Como linguagem e cognição se relacionam?
Pesquisadora Lilian Cristine Hübner (PUC-RS) palestrou sobre essa e outras temáticas na Aula Magna do PPGEL

Publicado em: 19 de abril de 2024 12h04min / Atualizado em: 19 de abril de 2024 12h04min


Quanto leitura e escrita impactam na queda da cognição de uma pessoa ao envelhecer? Essa e outras relações – como da neuropsicolinguística e a saúde – são temas de pesquisa de Lilian Cristine Hübner (PUC-RS). Ela foi a convidada para proferir a Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da UFFS – Campus Chapecó, que aconteceu na noite de segunda-feira (15).

A pesquisadora conversou com a Assessoria de Comunicação da UFFS – Campus Chapecó e abordou, dentre outros temas, a necessidade da interdisciplinaridade para a resolução de problemas complexos da sociedade.

Confira:


Como foi sua trajetória enquanto pesquisadora até chegar a essas temáticas?

Eu comecei fazendo mestrado em Aquisição da Linguagem, com especialização em aquisição de segunda língua na UFRGS, pois sempre me interessaram as questões relacionadas ao bilinguismo – como é que duas línguas se organizavam no cérebro? No doutorado eu continuei com essa temática, mas me especializei na área do discurso, da produção, da compreensão, do processamento de textos orais e escritos. E aí surgiu uma oportunidade, enquanto eu fazia o doutorado na UFSC, de fazer um doutorado sanduíche, e nesse momento eu fui a Montreal para estudar bilinguismo. Montreal é uma cidade na qual a grande parte da população fala no mínimo falam duas línguas, o francês e o inglês, e ainda outra língua materna quando são imigrantes.

Na Universidade de Montreal fui apresentada à temática do envelhecimento, por estudar em um instituto de geriatria, multicêntrico, que trabalhava com diversas questões relacionadas ao envelhecimento, junto a um hospital. Naquele momento surge a minha percepção de que, para estudar linguagem, na maneira como eu queria, eu teria de me apropriar de outros conhecimentos que não só os da linguística, ou da psicolinguística.

Além das teorias e dos métodos da psicolinguística, incorporei os da neurolinguística, juntando a pergunta sobre onde e como o processamento acontece no cérebro. E para estudar isso, percebi que eu precisaria de parceria com a psicologia cognitiva, neurologia, fonoaudiologia, educação, ciências da computação. Meu coorientador lá é fonoaudiólogo, lotado curso da medicina. Comecei a estudar essas questões, e, depois, voltando ao Brasil, continuei nesses estudos, e percebi que a nossa população aqui é muito diferente da população do exterior, onde as pessoas, além de normalmente terem uma escolaridade bastante alta, leem muito. Então essas questões começaram a se incorporar nos meus estudos, porque, na atualidade, em torno de 80% das publicações, no mundo representam apenas em torno de 12% da população mundial. Ou seja, são estudos em sua maioria sobre a língua inglesa, com uma população de alta escolaridade e bom nível socioeconômico. Por isso, tem havido uma tendência a se incluírem as pesquisas feitas fora das sociedades chamadas WEIRD (Western, Educated, Industrialized, Rich and Democratic) - em português, sociedades ocidentais, escolarizadas, industrializadas, ricas e democráticas. Pesquisas que analisam outras línguas, outras populações, que são a grande maioria da população mundial, estão sendo muito mais valorizadas.

Quando apresentamos nossas pesquisas em grupos de estudos ou em congressos no exterior, os pesquisadores estrangeiros ficam muito impactados com os resultados. E mostramos a eles que os testes neuropsicológicos e cognitivos utilizados para avaliar esta população têm seus escores ajustados para os casos de baixa escolaridade ou analfabetismo. Na nossa realidade, o maior número de analfabetos encontra-se entre os adultos idosos e a maior parte da população brasileira acima de 25 anos não completou o ensino fundamental. Por isso, ajustes precisam ser feitos nos testes empregados no exterior quando queremos adotá-los aqui, ou desenvolvemos nossa avaliação já ajustada. Caso contrário, pode haver um falso positivo para comprometimento cognitivo em adultos ou adultos idosos a partir da avaliação de testes usados no exterior não ajustados.


