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A UFFS – Campus Chapecó teve três projetos de pesquisa aprovados em editais da Fapesc cujos resultados foram divulgados recentemente. Os autores dos projetos são os professores Anderson Funai (Enfermagem), Marlon Brandt (Geografia) e Claiton Márcio da Silva (História).

Conforme a coordenadora adjunta de Pesquisa e Pós-Graduação da UFFS – Campus Chapecó, professora Samira Peruchi Moretto, os professores da Instituição coordenam e colaboram em projetos de pesquisa vinculados às mais diversas áreas do conhecimento. Atualmente, ainda segundo ela, são aproximadamente 500 projetos institucionalizados.

Ela ressalta que as aprovações de projetos com financiamento externo viabilizam o desenvolvimento de pesquisas científicas. Acrescenta, ainda, que o auxílio financeiro contribuirá para a estruturação de laboratórios, ampliação dos acervos, aquisição de materiais para o desenvolvimento das pesquisas e no auxílio da divulgação do conhecimento produzido pelos pesquisadores da UFFS – Campus Chapecó. E ressalta que as aprovações também demostram o reconhecimento das agências, tanto pela qualidade das pesquisas que são desenvolvidas, quanto pela trajetória dos pesquisadores da nossa instituição.

“Os editais da FAPESC foram muito concorridos e mesmo assim, tivemos as três aprovações. Fazem parte desses projetos pesquisadores, professores de outras instituições, graduandos, mestrandos, doutorando e pós-doutorados, e essa integração resulta no fortalecimento das redes de pesquisa em nível nacional e internacional dos grupos da UFFS. Importante ressaltar, também, que foram mais de 30 submissões de propostas de professores alocados no Campus de Chapecó, e muitos professores, mesmo sem terem recebido o recurso solicitado pela limitação orçamentária do edital, tiveram o mérito reconhecido pela FAPESC”, finaliza ela.

Saiba mais sobre os projetos

Chamada Pública Fapesc nº 16/2020 Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde – PPSUS

Projeto: Fatores associados a internação psiquiátrica de idosos das Macro Regiões de Saúde Joaçaba e Grande Oeste de Santa Catarina

Coordenador: professor Anderson Funai

Em qual contexto o projeto surgiu?

Quando o Edital foi lançado, solicitei uma reunião com a Coordenação da Macrorregional  de Saúde Grande Oeste para saber se haveria interesse em construir um projeto para submeter à FAPESC. A enfermeira Otília Rodrigues (Coordenadora da Macro) prontamente aderiu a ideia e perguntou se a Macro Joaçaba poderia ser inserida na proposta. Como a Psiquiatria/Álcool e Drogas é minha área de atuação, a proposta foi construída nessa perspectiva com os Professores do Grupo de Pesquisa GEPEGECE, Profissionais das Macrorregionais e com o Professor Felipe Barreto (Psiquiatra/Psicogeriatra), que passou a integrar o grupo de pesquisa. O tema principal da pesquisa saiu da necessidade do serviço em compreender esse processo de internação psiquiátrica de idosos da região com a intenção de contribuir com a saúde pública na prevenção e promoção da saúde do idoso.

- Quais os objetivos do projeto e como ele vai ser desenvolvido?

O objetivo é compreender quais os fatores contribuem para internação e não internação de idosos que realizam tratamento psiquiátrico. É uma pesquisa do tipo Caso-Controle. Identificaremos os idosos que foram internados no ano de 2020 em unidades de psiquiatria e, a partir desses casos, indentificaremos um controle no município de origem do participante-caso para compreender quais os fatores contribuíram para o desfecho internação. Após esse processo será possível colaborar com as equipes de saúde/assistência social na identificação de fatores que possam contribuir na prevenção da internação psiquiátrica.
    
- Quantas pessoas estarão envolvidas na pesquisa?

A Equipe de Pesquisa é grande, com 17 pessoas envolvidas na equipe de pesquisa.

- 9 enfermeiros professores da UFFS
- 3 enfermeiras da Secretaria Estadual de Saúde - SES
- 1 administrador da SES
- 1 psiquiatra professor da UFFS
- 3 estudantes de Graduação da UFFS (2 da Enfermagem e 1 da Medicina)

- Qual a importância dessa aprovação do projeto pela Fapesc?

