Publicado em: 13 de outubro de 2020 11h10min / Atualizado em: 13 de outubro de 2020 15h10min
Sabe aquele córrego que passa perto da sua casa ou aquele rio cuja ponte você atravessa todos os dias? Quantas vezes você já se perguntou sobre o nível de poluição em que eles se encontram? Ou se eles ainda são considerados limpos?
A partir de um projeto realizado em parceria entre os cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária do Campus Cerro Largo e Ciências da Computação Campus Chapecó da UFFS, logo essas perguntas poderão ser respondidas. O projeto está trabalhando na construção de um site em que serão disponibilizadas informações sobre a presença e quantidade de diferentes substâncias químicas e biológicas em águas.
Segundo a coordenadora do projeto e professora da UFFS, Manuela Gomes Cardoso, há um crescente número de publicações científicas que analisam a presença desses contaminantes em todo do Brasil. No entanto, “em meio a tantos trabalhos publicados em diferentes revistas científicas, dissertações, teses e sítios eletrônicos de órgãos públicos, há uma população que muitas vezes não possui acesso às bases de dados, não tem conhecimento das doenças que estão relacionadas aos contaminantes e tampouco conhece a legislação vigente”, relata. Manuela acrescenta que não existe, no Rio Grande do Sul, nenhum sítio eletrônico exclusivo para a consulta de dados da qualidade das águas superficiais, subterrâneas e de abastecimento de forma simultânea. “Isso dificulta o conhecimento e a difusão de dados de extrema importância aos cidadãos”, argumenta.
Assim, o projeto pretende reunir todas essas pesquisas em uma plataforma de livre acesso e apresentar, de forma simples e objetiva, as informações mais importantes sobre a qualidade das águas subterrâneas, superficiais e de abastecimento do Rio Grande do Sul, para que toda a população as tenha disponível. Ainda, pretende-se apresentar o valor apontado como adequado pelas legislações vigentes. “Então, serão dois dados apresentados simultaneamente pela plataforma: o valor do parâmetro que foi identificado em um estudo e o valor que deveria ter segundo a legislação e o enquadramento da água”, explica.
O projeto está em fase de firmar parcerias com outras instituições para o compartilhamento de informações, para o aperfeiçoamento, alimentação e atualização constante da plataforma. “As parcerias são importantes para nos auxiliar na gestão da plataforma, com ações de divulgação, comunicação e confiabilidade dos dados, para que se consolide como uma ferramenta de referência para a consulta da população”, destaca a professora. Fazem parte da equipe de trabalho professores de outras instituições como a docente do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS Maria Cristina de Almeida Silva, o professor da área de tratamento de águas e efluentes da UFSM Elvis Carissimi e o professor e coordenador do curso de Ciência da Computação da UFFS – Campus Chapecó, Fernando Bevilacqua.
Além da divulgação desses dados para a população, o projeto contribui na melhoria da gestão dos recursos hídricos. Manuela acredita que “ao examinar a evolução histórica da gestão ambiental, percebe-se que toda melhoria na qualidade dos recursos hídricos foi obtida por meio da informação e mobilização de grande parte da população em torno de uma questão problemática”, finaliza.
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