Publicado em: 15 de dezembro de 2015 09h12min / Atualizado em: 15 de dezembro de 2015 09h12min
O acadêmico de Agronomia, Leandro Bridi está na 8ª fase e em período de produção do Trabalho de Conclusão de Curso. Seu objeto de estudo é entender em quais condições a soja é resistente e suscetível à reação à ferrugem. Para isso, é preciso que ele plante cultivares de soja e depois faça as análises. Leandro utilizou um pequeno espaço de terra da Área Experimental da UFFS – Campus Cerro Largo, que possui uma área total de 7,8 hectares cultiváveis, para fazer a semeadura das sementes de soja.
O seu trabalho é um dos 28 TCC´s do Campus que estão desenvolvendo pesquisas nessa área e o estudante é um dos cerca de 90 graduandos envolvidos diretamente com a Área Experimental. Esses acadêmicos, além da Agronomia, fazem parte dos cursos de Biologia e Engenharia Ambiental. Ainda, foram ou estão sendo conduzidas, em 2015, 12 projetos de pesquisas.
Segundo o engenheiro agrônomo responsável pela área, Odair José Schmitt, são diversos temas de estudo e pesquisas que utilizam a área, como manejo da fertilidade do solo para as culturas de mandioca, canola, milho, trigo e soja, manejo das características físicas dos solos e seus efeitos na produção das diferentes culturas, avaliação de mecanismos e peças de semeadoras, densidade de semeadura e arranjo de plantas e seus efeitos sobre a produtividade das culturas, efeito do déficit e excesso hídrico sobre a cultura do girassol, uso de diferentes cores de lâmpadas de Led e seus efeitos sobre a produção de morangos, efeito de visita de abelhas sobre o girassol, entre outros. “Está prevista também uma área de fruticultura e no momento estamos em processo de aquisição das mudas. Portanto, a Área Experimental é um espaço multifuncional e multidisciplinar”, afirma Odair.
Importância da Área Experimental
O desenvolvimento de aulas práticas e apresentação de experimentos faz parte do projeto pedagógico de qualquer curso, e a Área Experimental torna possível e efetivo esse momento. “É fundamental a realização de atividades práticas em condições de campo, permitindo a formação plena dos futuros profissionais, o que não é possível de ser alcançado apenas com aulas teóricas e práticas em laboratórios”, explica o engenheiro agrônomo. Os experimentos, segundo Odair, oportunizam aos acadêmicos identificarem, por exemplo, as doenças e pragas presentes, as características de diferentes estágios de desenvolvimento das culturas e a correta adoção de estratégias de manejo.
Ele acrescenta que além das atividades de pesquisa e didáticas, a área pode ser usada para a condução de experimentos demonstrativos, com a finalidade de difundir o conhecimento e as tecnologias desenvolvidas para a comunidade regional, por meio da realização de “Dias de Campo”.
Investimentos
Para possibilitar os experimentos e atender as demandas, foram adquiridos 30 implementos agrícolas, em 2015, em um investimento que soma aproximadamente R$ 428 mil. Também foi construído um galpão de cerca de 500 m² onde serão criados, em uma segunda etapa, diferentes espaços para depósito de insumos, salas para aulas práticas e a realização de oficinas de manutenção de implementos.
Demandas
A Área Experimental passou a ser utilizada desde 2012 e há demanda pelo aumento de seu território. De acordo com Odair, o aumento tornará possível a condução de pesquisas e avaliações por períodos mais prolongados, “originando resultados concisos e representativos da realidade do solo e clima regional, que são raros devido à histórica ausência de instituições de pesquisa na região. Portanto, possibilitará o desenvolvimento de melhorias e manejos alternativos das culturas a nível local e regional”, conclui o profissional.
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