São várias questões importantes.
- Poder realizar uma pesquisa a partir da necessidade do serviço público de saúde.
- Colocar a UFFS no "Mapa de IES" que captam recurso junto a Agências de Fomento
- Integrar estudantes no campo da pesquisa
- Fortalecimento do Grupo de Pesquisa
- A questão da Carreira Docente, pois retornei do afastamento do doutoramento em novembro de 2019 e essa foi a primeira tentativa de captar recurso junto a agência de fomento, e pra nossa alegria, tivemos sucesso na primeira empreitada.


Chamada Pública FAPESC nº 12/2020 – Programa de Pesquisa Universal

Projeto: História Ambiental da suinocultura no Oeste de Santa Catarina (décadas de 1920 a 1990)

Coordenador: professor Marlon Brandt

Qual o projeto aprovado e em qual contexto ele surgiu?

O projeto "História Ambiental da suinocultura no Oeste de Santa Catarina (décadas de 1920 a 1990)" está ligado ao grupo de pesquisadores do  Fronteiras: Laboratório de História Ambiental da UFFS. Desde a criação do grupo, em 2018, vem atuando nas pesquisas voltadas à temática da História Ambiental, dentro de temas como a criação de animais, a formação de monoculturas, como a de soja e as transformações na paisagem do Oeste Catarinense através da colonização, exploração madeireira e modernização da agricultura.

- Quais os objetivos do projeto e como ele vai ser desenvolvido?

O projeto procura analisar de que forma as diferentes técnicas de criação, desde o porco criado “à solta” pela população cabocla, aos modernos chiqueiros integrados ao setor agroindustrial transformaram o meio ambiente e a paisagem do espaço rural do Oeste catarinense entre as décadas de 1920 a 1990.

- Quantas pessoas estarão envolvidas na pesquisa?

São três docentes do Fronteiras. Atuam também no projeto os professores Claiton Márcio da Silva e Samira Peruchi Moretto.

- Qual a importância dessa aprovação do projeto pela Fapesc?

Contar com recursos que viabilizem atividades em campo e visitas a acervos e instituições de pesquisa.

Projeto: A Era da Soja no Mercosul (1970-2020)

Coordenador: professor Claiton Márcio da Silva

- Qual o projeto aprovado e em qual contexto ele surgiu (de um grupo de pesquisa, por exemplo)?

A Era da Soja no Mercosul (1970-2020) surgiu a partir de um grupo de pesquisa/laboratório chamado Fronteiras: Laboratório de História Ambiental da UFFS. Esse projeto inicial gerou um evento em 2018, aprovação de um projeto no edital universal do CNPq em 2018, minha bolsa de produtividade em pesquisa no CNPq e agora esse projeto da FAPESC.

- Quais os objetivos do projeto e como ele vai ser desenvolvido?

O presente projeto analisará a história da expansão do cultivo de soja, durante o século XX no Mercosul e suas múltiplas interfaces, tais como o aumento do desmatamento, do uso de agrotóxicos, da demanda internacional pelos produtos e dos conflitos pela posse e uso da terra; será desenvolvido a partir de três grupos: um produzirá uma cartografia da expansão da soja; outro, as questões históricas; e, o terceiro grupo analisará as possibilidades de oferecer produtos sociais para diminuir os efeitos socioambientais da sojicultura.

- Quantas pessoas estarão envolvidas na pesquisa?

Além de dez pesquisadores da UFFS, esse é um projeto articulado entre várias instituições nacionais e internacionais, como a Universidade de Quilmes (Argentina), o Rachel Carson Center (Alemanha), Universidade Johanes Kepler (Áustria), Aarhus University (Dinamarca), Unicentro, UFSC e UPF (Brasil), e ainda conta com pesquisadores de Princeton (EUA), e pesquisadores radicados na Suíça, Suécia e Estados Unidos.

- Qual a importância dessa aprovação do projeto pela Fapesc?

Contar com recursos que viabilizem a estruturação de um laboratório de ponta em pesquisa sobre a soja e proporcionar pesquisa de campo.