Publicado em: 13 de junho de 2016 09h06min / Atualizado em: 13 de junho de 2016 09h06min
Foram 124 árvores nativas plantadas em torno de uma das nascentes do Arroio Clarimundo, no município de Cerro Largo. E mais: plantadas por mãos de crianças de 10 a 11 anos, estudantes do 5º ano da Escola Municipal Padre José Schardong. A atividade de plantio foi realizada nesta terça-feira (07) na nascente próxima à escola e fez parte do projeto de Extensão da UFFS – Campus Cerro Largo, coordenado pela professora Tatiane Chassot. O objetivo do projeto foi a recuperação da Área de Preservação Permanente (APP) do entorno da nascente do Arroio Clarimundo. Para o estudante Lucas Kun, a participação no projeto foi interessante, porque além do plantio das árvores, eles puderam conhecer a nascente. “Foi muito legal descobrir de onde vem a água, pois nos mostra que, também por isso, é importante preservar a natureza”, relata. Essa parceria entre a escola e a UFFS e o envolvimento com as crianças, segundo a professora Tatiane, teve a intenção de “despertar nelas o interesse pela preservação”, afirmou.
O Arroio Clarimundo se caracteriza por um olho d´água que escoa por um pequeno canal e se acumula logo abaixo, onde forma um pequeno banhado. Ele atravessa a cidade de Cerro Largo e desemboca no Rio Ijuí. Segundo estudos realizados anteriormente pela professora Tatiane, e segundo dados do IBAMA (2012), em março de 2011 houve uma grande mortandade de peixes no Arroio cuja causa não foi esclarecida. O Código Florestal vigente determina que um raio mínimo de 50 metros é considerado Área de Preservação Permanente (APP), o que significa que está protegida e não pode ser utilizada para outros fins. Na área recuperada pelo projeto, há baixa densidade de vegetação e sofre degradação devido ao pisoteio animal.
A recuperação envolveu o isolamento da nascente – por meio de cercas, o que evita a entrada de animais, como o gado – e o plantio de árvores nativas como a grápia, cabriúva, angico, canela, guajuvira, cerejeira, entre outras.
Para o bolsista do projeto e estudante da 7ª fase do curso de Agronomia, Kennedy Seifert, o projeto traz um complemento a sua formação, já que trata da conscientização da preservação do meio ambiente. O também bolsista e estudante da 7ª fase do curso de Agronomia, Jonas Arçe Nunes, relata que o projeto traz novas visões para sua formação, já que “em uma propriedade geralmente tem uma nascente, então agora sabemos de sua importância e que essa área não pode ser destinada para outro uso”, afirmou.
O projeto colocou os bolsistas e outros dois voluntários em contato com a comunidade regional, já que, para a realização do projeto, contaram com o apoio da escola, do proprietário do terreno, Joaquim Werle, da Prefeitura Municipal de Cerro Largo, da Eletrosul e Prefeitura de Santa Rosa (que fizeram a doação das mudas) e ainda com as empresas que fizeram doações de alguns materiais como a Madeireira Perius, da Linha Santo Antônio (doação dos palanques) e a Noroeste Ferramentas (doação do arame e isoladores).
“Somos muito gratos a essas empresas pela doação dos materiais. Sem elas, não teríamos alcançado os objetivos do nosso projeto, já que, inicialmente havia uma previsão de recursos financeiros que foram contingenciados. Além disso, agradeço à equipe de trabalhadores terceirizados da área experimental da UFFS, que, com a coordenação do engenheiro agrônomo Odair José Schmitt, fizeram a abertura das covas, e a toda minha família pelos inúmeros auxílios prestados a este projeto”, declara a professora Tatiane. Ainda fizeram parte do projeto os docentes Reneo Pedro Prediger, Mardiore Tanara Pinheiro dos Santos e Denize Ivete Reis.
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