Publicado em: 31 de agosto de 2021 09h08min / Atualizado em: 31 de agosto de 2021 14h08min
Em uma dissertação defendida recentemente no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da UFFS – Campus Chapecó, a mestra Darlise Vaccarin Fadanni, orientada pela professora Maria José Laiño, analisou a Política Linguística da Instituição na dissertação “O lugar das línguas na Política Linguística da Universidade Federal da Fronteira Sul: uma análise entre o planejamento linguístico e as ações implementadas no Campus Chapecó/SC”.
A trajetória de Darlise com a pesquisa foi, inicialmente, a apropriação do documento e a busca pelo histórico do desenvolvimento da Política Linguística. Depois, a pesquisadora agregou as línguas que estão no universo acadêmico da UFFS – Campus Chapecó, ou seja, verificou “como as línguas são ‘olhadas’, como são implementadas dentro da Política Linguística da Universidade”.
Segundo a professora Maria, que é coordenadora pedagógica de língua espanhola do programa Idiomas sem Fronteiras, a Política Linguística tem a função de criar caminhos, ações e planejamentos para a internacionalização da universidade. “Nossa universidade está credenciada na Rede ISF, vinculada à Andifes, e dentro dessa rede discute-se muito sobre a Política Linguística. Inclusive foi por causa da Rede ISF que as universidades começaram a pensar nas suas políticas, lá em 2017, 2018, já que era necessário aprovar a Política Linguística nas universidades para continuar com o vínculo com a Rede ISF”.
Portanto, para ela, a análise crítica do documento é um importante trabalho para a universidade, por conta do ineditismo e como forma de potencializar e colocar o documento em um lugar de destaque. “Como professoras de línguas, tanto ela quanto eu, nosso interesse foi verificar como as línguas estrangeiras estão colocada no documento, qual o papel e a função delas. Elas são essenciais, são a base para a internacionalização”, explica.
De acordo com Darlise, o documento abrange o multilinguismo da universidade. “No olhar para a íntegra do documento, percebemos um amparo muito interessante sobre as línguas faladas, como se apresentam dentro do contexto universitário. No entanto, também percebemos que há uma certa fragilidade no aspecto das línguas escritas. A língua portuguesa, pelo lado de estrutura, também é minimamente contemplada. Quando aborda as diferentes línguas, a política não se detém especificamente às que fazem parte do contexto da nossa colonização como um todo”, destaca.
O caminho para a ampliação das ações visando o atendimento da Política Linguística, segundo a professora Maria, passa por uma poio da Instituição como um todo, já que o documento é da universidade, e não de um programa. Atualmente, ressalta a professora, para que aconteçam atividades conta-se com o voluntariado de professores e, em geral, são poucos nessa atuação.
Segundo seus estudos, Darlise ainda salienta que o documento poderia especificar que cursos, setores e projetos, por exemplo, poderiam fazer diferente com as línguas estrangeiras – como cursos de extensão, a pesquisa, a graduação ou a pós-graduação. “O Programa de Línguas (Prolin) está bastante contemplado porque é o responsável direto pela política, legalmente. Mas poderia ser dada voz à graduação e à pós-graduação, por exemplo, até porque há uma ligação direta entre a Política Linguística e a internacionalização da Instituição”, finaliza.
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