Publicado em: 07 de outubro de 2020 13h10min / Atualizado em: 07 de outubro de 2020 15h10min
Os componentes do projeto “Produção e difusão de materiais educativos sobre o coronavírus e seus impactos na saúde”, o “Educa Covid”, da UFFS – Campus Chapecó, chegaram ao fim do projeto de extensão (Edital nº 259/GR/UFFS/2020 – Apoio institucional a ações de extensão em saúde, para prevenção, monitoramento e segurança frente a pandemia de coronavírus) com bastante material e informações produzidos para a comunidade, além de muito conhecimento adquirido.
Ao todo, o grupo produziu quatro cartilhas, com temas ligados ao contexto da pandemia. Além disso, uma grande quantidade de conteúdos científicos a respeito da pandemia foram “traduzidos” para uma linguagem simples e de fácil compreensão em um perfil no Instagram (@educacovid19).
Sob a coordenação da professora Maíra Rossetto, seis estudantes dos cursos de Enfermagem e Medicina realizaram o trabalho. Dois bolsistas e os demais voluntários: Rafaela Thais Schalanski, Ana Gabrieli Sauer, Izadora Czarnobai, Julia Beatrice de Araújo e Thiago Inácio Teixeira do Carmo. Nas cartilhas também houve a participação de convidados que estudam os assuntos abordados nas nelas.
Foram produzidas quatro cartilhas: “Violência contra a Mulher no Contexto da Pandemia: Como posso ajudar?”; “Saúde da Criança em Tempos de Covid-19”; “Educação e Controle da Disseminação do Coronavírus em Populações Privadas de Liberdade” e “Aleitamento Materno em Tempos de Covid-19”.
Conforme a professora Maíra, infelizmente, a parte presencial não foi possível realizar, já que o isolamento perdurou e a pandemia não foi controlada. Porém, o envolvimento on-line foi grande: somente em relação a seguidores, foram mais de 700.
Postagens relacionadas a pesquisas do mundo todo foram “traduzidas” para que as informações fossem acessadas e compreendidas pelo público leigo. Além disso, o Boletim Epidemiológico também foi publicado durante o tempo todo do projeto.
Uma das dificuldades, segundo a professora, foi por conta da doença ser muito nova. “As orientações mudaram muito. Por exemplo: sobre amamentação, inicialmente a orientação era de que não seria recomendado, porém, logo depois, a recomendação mudou. A cada semana tínhamos uma informação diferente”, ressalta.
Os principais dados foram coletados do Ministério da Saúde, além da Sociedade Brasileira de Pediatria, de documentos científicos e de delegacias de polícia (no caso da cartilha sobre violência contra a mulher).
Paralelamente, o grupo vem construindo um estudo sobre como certos países – tanto bem-sucedidos quanto os não tão bem-sucedidos no combate à Covid-19 – vêm atuando contra a doença e economicamente.
Para a professora, o ganho do projeto supera a questão do repasse de informações ao público. “Conseguimos pegar artigos supercomplexos e recentes, inclusive alguns em língua estrangeira, e “traduzi-los” para uma linguagem simples, que as pessoas pudessem compreender. Além disso, garantimos uma informação de confiança”, destaca a professora.
Visão dos estudantes
Os estudantes consideram a participação no projeto engrandecedora, já que aprenderam muito sobre o coronavírus e seus impactos, refletiram sobre as situações trazidas à tona com a doença (como os sistemas de saúde dos países e o enfrentamento da pandemia) e as possibilidades do SUS diante desse cenário.
“Projetos como esse nos inserem nos cenários que futuramente serão de nossa atuação, permitindo que seja desenvolvida nossa capacidade de raciocínio crítico e também nos instigando a contribuir com a comunidade e com os profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente, combatendo diariamente o crescimento da pandemia e salvando vidas”, ressalta Ana Gabrieli.
Rafaela acrescenta: “essa foi uma grande oportunidade de aprendizado durante nossa formação na área de saúde. Também, tivemos a oportunidade de desenvolver habilidades de pesquisa, síntese de dados, discussão de políticas públicas e sistematização de informações confiáveis. Ainda, foi instigada a criatividade e o domínio de outras tecnologias comunicacionais, que também oportunizam o desenvolvimento de outras habilidades para além daquelas aprendidas nos cursos da área de saúde”, finaliza.
Baixe as cartilhas abaixo:
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