O que é a psicolinguística e como é que ela se relaciona com as áreas da saúde?

A psicolinguística é o estudo científico do processamento da linguagem, envolvendo a produção, a compreensão da língua falada, escrita, ou sinalizada, usando métodos experimentais. Por isso ela é tão importante para outras áreas, ao fornecer tanto um embasamento teórico quanto instrumental, para que se possa estudar a linguagem nos outros domínios, por exemplo, nos domínios da saúde, da computação, da educação. Por exemplo, a fonoaudiologia ou a psicologia cognitiva precisam da linguística (ou da psicolinguística,ou neuropsicolinguística), assim como a neurologia, porque, por exemplo, quando um médico vai operar o paciente, ele tem que saber onde estão as áreas e as conexões associadas à linguagem.

Para fins de estudos, dividimos a psicolinguística em domínios. Por exemplo, há a sintaxe, que é a organização das palavras na frase; a semântica, que lida com sentido das palavras; a fonologia, que analisa o sistema de sons da língua, o discurso e ainda a pragmática, que é o uso da linguagem em contexto. Ela é multifacetada. A própria linguística é muito complexa, e ela fornece todas essas ferramentas para as outras áreas, servindo de base para as outras áreas que lidam com a linguagem.

 

A academia, pelo menos no Brasil, tem essa tendência de se fechar em caixinhas. Você atua com tantas áreas, com tantos pesquisadores de outras áreas. Como é que a gente pode começar a atuar para que as coisas sejam mais integradas?

Excelente essa pergunta. Vivemos em um mundo muito complexo. As pessoas são constituídas assim, o ser humano é um ser global multifacetado. A própria linguagem é muito afetada por questões cognitivas, e como é que se começou a estudar isso? Muito pela linguagem atípica – pesquisadores e clínicos viram que em pessoas, por exemplo, que tiveram um AVC, não é só a linguagem que fica comprometida: é a memória, são as funções executivas e um questão impacta na outra. Isso demanda a união dos pesquisadores com formações diferentes e complementares. Quando temos um fenômeno a estudar, esse fenômeno pode ser estudado por diferentes áreas que conversam entre si. Se eu decido analisar apenas a linguagem, posso estar desconsiderando outras variáveis impactando na forma como essa pessoa fala ou escreve ou compreende a linguagem, outros construtos cognitivos. Quando se estuda um desvio linguístico, por exemplo, ele pode não ser um transtorno apenas linguístico; ele pode envolver uma questão social, cognitiva, emocional ou fisiológica.

Vale ressaltar que hoje também as próprias ferramentas da computação estão se juntando ao estudo da linguagem e sua relação com a cognição. A ciência de dados também está integrando os estudos linguísticos e as neurociências em geral, com técnicas como aprendizado de máquina e a inteligência artificial. A contribuição da ciência de dados está vindo com muita força, para analisar as características da linguagem das pessoas com processamento típico e atípico e para predizer o surgimento de doenças, como as demências. Então, o que se percebe é uma tendência cada vez maior por um interesse em estudar um ser humano complexo, multifacetado, gerando a necessidade de se juntarem diferentes disciplinas para explicar o mesmo fenômeno.

 

E é quase um contrassenso, porque quando a gente vai para o mestrado e o doutorado, as coisas parece que vão se afunilando em pesquisas cada vez mais especializadas, refinadas e é justamente o contrário, né? A gente precisa olhar para o contexto, olhar para o problema como um todo...

