Linhas de Pesquisa

Estresse Oxidativo, Inflamação e Sistema Purinérgico 

A descoberta de novas moléculas sinalizadoras, proteínas reguladoras entre outros, instiga a investigação de seu papel em diversas doenças, principalmente aquelas mais prevalentes. Nos últimos anos, tem se observado que a sinalização purinérgica, o dano oxidativo e a inflamação podem ter um papel sinérgico na fisiopatologia dessas doenças. A geração de radicais livres constitui, por excelência, um processo contínuo e fisiológico, cumprindo funções biológicas relevantes. Durante os processos metabólicos, esses radicais atuam como mediadores para a transferência de elétrons nas várias reações bioquímicas. Sua produção, em proporções adequadas, possibilita a geração de ATP (energia), por meio da cadeia transportadora de elétrons; fertilização do óvulo; ativação de genes; e participação de mecanismos de defesa durante o processo de infecção. Porém, a produção excessiva pode conduzir a danos oxidativos. O estresse oxidativo pode ser definido como o desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes oxidantes no organismo, decorrentes da geração excessiva de espécies reativas e/ou diminuição de antioxidantes endógenos, estando diretamente ligado ao processo inflamatório e à sinalização purinérgica. O sistema purinérgico é composto por moléculas (ADP, ADP e AMP) enzimas (ectonucleotidases) e receptores, que, em conjunto, atuam como sinalizadores em diversos sistemas do organismo. Esta sinalização pode desencadear tanto efeitos pró-inflamatórios, mediados pela ligação do ATP em receptores P2 em linfócitos, quanto efeitos anti-inflamatórios, mediados pela ligação da adenosina em receptores P1 em células imunes. Dessa forma, esta linha tem a finalidade de investigar os mecanismos fisiopatológicos relacionados à inter relação entre sinalização purinérgica, inflamação e estresse oxidativo em doenças crônicas como hipertensão, câncer, obesidade e síndrome metabólica, além de doenças infecciosas e sepse. Para que essas investigações se realizem, esta linha de pesquisa utilizará modelos in vivo, in vitro, ex vivo, em nível celular ou molecular, caracterizando a pesquisa experimental para que se possa realizar a pesquisa translacional, ou seja, o emprego de moléculas, fármacos, anticorpos, ou outros para a supressão ou estímulo de um organismo, cujo objetivo maior é a atenuação de processos mórbidos, ou até mesmo a reversão ou cura de uma doença, ou ainda a descoberta de biomarcadores importantes para o diagnóstico de uma enfermidade. 

Diagnóstico, Inovação e Intervenções Terapêuticas em Saúde 

Ciência e tecnologia são instrumentos importantes para a saúde e o tratamento de doenças, e o desenvolvimento de novas tecnologias que visem uma melhora da qualidade de vida e bem estar social. A inovação nas áreas de saúde se baseiam na construção de novos alvos terapêuticos, metodológicos e de investigação das patologias. Os temas tecnologia e inovação tecnológica estão em pauta nos meios de pesquisas tanto nas agendas de governos quanto de empresas, agências de fomento a pesquisas e diversas organizações sociais, com forte influência no setor saúde. Ciência e tecnologia são instrumentos importantes para a saúde e o tratamento de doenças, assim como para a construção de um momento civilizatório de paz e de vida digna e decente para todos. Sendo assim estudos pré-clínicos voltados ao estudo de novos alvos terapêuticos (compostos bioativos) para o tratamento de doenças neurodegenerativas, transtornos psiquiátricos, hipertensão, obesidade, neoplasias, entre outras. Este estudo voltado à inovação irá utilizar modelos animais, linhagens de células tumorais, e de outros tecidos, nos quais serão investigados efeitos de compostos bioativos de plantas medicinais e outros organismos. Estes compostos serão avaliados tanto nos possíveis efeitos terapêuticos, quanto em possíveis efeitos adversos e tóxicos, que possam causar danos ao DNA e às células dos modelos pré-clínicos , além de possibilitar o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas, terapêuticas, e de inovação em saúde. Ademais, esta linha visa o estudar os efeitos de terapias como exercício físico, jejum intermitente, auriculoterapia e outras práticas integrativas complementares (PICs), além de estudos epidemiológico das doenças supracitadas e investigação de possíveis alterações com fim de diagnóstico. Permeando as ações desta linha de pesquisa, estarão as investigações pré-clínicas in vivo, ex vivo e in vitro de novas moléculas derivadas de fármacos existentes, extratos e compostos bioativos de plantas medicinais e outros organismos com potenciais farmacológicos. Além disso, o estudo de estratégias terapêuticas não medicamentosas, como o exercício físico, práticas integrativas e complementares e alterações na dieta, as quais possam atuar de forma isolada ou em conjunto com outras intervenções. Com essas premissas, esta linha se insere na inovação, tanto em compostos e outras abordagens terapêuticas, quanto em descobertas de mecanismos biológicos de doenças e de estratégias de atuação terapêutica. 

Corpo docente ligado às linhas de pesquisa