Egressos – Parte 6: De um minilaboratório dentro de casa para um dos maiores do Brasil
Ex-estudantes do curso de Física do Campus Cerro Largo conquistam seu espaço na região e pelo Brasil afora

Publicado em: 18 de julho de 2019 13h07min / Atualizado em: 22 de julho de 2019 09h07min

Nesta sexta matéria sobre os egressos do Campus Cerro Largo, vamos contar a história de Danian, Katia e Fabieli. Danian é doutorando em Física e mora em Campinas-SP, Katia é mestranda em Astrofísica e mora em Florianópolis-SC e Fabieli dá aula em duas escolas em cidades vizinhas a Cerro Largo e atua como professora supervisora do PIBID Física da UFFS.
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Para o egresso do curso de Física – Licenciatura Danian Dugato, a UFFS alterou “drasticamente” sua trajetória, como ele mesmo afirma. “Provavelmente, se não houvesse a UFFS eu não teria feito graduação. Na época, dificilmente eu me deslocaria até outras cidades para estudar”, relata Danian, que, quando criança, montava seus brinquedos a partir de equipamentos eletrônicos descartados e, no início da graduação, tinha um minilaboratório experimental de física em casa. De Guarani das Missões, ele conta que, quando se matriculou na UFFS, em 2010, só conhecia duas cidades.

Durante a graduação, Danian visitou seis vezes o museu da PUC-RS, realizou observações em Dourados, no Mato Grosso, visitou os laboratórios da USP, em São Paulo, e participou de eventos pelo Rio Grande do  Sul.  Já durante o mestrado e doutorado conheceu diversos outros lugares, como Rio de Janeiro e Búzios, no Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, no Paraná, e Bariloche, na Argentina. “Iniciei meus estudos na UFFS na primeira chamada em 2010. Durante os meus dois primeiros anos de graduação, trabalhava durante o dia em uma loja de varejo da cidade e estudava à noite. Em 2013, saí do meu trabalho e passei a participar do PIBID, pelo período de dois anos. Este projeto teve um papel decisivo na minha carreira, proporcionou-me a experiência em sala de aula e ainda um tempo para pensar e estudar. No último ano de minha graduação, participei de um projeto de extensão, no qual, juntamente com o coordenador, desenvolvemos metodologias diferenciadas para ensinar determinados conteúdos de Física e os disponibilizamos a professores da Educação Básica. Este projeto foi o que despertou em mim o gosto maior pela Física, principalmente experimental”, conta Danian.

Atualmente mora em Campinas, São Paulo, onde complementa seus estudos do doutorado em Física, pela UFSM, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). “Trabalhei o primeiro ano do doutorado em Santa Maria e posteriormente me desloquei até Campinas. O CNPEM é uma das principais estruturas de pesquisa do país e abriga o mais audacioso laboratório brasileiro: o SIRIUS”, orgulha-se o pesquisador.

Gostar de Física também foi o que levou Kátia Clerici, de 22 anos, a fazer a graduação e seguir carreira na área. Ela se formou no ano passado (2018) e foi direto para o Mestrado em Astrofísica, na UFSC, em Florianópolis, Santa Catarina. De Cerro Largo, a pesquisadora se sente privilegiada em ter uma universidade perto de casa, pois foi fundamental para sua “formação profissional e cidadã”, afirma. Durante sua graduação, Kátia participou de vários projetos de ensino, pesquisa e extensão, como PIBID Interdisciplinar, PIBID Física e PETCiências. “Também desenvolvi algumas pesquisas voluntárias, como em Modelagem Matemática e em Astronomia. A participação nestes projetos foi muito importante para a minha formação, pois ao estender a formação para além da sala de aula, tornou-se mais completa e todas as atividades que realizei contribuíram muito para a conquista do Mestrado. Além disso, tais projetos auxiliaram na formação do ser professor e proporcionou muitos momentos marcantes, como as viagens para eventos, congressos, escolas, museus, entre outros”, relata.

Para a professora Fabieli Hertz Rhoden, o gostar da Física chegou um pouco mais tarde. Ela ingressou no primeiro processo seletivo que foi realizado quando o curso ainda era unificado, denominado “Ciências: Biologia, Física e Química”, porque desejava muito fazer Biologia. Logo os cursos foram separados e aqueles que já estavam cursando, puderam migrar para um específico. “Quando tivemos a oportunidade de optar por um dos três cursos, a Física já havia chamado a minha atenção e me desafiado a superar minhas dificuldades, pois, até então, achava extremamente difícil e para poucos”, conta.

Fabieli é de Salvador das Missões e dá aula no Colégio Estadual João de Castilho, em Salvador das Missões e Colégio Estadual professor Pedro José Scher, em São Pedro do Butiá, cidades vizinhas a Cerro Largo, onde ela mora atualmente. Durante sua graduação, além dos diversos eventos que participou, fez parte do Ciclos Formativos em Ensino de Ciências e Matemáticas, do Ciclos Formativos no Ensino de Física e Química e também do PIBID. A UFFS faz parte da vida de Fabieli até hoje, pois ainda atua no PIBID, agora dentro da escola, como professora supervisora. E assim como muitos alunos que fizeram e fazem parte da Universidade, a possibilidade de estudar em uma universidade pública só foi possível graças a localização da UFFS em Cerro Largo.

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