundamentais para que eu seguisse a carreira acadêmica e ingressasse na pós-graduação após a conclusão do curso de Agronomia”, conta Bruna.
A pesquisadora relata que a UFFS foi um divisor de águas em sua vida. “Desde a implantação do curso, sabia que queria seguir na área de Agronomia. Sem a implantação da UFFS na região das missões, possivelmente não estaria no lugar que estou hoje”, orgulha-se. E acrescenta que em sua formação, durante as viagens técnicas, pôde “conhecer os diferentes solos do estado, diferentes sistemas de cultivo, de criação de animais; participar de congressos, feiras, seminários e palestras, o que agregou muito na formação". Ainda destacou que outro ponto importante "é o contato com outras instituições de ensino e empresas do setor privado, podendo proporcionar excelentes oportunidades no mercado de trabalho”.
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