Publicado em: 25 de agosto de 2021 11h08min / Atualizado em: 25 de agosto de 2021 11h08min
Você já ouviu falar em SIG? Trata-se de uma sigla para Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Esses sistemas permitem o mapeamento inteligente para que pesquisadores possam fazer correlações entre a representação espacial de cidades, com informações de diversas naturezas. “Através desse sistema podemos gerir informações que têm uma correspondência espacial, como um terreno na cidade. Podemos ter o desenho de um terreno e uma série de informações como localização, proprietário, área, zoneamento, dados do IPTU, etc”, explica a professora Daiane Valentini, do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFFS - Campus Erechim.
O SIG é o alicerce de um projeto de pesquisa coordenado pela professora que estuda, em conjunto com as colegas Andreia Saúgo, Angela Favaretto e Renata Goettems, dentro da área da arquitetura e urbanismo e do planejamento urbano e regional, métodos de leitura e análise da paisagem. O projeto já fez com que muitos acadêmicos da UFFS realizassem mapeamentos para pequenos municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Os alunos não contavam com uma base cartográfica atualizada e utilizaram o SIG para desenvolver seus Trabalhos Finais de Graduação (TFGs)”, conta Daiane. Difundindo a metodologia, a pesquisa, assim, auxilia os futuros arquitetos e urbanistas com ferramentas mais precisas para o desenvolvimento de seus trabalhos e abre novas possibilidades de atuação profissional.
O sistema permite gerir uma grande quantidade de informações, por isso é tão importante sua utilização por todos os profissionais que desenvolvem seu trabalho com ênfase na espacialidade, como os arquitetos e urbanistas. Há um curso sobre o SIG oferecido semestralmente aos acadêmicos da Universidade, mais especificamente nas disciplinas ligadas aos projetos de urbanismo, paisagismo, planejamento urbano e regional e também na orientação de TFGs. “A capacitação é ministrada aos alunos desde 2016. Já chegamos a levá-la a eventos científicos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 2018, e também na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em 2019”, diz a professora Daiane.
Entre os dias 2 e 6 de agosto, o grupo do projeto de pesquisa ministrou o curso remotamente para 15 pesquisadores do Laboratório do Ambiente (Labam) da Universidade Federal de Goiás (UFG), entre estudantes de graduação, pós-graduação e alguns professores. O diálogo entre as duas instituições foi estabelecido por meio da professora Renata Goettems, que também é colaboradora do Labam.
Capacitação remota para equipe da Universidade Federal de Goiás foi realizada no início de agosto
“Tivemos quatro estudantes da UFFS como cursistas. Esses quatro fazem parte dos outros projetos de pesquisa da equipe, e que precisavam ser capacitados. Outras três estudantes (Bruna K. Reis, Alice Santos e Luiza Tonial) nos auxiliaram e ministraram parte do curso, além de trabalharem na organização e no relatório final”, pontua Daiane.
No curso, os exercícios são voltados para a aprendizagem e aplicação da ferramenta e, também, seus métodos de uso. Em 2020, com o desafio do ensino remoto, os materiais didáticos tiveram que ser adaptados. Foram desenvolvidas apostilas com exercícios, disponibilizados vídeos de apoio no YouTube e publicados artigos para o aprofundamento teórico-metodológico. O projeto tem financiamento da UFFS para 2020/2021 e, atualmente, bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
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