Nos dias 18 e 19 de novembro, estudantes e professores do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis (PPGATS) visitaram a Entidade Binacional Yacyreta e o Parque Nacional Esteros del Iberá, na província de Corrientes, Argentina.

A viagem foi organizada pela coordenação do curso, através do CCR de Seminários II, com os objetivos de:

- Conhecer a estrutura e como é realizada a gestão ambiental na represa de Yacyreta, especialmente quanto à migração dos peixes. A Entidade Binacional Yacyreta possui um dos maiores lagos artificiais da América do Sul, semelhante a Itaipu em área alagada, e conta com eclusa de navegação.

- Conhecer como é realizada a gestão ambiental do Parque Esteros del Iberá, além de acompanhar como o Parque está se recuperando da grande queimada que sofreu em fevereiro de 2022, e que afetou cerca de 74.000 hectares de sua área.

Esteros del Iberá é uma mistura de pântanos, lagos, lamaçais e cursos d'água do centro e centro-norte da Argentina, na província de Corrientes. Os Esteros formam o segundo maior complexo de zonas úmidas do mundo, só não sendo maior que o Pantanal, no Brasil. Desde 1982, as zonas úmidas são parte de uma área protegida, que tem cerca de 13 000 km² (14% da área da província de Corrientes, a maior área protegida da Argentina). Iberá é também um dos mais importantes reservatórios de água doce no continente.

O Parque é misto, Parque Provincial Iberá e Parque Nacional Iberá, cuja gestão é compartilhada com a comunidade, e é conhecido pela sua biodiversidade, incluindo quatro espécies como "monumentos naturais da província": a lontra-neotropical, o lobo-guará, o veado-campeiro e o cervo-do-pantanal. É onde ocorre as duas espécies de jacarés argentinos: o jacaré-de-papo-amarelo e o jacaré-do-pantanal, assim como capivaras e cerca de 350 espécies de aves.

Segundo o professor Sidinei Zwick Radons, que participou, “a viagem foi extremamente proveitosa, pois foi possível conhecer riquíssimos ecossistemas naturais e construídos e compreender sua forma gestão e conservação no país vizinho. Mesmo estando tão perto geograficamente do Rio Grande do Sul, estes ambientes ainda são pouco conhecidos por aqui. Além disso, viagens assim fortalecem o vínculo dos estudantes com o PPGATS, o que beneficia o programa.”