Publicado em: 17 de novembro de 2011 12h11min / Atualizado em: 05 de janeiro de 2017 08h01min
Questões Agrárias na Panamazônia No Século XXI: usos e abusos do território foi o tema orientador das reflexões do V Simpósio Internacional de Geografia Agrária e do VI Simpósio Nacional de Geografia Agrária (SINGA), que foi realizado entre os dias 7 a 11 de novembro de 2011, na Universidade Federal do Pará, na capital Belém.
No evento, que contou com cerca de 1.200 participantes, a UFFS esteve representada pelos docentes do curso de Geografia do Campus Erechim, Márcio Eduardo e Paula de Faria Lindo, e pela discente do curso, Shaiane Gaboardi, que apresentaram os trabalhos “Agroecologia e Cartografia: o mapa mental como instrumento de representação do território camponês” e “Ecologismo Popular e Campesinato: leituras a partir da via campesina, Fetraf-Sul e CAPA”.
Para a acadêmica do curso de Geografia da UFFS, Shaiane Gaboardi, participar do SINGA foi uma experiência importante por propiciar a inserção e o diálogo com outras realidades. “O evento oportunizou a socialização e a troca de experiências com outros acadêmicos e profissionais da área, contribuindo substancialmente com a minha formação em Geografia Agrária”, afirmou.
Segundo o professor da UFFS, Márcio Eduardo, o SINGA tem se constituído em importante espaço acadêmico onde a universidade, a sociedade civil e os movimentos sociais reúnem-se para debater urgentes e complexos temas relacionados à questão agrária no âmbito da Geografia.
Os eixos que compuseram o SINGA
Três grandes eixos unificaram o debate durante o SINGA: A iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-americana (IIRSA), conjunto de ações políticas de grande amplitude, problematizando o paradigma de desenvolvimento e sustentabilidade, bem como seus impactos sobre os ecossistemas, os biomas, as nações indígenas, os povos da floresta, caboclos, ribeirinhos, camponeses e seus modos de vida; As formas de apropriação dos recursos naturais na panamazônia, discutindo os conflitos que são construídos em torno dessas apropriações e, por fim, a relação entre estado e a questão agrária, problematizando as políticas de estado para o campo na panamazônia. Completando essa programação, realizou-se a Jornada Jean Hébette, “Capital e Campesinato em conflito” em homenagem a esse pesquisador, cuja obra desde a década de 1980 denuncia os múltiplos impactos e contradições da chegada dos projetos de exploração mineral e hidrelétricos na Amazônia. A organização e realização do evento foi produto do trabalho coletivo entre universidades da Amazônia, a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB/Seção Belém), representantes dos movimentos sociais e de instituições governamentais.
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