Exatamente. O aprofundamento teórico em cada área também é importante, para haver uma base de sustentação teórica; mas dependendo da forma como a gente quer abranger o fenômeno, não tem como fugir de tornar o estudo mais inclusivo, abrangente, em termos de áreas de pesquisa. Inclusive uma tendência mundial que se vê em países como na Alemanha, que acho que será o futuro, uma nova configuração das pesquisas, é a tendência à multidisciplinaridade, em que se ataca um problema por meio das lentes de diferentes áreas de pesquisa. Por exemplo, na pós-graduação da Universidade de Bonn, na Alemanha, existem clusters de estudos. Toda a pós-graduação se organiza em temas de pesquisa multidisciplinares. Por exemplo, há um cluster de que vai abordar o tema da escravidão. Então, que áreas podem colaborar aí? A psicologia, a sociologia, a neurologia, já que pode ter repercussões biológicas, a história, a filosofia, a literatura, pra mencionar algumas. Então, tu tens um fenômeno para abordar que necessariamente vai convocar pessoas de áreas diferentes. Essa parece ser uma tendência que acredito que logo vai estar aqui no Brasil também. Está havendo todo um movimento, mesmo em termos de recursos financeiros no Brasil, de que as pesquisas compartilhem recursos, como os equipamentos de pesquisa, para maximizar os custos e para fomentar o trabalho de pesquisa em redes de pesquisadores, nacionais e do exterior.

 


Comenta um pouco que pesquisas você vem desenvolvendo, nos diversos grupos em que atua.

A pesquisa em que a gente está mais focada nesse momento é na questão da estimulação linguístico-cognitiva para pessoas idosas. Nossas pesquisas têm mostrado que fatores como os hábitos de leitura e de escrita, a escolaridade, o continuar ativo cognitivamente, mesmo depois de ter saído dos bancos escolares, têm um impacto importante na linguagem, na cognição e no bem-estar geral. Nossos últimos estudos mostram que, mesmo a pessoa sendo bastante idosa e tendo baixa escolaridade, se ela manteve os hábitos de leitura e escrita, ela tem uma boa habilidade de contar textos, a conectividade da fala dela é excelente. Então, mais importante do que ter estudado muitos anos é ter continuado lendo e escrevendo ativamente, mantendo-se ativo mentalmente.
Durante a pandemia desenvolvemos um estudo de estimulação linguístico-cognitiva que envolveu pessoas idosas de todo o Brasil. Era um estudo feito em parceria com a Linguística da PUC-Rio com a professora Erica Rodrigues e com o curso de Neurociências da UFABC e da Universidade de Hong Kong, com a professora Maria Teresa Carthery-Goulart. Nós tínhamos em torno de 80 participantes em todo o Brasil que fizeram um trabalho on-line de estimulação linguístico-cognitiva.

Então, nós avaliamos vários construtos cognitivos, neuropsicológicos (memória, funções executivas, linguagem…) e de bem-estar geral, antes de eles começarem o programa. Depois, por 15 dias, os participantes se engajaram no programa online, pelo computador. Depois deste tempo, avaliamos novamente para compararmos os escores deles nos testes pré e pós estimulação. E nós vimos muitos ganhos desses idosos, em construtos de linguagem, de alguns tipos de memória, de cognição geral, e as medidas de ansiedade também diminuíram, provavelmente pela convivência com outras pessoas da mesma idade, pela integração online que o programa permitiu, em plena pandemia.

A pesquisa que estamos desenvolvendo agora quer expandir essa anterior. Trouxemos o programa, intitulado PalavrAtiva, para o presencial e concluímos recentemente toda uma avaliação neuropsicológica, linguística, planejada por uma equipe integrada por neuropsicólogos, neurologista, fonoaudiólogos, educadores, executada por bolsistas de iniciação científica, mestrandos e doutorandos de diferentes áreas, em especial da psicologia e da letras/linguística. No momento, os participantes idosos da comunidade estão participando desses grupos uma vez por semana no Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS. Além das atividades presenciais, desenvolvem outras diariamente em casa, sob orientação da equipe. As atividades são todas de linguagem, que estimulam a mente, a escrita, a leitura, o vocabulário, a memória, a criatividade. Alguns participantes também estão fazendo exame de neuroimagem em aparelho de ressonância magnética. Ao término de nove semanas, quando o período de estimulação estiver concluído, testaremos os participante novamente para verificar os ganhos na cognição e no cérebro que a estimulação proporcionou.

