Finalizado o ano do Projeto de Formação Continuada de Professores da Região da Amosc
Grupo já pensa estratégias para atuação em 2022.

Publicado em: 12 de novembro de 2021 12h11min / Atualizado em: 12 de novembro de 2021 19h11min

O Projeto de Formação Continuada de Professores da Região da Amosc teve seu encerramento do ano com um seminário, na sexta-feira (12), na Unochapecó. O projeto contínuo de formação, resultado de uma articulação de professores da UFFS – Campus Chapecó, da Unochapecó e da Amosc, atendeu 19 municípios e cerca de 400 professores das redes municipais de Educação.

Em 2021, o eixo central do projeto foi "Diagnóstico de Aprendizagens, Habilidades Focais e Planejamento do Continuum 2020-2021". Em função da pandemia da covid-19, a formação ocorreu virtualmente e em rede. Assim, uma turma centralizada, com cerca de 70 professores ou gestores pedagógicos,  responsabilizou-se em trabalhar os temas de estudos com os colegas nos espaços da escola ou do município em paradas pedagógicas.

Segundo o coordenador do projeto pela UFFS, professor Willian Simões, “a presente estratégia metodológica de formação em rede parte do pressuposto de que a escola é espaço estratégico de formação continuada, oportunizando momentos de estudos e diálogos entre professores que atuam em uma mesma escola. Cabe salientar que a formação teve como texto-base central o documento de orientação curricular regional publicado pela Amosc, uma referência para a reelaboração dos projetos político-pedagógicos das escolas de educação básica da região e para a elaboração dos planos de ensino dos professores. Tal documento de orientação curricular também é um dos resultados desse projeto contínuo de formação”.

Em 2021 também foi realizado, pelas escolas, um diagnóstico de aprendizagem, para avaliar como o ensino remoto impactou as crianças e adolescentes. Conforme Simões, os resultados foram muito variados, devido às realidades distintas. Porém, algo que esteve muito presente nos diagnósticos foi a importância da presencialidade. “Apesar dos esforços de professores e pais, os diagnósticos mostraram o quanto a escola faz falta, o quanto é essencial a mediação pedagógica, o acompanhamento”, ressalta o coordenador.

Para o próximo ano, ainda será avaliada a possibilidade de retomar as formações presenciais. “É importante que os professores venham à universidade e interajam com o mundo acadêmico. Claro que a escola é o locus estratégico da formação, é lá que eles vão vendo as demandas e vão fazendo e refazendo planos de trabalho”. A formação, de acordo com o professor, vai seguir existindo. Porém, a ideia é ir além da formação. “Queremos criar cadernos temáticos, de metodologias, voltados aos professores, pensar a criação de uma plataforma interativa com a Amosc”.

Também, segundo ele, a proposta será a partir dos documentos desenvolvidos e do planejamento de cada professor. Depois, ele escolherá uma das práticas para construir um relato de experiência. Por fim, a ideia é fazer um seminário para apresentá-las e fazer um caderno com essas práticas.

Conforme a Assessora de Educação da Amosc, Locenir de Moura, a parceria da Amosc com as universidades, que vem desde 2017, é fundamental. Desde então, a partir da demanda dos professores, foi elaborado um currículo regional.

“Entendo que a parceria com a universidade, que atua também na formação de professores, é de extrema importância, tendo em vista que os hoje alunos da universidade, logo estarão circulando nas escolas da região. A possibilidade da formação continuada aproxima a universidade da escola. Vejo um ganho muito grande também dos professores das licenciaturas estarem próximos às escolas nesse processo. Temos um diálogo teoria e prática, com a vivência da escola – os desafios e os ganhos. É benéfico para ambos os lados”, ressalta ela.

 

Da UFFS, atuam no projeto os professores:  Adriana Maria Andreis, Alexandre Paulo Loro, Marisol Vieira Melo, Mary Stela Surdi, Nilce Fátima Scheffer, Rosane Rossato Binotto e Willian Simões (Coordenação do Projeto pela UFFS).

Colaborações da pós-doutoranda em Educação na UFFS Carina Copatti e da mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFFS Sabhrina Frigeri.