Equipe da UFFS – Campus Chapecó vai à final nacional da Maratona de Programação
Terceiro colocado dentre outros 43, time tem como objetivo chegar entre 40 primeiros na nacional

Publicado em: 18 de setembro de 2024 11h09min / Atualizado em: 20 de setembro de 2024 15h09min

Novembro, João Pessoa. Nessa data e nesse local, três estudantes representarão a UFFS – Campus Chapecó na final nacional da Maratona de Programação. Ana Paula Hartmann (quarta fase), João Henrique Alves dos Santos e Marco Balestrin (ambos na sexta fase), estudantes de Ciência da Computação, formam o time “Não sei, só sei que foi assim”, classificado para a final nacional depois da terceira posição na etapa local, em Passo Fundo, no fim de agosto.

Esta é a oitava vez que a UFFS – Campus Chapecó estará representada na final nacional, sendo que o curso completará quinze anos de existência em 2025 (o curso foi um dos que iniciou efetivamente, com aulas, em março de 2010).

A etapa regional teve a participação de 43 equipes de 12 universidades. A UFFS – Campus Chapecó foi com seis equipes, e o resultado foi considerado bastante positivo: a Instituição teve quatro times entre os dez primeiros colocados.

A disputa foi bastante acirrada, especialmente entre os times da Universidade Federal da Fronteira Sul e a Universidade Federal de Santa Maria. No resultado da competição isso ficou bem claro: dentre os dez times, nove foram de uma das duas universidades.

Sobre a etapa regional, eram 40 equipes para duas vagas na final, e Ana comenta que a palavra “disputa” foi levada levada ao pé da letra. “No início da competição, conseguimos resolver quatro problemas em meia hora, o que nos deixou em uma colocação muito boa. No restante do tempo, focamos em um problema que achamos mais difícil. Ao resolver o quinto problema, foi uma grande alegria. Nesse momento já acreditávamos que havia chances de nos classificarmos para a final nacional, mas ainda era incerto. Toda a competição causou bastante ansiedade e a cada momento que não podíamos ver os resultados das outras equipes, (na hora final o placar é congelado) ficamos mais ansiosos. Realmente as vagas foram muito disputadas, principalmente entre as equipes da UFSM e as nossas da UFFS”.

Na UFFS – Campus Chapecó, os interessados realizam treinamentos durante o ano todo, no Clube de Programação. O time que vai à final nacional é formado há três meses. João e Ana buscavam mais um membro, e, quando Marco se juntou ao time, os três começaram a treinar juntos pelo menos uma vez por semana.

Ana e João estão no clube desde o início de 2023, enquanto Marco começou a frequentar com recorrência no segundo semestre de 2024. Com a ida à final, o trio participa de todos os encontros do clube.

Os estudantes já haviam participado da maratona, em etapas regionais, mas em equipes diferentes. Ana ficou na nona colocação com sua equipe, e João e Marco competiram juntos, e ficaram em sexto das mais de 20 equipes que competiram.

Conforme Ana, a preparação é fundamental para o momento da competição. “A maratona depende muito do que estudamos e preparamos para ela. Então ter vários problemas já resolvidos e os códigos conosco durante a competição ajudou bastante. Trabalhar a lógica na cabeça também ajuda a conseguir resolver problemas fáceis rapidamente. Mas como todo ano, tem problemas que exigem conhecimentos mais avançados em que precisamos juntar códigos ou criar do zero para respondê-los”.

O momento é de preparação para Ana, João e Marco. Para a final nacional, ele estão revisando os problemas da regional que não conseguiram resolver. “Estamos mantendo nossa rotina de trabalhar nas listas disponibilizadas pelo Clube de Programação, e estudando conceitos mais avançados com possibilidade de cair na nacional, além de nos reunirmos toda semana para resolver problemas e fazer competições. A prova é muito mais difícil que a etapa regional, então o nosso objetivo é fazer o máximo que pudermos e tentar conseguir uma colocação entre os top 40, e, quem sabe, ultrapassar a melhor colocação da UFFS na final nacional, em 2013”, ressalta ela.

Treinamentos, maratonas, formação e atuação profissional

Participar das maratonas, para Ana e os colegas, contribui na formação acadêmica e na futura atuação profissional. “A maratona ajuda a trabalhar a lógica e a capacidade de abstração, o que contribui muito na hora de programar de forma rápida e eficiente. Muitas empresas focam em contratar maratonistas por conta dessas habilidades e resiliência contra desafios. Se a pessoa quiser seguir na área acadêmica, participar de maratonas ajuda muito na hora de aplicar para mestrados e doutorados”.

Aos estudantes de Ciência da Computação, dessa forma, a sugestão da equipe é manter uma rotina de resolução de problemas – como o que é possibilitado pelo Clube, “sempre buscando desafios maiores, novos conceitos e formas mais otimizadas de resolver os problemas. Esses treinamentos também ajudam nas demais matérias, principalmente naquelas que focam na programação. Não parem de treinar, a constância é que ajuda a melhorar sempre, mesmo que seja um problema por semana”, finaliza.