Publicado em: 06 de janeiro de 2020 09h01min / Atualizado em: 06 de janeiro de 2020 10h01min
A acadêmica Sabrina Grifante e a professora Daniella Reche, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim, conquistaram o primeiro lugar da Região Sul no III Prêmio Rosa Kliass, promovido pela Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP).
O concurso é voltado para alunos que tenham abordado em seus Trabalhos Finais de Graduação (TFGs) proposições relacionadas à arquitetura paisagística e planejamento da paisagem. Os cursos das instituições indicam ao prêmio os melhores trabalhos com essa abordagem, defendidos durante o ano e que representam a síntese dos conhecimentos adquiridos ao longo de toda a Graduação. Esta é a segunda vez que representantes da UFFS vencem o concurso. Em 2017, a acadêmica Sheila Andrade também angariou o prêmio.
A cerimônia de premiação ocorreu no dia 30 de novembro, em São Paulo – SP, durante o evento “Diálogos de arquitetura e urbanismo”. Os vencedores receberam o prêmio das mãos da arquiteta e paisagista Rosa Kliass, pioneira da arquitetura paisagística no Brasil e fundadora da ABAP.
Da esquerda para a direita: a acadêmica Sabrina Grifante, a arquiteta e paisagista Rosa Kliass e a professora Daniella Reche (Foto: Angelo Lése)
No evento também ocorreram duas mesas-redondas, uma com a participação dos jurados do concurso e outra com os alunos premiados, que tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos.
Sabrina venceu o concurso com o trabalho “O espaço público como reaproximação – Requalificação do Parque do Salto na cidade de Salto Veloso, Santa Catarina”, orientado pela professora Daniella. A proposta foi desenvolvida e defendida no curso de Arquitetura e Urbanismo da UFFS no ano de 2018.
O trabalho de Sabrina teve por objetivo valorizar o potencial paisagístico e simbólico do Parque do Salto, localizado em Salto Veloso – SC. “O projeto buscou estratégias que assegurassem a vivência cotidiana dessa paisagem pelos moradores, além de atribuir usos que incentivassem a inserção da cidade em um circuito turístico ligado ao meio ambiente”, fala a professora Daniella.
– Houve também uma atenção especial a questões importantes, relacionadas ao desenho urbano e paisagístico, que exploram a interatividade do usuário a partir de todos os seus sentidos corporais, seja nos espaços de permanência, seja nos espaços do caminhar, criando diferentes sensações visuais, sonoras, olfativas, hápticas, o que torna o espaço facilmente apropriado. Assim, a proposta do parque integrou-se plenamente à paisagem, possuindo uma linguagem projetual clara que contemplou tanto questões técnicas (de acessibilidade, por exemplo), quanto questões simbólicas – aponta a docente.
A acadêmica Sabrina falando sobre o projeto para o público do evento (Foto: Divulgação/ABAP)
Sabrina pontua que o trabalho é um olhar atencioso para questões de desenho e ambiência urbana, de respeito à escala do local e de entendimento quanto às necessidades dos possíveis usuários da proposta. “Essa é uma das características do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFFS: instigar o aluno quanto às diversas realidades urbanas existentes e incentivá-lo a desenvolver propostas em diferentes escalas”, diz a acadêmica.
– Me sinto muito honrada e feliz em ter meu Trabalho Final de Graduação reconhecido pelo Prêmio Rosa Kliass. Também fico feliz por desenvolver uma proposta para minha cidade natal, por aplicar todo o conhecimento teórico, técnico e também sensível adquirido durante o curso. Agradeço a todo o corpo docente da Universidade e, em especial, ao curso de Arquitetura e Urbanismo – comemora.
Parte do projeto elaborado pela acadêmica da UFFS (Créditos: Divulgação)
A professora Daniella diz que é muito gratificante o reconhecimento do trabalho da aluna, pois reforça a qualidade da formação oferecida pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UFFS e a inserção da Instituição nos debates nacionais.
- Observar nossos egressos atuando a partir de uma elevada capacidade técnica, mas, principalmente, comprometidos socialmente, é o que nos motiva como educadores – diz.
Conforme a docente, durante o evento os jurados afirmaram que o trabalho de Sabrina destacou-se pela completude da proposta nas suas diferentes escalas. “Eles destacaram a sensibilidade e o respeito em relação às vivências que ocorrem no lugar onde a aluna intervém”, diz Daniella. “A presidente da ABAP, Luciana Bongiovanni Martins Schenk, durante o evento, muito emocionada, discorreu sobre a proposta da Sabrina, destacando essa sensibilidade. De acordo com ela, o projeto da Sabrina é inspirador de esperança”, finaliza a professora.
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