Trata-se de um estudo bastante inovador, pioneiro no Brasil, principalmente por incluir dados cerebrais. Sabemos, por estudos prévios no exterior, que a estimulação linguístico-cognitiva pode gerar um impacto cerebral, aumentando e melhorando a conectividade em algumas áreas relacionadas à cognição. É um estudo interessante, por testar pessoas adultas e idosas da nossa realidade brasileira, em que pretendemos também analisar como a idade, a escolaridade e os hábitos de leitura e escrita conversam com os resultados da estimulação. A pesquisa recebeu o verba do CNPq por um edital de internacionalização, estabelecendo um convênio entre duas universidades canadenses (Montreal e Laval) e a Universidade de Bonn, da Alemanha, sendo, assim, uma pesquisa multicêntrica, internacional e multidisciplinar. Recebemos igualmente verba da FAPERGS para o desenvolvimento de um aplicativo para estimulação linguístico-cognitiva, que encontra-se em sua fase final de desenvolvimento e em breve estará à disposição para uso de forma gratuita. A CAPES contribui igualmente, com o fomento de bolsas de estudo aos pós-graduandos participantes dos projetos.

 

Há, ainda, outras pesquisas nas quais a professora está envolvida?

Uma das áreas de estudos que a gente desenvolve são as questões de bilinguismo, tentando investigar se há alguns benefícios cognitivos a partir do fato de ser bilíngue. Ou seja, se o fato de ser bilíngue proporciona alguma vantagem em termos de memória, de funções executivas, ou metalinguagem. Existem resultados muito controversos na literatura, porque muitas vezes não foram controladas questões, como as socioeconômicas ou culturais. Outra linha de estudo que desenvolvemos diz respeito à linguagem e à cognição em pessoas que tiveram AVC (acidente vascular-cerebral). Tentamos compreender, por exemplo, como os hemisférios cerebrais interagem para produção e compreensão de textos orais e escritos. E outra linha de pesquisa na qual nos debruçamos é o desenvolvimento e adaptação de testes e baterias de avaliação da linguagem e da cognição, desde a criança até o idoso, que são colocados à disposição para pesquisa ou para clínica, em colaboração entre universidades no Brasil e no exterior.

 

Em que momento entrou o Alzheimer nas pesquisas e o que vocês têm olhado para essa doença com tantas repercussões na sociedade?

A grande importância, eu acho, o grande impacto social dessa pesquisa de estimulação que estamos desenvolvendo agora, é justamente na linha de tentar postergar o declínio cognitivo e o Alzheimer.

Existe uma coisa chamada reservas cognitivas. Então, ser bilíngue, continuar estudando, participar de grupos de socialização, continuar lendo, escrevendo, aprender coisas novas, estar exposto à estimulação cognitiva aumenta as reservas cognitivas. A pessoa que tem essas reservas cognitivas mais altas não está imune a desenvolver uma demência. No entanto, os estudos mostram que ela consegue postergar: quanto mais reserva ela tem, mais tarde, muito mais adiante, ela vai começar a mostrar o declínio. Com o avanço da idade, em especial depois dos 80, 85 anos há uma propensão maior de se desenvolver declínio cognitivo ou mesmo uma demência. O Alzheimer é a principal delas, pois 60% das demências são do tipo Alzheimer.

