Publicado em: 06 de agosto de 2019 16h08min / Atualizado em: 07 de agosto de 2019 09h08min
O processo de aprendizagem é, de fato, constante e cíclico. Estamos sempre aprendendo, ensinando e continuando a aprender. Os estudantes Tatiane, Solange e Fabrício representam bem este ciclo. Eles são egressos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFFS – Campus Cerro Largo e hoje dão aula e seguem seus estudos em mestrados e doutorados.
Tatiane Greter Schwingel se formou em 2015 e hoje é doutoranda em Educação nas Ciências na Unijuí, além de dar aulas no magistério superior no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – Campus Panambi. Ela é natural de Montenegro-RS e hoje mora em Panambi-RS. Durante a graduação na UFFS, ela foi bolsista do PIBID e voluntária em vários projetos de pesquisa disponibilizados. “Dentre os projetos de pesquisa que participei, que foram vários, o primeiro deles foi voltado à área da matemática. Neste projeto fui bolsista de Iniciação Científica e tinha como proposta o contexto do livro didático. A pesquisa buscava ver como o conceito de derivada estava presente nos livros didáticos dos cursos de Licenciatura ou Graduação em Matemática. Aprendi muito neste projeto, principalmente por ser o primeiro contato com a pesquisa e conhecimento das noções de sua etapa, estrutura, processos metodológicos e sintetização dos resultados obtidos”, relata Tatiane. Ela participou de diversos outros projetos até iniciar em um que despertou para o tema que desenvolveu em seu Mestrado: “Ingressei em uma pesquisa sobre a temática da Educação Ambiental, com a qual permaneci até o final do curso de graduação, devido à afinidade com o tema”, explica.
Tatiane conta também que sempre desejou trabalhar na área da Educação e já no ensino médio fez o Curso Normal (antigo magistério) “como forma de iniciar minha formação docente”. Sua dedicação durante esta etapa a levou a uma ótima pontuação no ENEM. “A licenciatura era uma certeza para mim, e a área do saber Biologia, sempre foi de minha preferência”.
Tatiane sente muito orgulho em dizer que fez parte da UFFS e, como boa professora e pedagoga que se tornou, afirma que admira o trabalho pedagógico e social realizado pela Instituição. “Tenho certeza que suas ações refletem na sociedade de forma muito importante. Quero seguir este exemplo e também poder contribuir com meu trabalho para a construção de uma educação de qualidade. Acredito que todas essas oportunidades e vivências tenham me levado a seguir pelos caminhos em que me encontro hoje, professora do ensino superior, de cursos de licenciatura e formadora de novos professores”, finaliza Tatiane.
Solange Maria Piotrowski também se formou em 2015, é de Guarani das Missões e hoje mora em Giruá, cidade onde atua como professora municipal de Ciências desde 2016. Ela ainda é estudante na UFFS – Campus Cerro Largo, pois atualmente faz mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PPGEC). Para ela, a UFFS foi de grande valia para a constituição de sua identidade profissional e pessoal, “devido ao alto nível e ao engajamento dos professores e demais profissionais que passaram e ainda passam por minha trajetória acadêmica, bem como dos cursos e programas que fiz ou faço parte, sendo a UFFS a minha referência de ensino superior de qualidade”, orgulha-se Solange.
Ela ingressou em 2011 na graduação e no final de 2012 já estava participando como bolsista do PETCiências. “Ser petiana me trouxe várias possibilidades de enriquecimento acadêmico, pois o PETCiências trabalha com três eixos: ensino, pesquisa e extensão. O que me possibilitou o contato com a escola e estar em sala de aula ainda enquanto licenciada, estar à frente da organização de cursos, seminários e oficinas para a comunidade acadêmica, participar de viagens de estudo e eventos acadêmicos dentro e fora de nosso estado. Além disso pude fazer parte de projetos de pesquisa e ser pesquisadora, o que abriu caminhos para a minha produção acadêmica da qual colho frutos até hoje, pois teve grande peso na minha seleção de Mestrado em Ensino de Ciências que realizei em janeiro deste ano (2019) e fui aprovada, bem como no concurso público para professora de Ciências que prestei no final do ano de 2015 e fiquei em primeira colocação”, relata Solange.
O egresso Fabrício Luiz Skupien atualmente mora um pouco longe de nossa região: no Rio de Janeiro. Ele, que é de Caibaté-RS), hoje é mestrando em Ecologia (PPGE) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele se formou em 2017 e durante a graduação participou do PETCiências e de projetos de ensino, pesquisa e extensão. “Além disso, fui voluntário em projetos de pesquisa – ecologia de pequenos mamíferos, genotoxicidade e citotoxicidade. Participei de diversas viagens, ligadas a alguma disciplina, ao PET, ou referentes à participação de congressos na área que desenvolvia pesquisas. A oportunidade de participar de eventos da minha área me possibilitou vislumbrar os diferentes caminhos que poderia seguir e onde eles poderiam me levar”, conta Fabrício.
A decisão por seguir pela área de Ecologia na carreira acadêmica ocorreu no terceiro e quarto semestre do curso: “nesse período, tive as primeiras disciplinas de Ecologia da grade curricular, me voluntariei na IC de Ecologia de pequenos mamíferos e, também, ingressei no PET. O conjunto de todas essas atividades, mais a orientação por professores incríveis (destacando o papel central da minha orientadora durante praticamente toda minha trajetória na UFFS, a professora Daniela Oliveira de Lima), me fizeram perceber que o que eu realmente queria fazer era seguir na área acadêmica, pesquisando e ensinando sobre ecologia”, relata.
Fabrício logo quando entrou na graduação não tinha certeza se a área das Ciências Biológicas e da licenciatura era o que ele queria para sua vida e destaca, mais uma vez, a importância e influência dos professores da UFFS. “Poder receber uma formação de pessoas extremamente qualificadas, éticas e dedicadas, me influenciou na decisão da área que estou seguindo e no tipo de profissional que pretendo me tornar. A possibilidade de desenvolver projetos de pesquisa desde o início da graduação, me fez construir um perfil acadêmico que foi indispensável para a aprovação nas seleções de mestrado que realizei ao final da minha trajetória na UFFS”, explica. Fabrício ainda aconselha os estudantes do curso e futuros ingressantes: “os alunos precisam aproveitar todas as oportunidades oferecidas pela Instituição. Assim, é possível descobrir qual das áreas, dentro do curso que essa pessoa está ingressando, melhor se enquadra ao seu perfil”, finaliza.
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