Publicado em: 26 de março de 2014 13h03min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 07h01min
Professores da rede estadual de educação que atuam nas salas de recursos multifuncionais, intérpretes e estudantes que cursam a disciplina de Educação Inclusiva em cursos de graduação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim participaram, nesta quarta-feira (26), da primeira etapa do curso de extensão “Sala de Recursos Multifuncional: Perspectivas e Possibilidades na Educação Inclusiva”.
A abertura oficial da atividade aconteceu às 8h30, no auditório do Seminário Nossa Senhora de Fátima, com palestra do professor da UFFS – Campus Erechim Roberto Rafael Dias da Silva. Pela tarde a programação foi um diálogo com a professora da rede estadual de ensino, Ângela Malicheski, a qual também coordenou um debate entre os participantes.
Conforme a coordenadora do curso, professora da UFFS – Campus Erechim, Sonize Lepke, foram abertas 70 vagas para o curso e todas foram preenchidas.
A atividade contará com 10 encontros, que acontecerão até dezembro, com duração total de 80 horas-aula. O curso de extensão conta com apoio institucional, por meio do Edital 518/UFFS/2013 – Apoio a Programas e Projetos de Extensão, e parceria da 15ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Em pauta
Durante a tarde de ontem um dos momentos realizados foi um espaço de diálogo em que cada professora da rede estadual pôde expor as suas experiências de trabalho nas salas de recursos ou como intérprete. Para a especialista em deficiência visual, Ângela Malicheski, momentos como esse são muito importantes pois, muitas vezes, os profissionais que atuam nesses espaços se sentem sozinhos. “Às vezes apenas o fato de trocar uma ideia com outros professores que vivem situações semelhantes já auxilia na busca por alternativas para conseguir melhorar os resultados com os alunos”, explica.
As salas de recursos multifuncionais existem na maior parte das escolas estaduais e atendem, no contraturno escolar, estudantes com algum tipo de deficiência e que frequentam o Ensino Fundamental e Médio. “Elas funcionam como um apoio para o professor das disciplinas regulares e é importante que se entenda que esses espaços não resolvem as situações isoladamente. É preciso uma integração muito grande entre os professores que atuam em sala de aula, os professores das salas de recursos e os intérpretes para que se tenha um bom resultado no atendimento dos alunos”, esclarece Ângela.
A professora Sonize, que trabalha com a Língua Brasileira de Sinais (Libras), lembra que a garantia do direito à inclusão de crianças e jovens com deficiência em turmas regulares é relativamente recente – entrou em vigor em 2007 – e ainda há obstáculos para que se consiga promover uma educação inclusiva de qualidade. O espaço de formação proporcionado com o curso de extensão visa iniciar um processo de reflexão que possibilite multiplicar as alternativas do exercício da docência na educação inclusiva.
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