Publicado em: 31 de julho de 2020 09h07min / Atualizado em: 31 de julho de 2020 13h07min
A UFFS – Campus Chapecó é parceira do Projeto “Registro hospitalar multicêntrico nacional de pacientes com doença causada pelo SARS-COV-2 (Covid-19)”. O estudo, que segue buscando parceiros em todo o país, é coordenado pela professora Milena Soriano Marcolino da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em conjunto com o Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS).
Em âmbito local, a epidemiologista professora do curso de Medicina da UFFS – Campus Chapecó, Joanna d'Arc L. Batista é a pesquisadora responsável. Participam também do projeto o intensivista e coordenador da UTI Covid no Hospital Regional do Oeste (HRO), médico Renan Goulart Finger e a enfermeira da UTI Covid também do HRO, Karen Cristina J. R. Pontes.
Como a professora Joanna também faz parte do IATS, ela recebeu o chamamento para participar do projeto. Depois, ela entrou em contato com o médio Renan e com a direção do HRO, que deu a anuência em integrar o projeto de pesquisa multicêntrico.
A proposta é reunir as informações dos registros para determinar o perfil clínico, laboratorial, radiológico, prática terapêutica e desfecho do caso (e, portanto, também de mortalidade) de pacientes com infecção pelo novo coronavírus.
A professora explica que o projeto prevê a derivação e validação de escores prognósticos para doença grave e mortalidade e o desenvolvimento de uma base de dados padronizada de pacientes atendidos em hospitais brasileiros. A partir disso será possível realizar meta-análises futuras, com outras coortes (conjunto de pessoas que tiveram Covid-19 e precisaram de internação) nacionais e internacionais.
Os dados do paciente receberão uma pontuação. Segundo a professora, então, hipoteticamente, um paciente com registro de hipertensão no perfil clínico, quando chegar para um atendimento hospitalar com Covid-19, já terá uma pontuação x em decorrência de ser hipertenso. Os dados serão coletados no terceiro e no quinto dia de internação, além do dia do desfecho.
“O principal ganho será o score. Com ele, quando uma pessoa com Covid-19 for internada, o profissional vai conseguir ter um prognóstico do que pode acontecer com esse paciente e tentar ações mais rápidas”, ressalta ela.
O grupo já fez um pré-treinamento para o lançamento a respeito do preenchimento dos dados no sistema utilizado pelos pesquisadores de todo o país. Em outra etapa, eles também realizarão o lançamento de informações sobre custos do hospital por paciente (custo dos profissionais, dos tratamentos, etc).
Serão coletados os dados de março a setembro de 2020, retroativamente. Além das publicações nacionais, segundo a professora os dados locais serão utilizados para estudos que contribuirão no entendimento acerca dos pacientes internados pela Covid-19 em Chapecó, quanto ao manejo e tratamento.
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