Nossa pesquisa pretende fomentar fomentar políticas públicas de intervenção, para promoção da leitura, da escrita, da escolaridade. Os governos em todos os níveis (municipais, estaduais e nacionais) devem compreender que é melhor investir dinheiro público incentivando as pessoas a lerem, abrindo uma biblioteca ou incentivando as universidades ou ONGs que trabalhem nessa questão da estimulação, do que gastar com aposentadoria precoce. Quando se tem um familiar com Alzheimer ou outra demência, não é só a pessoa, é a família que fica envolvida. Alguém da família que vai ter de parar de trabalhar ou será necessário contratar um cuidador. Por isso, deve-se pensar em atitudes de intervenção, para a prevenção ou para postergar o declínio cognitivo ou a demência. Projeções da Organização Mundial de Saúde mostram que a Doença de Alzheimer vai aumentar muito, até 2050. Isso é inevitável, porque as pessoas estão envelhecendo.

Agora a pirâmide populacional mundial está mais larga, mais inchada, na faixa etária das pessoas por volta de 35 anos, pela primeira vez na história. Em 2050, já vai haver uma inversão: a maior parte das pessoas da população mundial estará na faixa dos 50 anos e acima. Com a idade, é mais fácil começar a desenvolver esses problemas de declínio cognitivo ou demências. Só que nos países como o nosso, em que há baixa escolaridade, baixo nível socioeconômico, o aumento será em torno de três vezes proporcional ao aumento de casos de demência esperados em países com média ou alta renda, em que há mais escolaridade e em que as pessoas tendem a ler mais.

 

Além dessa questão, existem outros pontos já identificados, que podem contribuir para esse declínio?

Tem um estudo que saiu na revista The Lancet mostrando todos os critérios que podem fazer a pessoa desenvolver Alzheimer. Claro que tem uma parte do componente biológico que é bem importante, que é até hereditário, mas 40% dos fatores de risco para se desenvolver Alzheimer podem ser evitados. Alguns deles são a poluição ambiental, o alcoolismo, o tabagismo, diabetes não controlado, e, algo muito importante, a falta de socialização. Este é um dos principais quesitos para desenvolver demência: o isolamento social.

 

A professora tocou antes na questão dos testes e eu queria que você se aprofundasse mais nessa questão.

É necessário fazermos sempre um ajuste na régua para definir os escores dos testes de avaliação da linguagem e da cognição em nossa realidade, porque nossa realidade social é diferente da de outros países, onde alguns destes testes foram desenvolvidos. Então nós vamos trabalhar com os testes adequados para nossa realidade para sermos justos e não promover um falso diagnóstico de declínio cognitivo, por exemplo. Infelizmente, as diferenças socioeconômicas impactam até mesmo em termos biológicos. Estudos no exterior mostraram que a privação de escolaridade, de nutrientes, de afeto em crianças afetam regiões cerebrais.

Pais que não leem e também não leem com seus filhos podem impactar o vocabulário e a capacidade de compreensão leitora dos filhos. Isso tem o efeito de uma bola de neve: o fato de os pais estudarem pouco, lerem pouco ou não lerem, não comprarem material de leitura, não usarem a linguagem na prática diária, pode impactar no desenvolvimento linguístico e cognitivo da criança, o que a faz ingressar nos primeiros anos escolares com uma necessidade maior de exposição a material linguístico. Para algumas crianças, é ao estar para a escola que ela vai ser apresentada para o mundo das letras, é ali que ela vai ter contato com um livro, com um tipo de linguagem diferente. Isso demonstra a importância, o valor da educação infantil. É na educação infantil que se consegue começar a ajustar e levar a criança para esse mundo letrado, para que ela não sinta tanto o baque quando ela ingressar nos primeiros anos do ensino fundamental.

Portanto, analisando os estudos e as suas evidências, vemos que tanto as crianças, quanto as pessoas idosas, são parcelas da nossa população que precisam de uma atenção especial de toda a sociedade para se desenvolverem plenamente e terem qualidade de vida. Essa criança precisa de mais assistência, aí entra a educação, a pedagogia, a psicologia, para a gente se antenar como uma forma de tentar diminuir a disparidade social, tentar cuidar mais das crianças também.