Publicado em: 07 de abril de 2017 00h04min / Atualizado em: 07 de abril de 2017 00h04min
A UFFS – Campus Erechim realizou, na quinta-feira (6), o primeiro debate local sobre a II Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão (COEPE). A Audiência Pública reuniu a comunidade acadêmica e regional para avaliar os resultados da I COEPE, com base nas ações desenvolvidas entre 2010, ano da primeira edição, e 2016, e definir os eixos temáticos que serão discutidos na II Conferência no âmbito do Campus Erechim.
O vice-reitor, Antônio Andrioli, abriu o evento destacando que a I COEPE foi um momento histórico para a UFFS, por conseguir reunir, poucos meses após a sua instalação, a comunidade regional para discutir os seus rumos. “Entendemos que fazer as coisas bem-feitas e de forma rápida não poderia prescindir da participação da comunidade, por isso criamos um amplo movimento de construção da UFFS. E foi sobre essa base que nós construímos os nossos 45 cursos de Graduação, 12 mestrados e a nossa história nestes 7 anos de vida”. Em relação à segunda edição da COEPE, Andrioli ressaltou que “a UFFS de hoje é uma universidade que atraiu intelectuais de muitas regiões, consolidou a presença de intelectuais desta região e hoje mostra para a sociedade que é possível promover, ao mesmo tempo, inclusão social e excelência acadêmica, e que os dois princípios não são excludentes”.
O diretor do Campus Erechim, Anderson Ribeiro, apresentou um histórico da primeira edição. Em sua fala, Ribeiro destacou que na ocasião da I COEPE, em 2010, a UFFS era uma universidade em construção em todos os seus aspectos e a realidade daquele contexto indicou que os objetivos e as ações prioritárias da Instituição deveriam estar voltadas para princípios como consolidação da Graduação, elaboração do Plano de Desenvolvimento da Graduação, valorização das carreiras do magistério, formação de profissionais oriundos de grupos específicos, criação e implementação de políticas de acesso e permanência, fortalecimento do trabalho com temas interdisciplinares, busca por condições de infraestrutura de funcionamento da Graduação, e promoção de intercâmbio com outras instituições de Ensino Superior, no que se refere à Graduação; definição de políticas e diretrizes da Pós-Graduação, definição das áreas prioritárias para a implantação de programas stricto sensu e de cursos de especialização, realização de convênios e parcerias, criação de condições para assegurar excelência acadêmica dos cursos de Pós-Graduação e definição de políticas de apoio à capacitação dos servidores docentes e técnico-administrativos nesta área; definição das políticas e as diretrizes da Pesquisa na UFFS, fomento e oficialização dos grupos de Pesquisa; potencialização da formação de pesquisadores, promoção da Pesquisa e divulgação dos conhecimentos produzidos; e definição das políticas e diretrizes da Extensão, realização de convênios e parcerias, divulgação das ações e definição das áreas e linhas prioritárias da Extensão na UFFS.
Na sequência, colaboradores da I COEPE que atuaram como coordenadores de grupos de trabalho, relatores ou painelistas fizeram explanações sobre o que foi e o que não foi possível efetivar, entre os anos de 2010 e 2016, dos objetivos e ações prioritárias aprovadas na plenária final da primeira edição.
Finalizada a parte da Audiência Pública destinada à avaliação e indicação das limitações e lacunas da I COEPE, o público presente acompanhou a apresentação das propostas dos temas que serão debatidos em grupos de trabalho. Os doze eixos temáticos escolhidos foram: 1) Agricultura Familiar e Agroecologia; 2) Consolidação e Expansão; 3) Direitos Humanos, Cidadania e Movimento Sociais; 4) Educação Básica e Formação de Professores; 5) Educação Popular, Democrática e Participação da Comunidade Regional; 6) Inclusão e Ações Afirmativas; 7) Integração Acadêmica, Currículo e Interdisciplinaridade; 8) Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energias Renováveis; 9) Gestão, Cooperativismo, Economia Solidária e Desenvolvimento Social; 10) Universidade, Sociedade e Formação Crítica; 11) Relações Étnico-raciais, Diversidade Sexual e de Gênero; 12) Acesso, Permanência, Moradia Estudantil, Retenção e Evasão.
Com base nesta definição, deverá ser criado, até o dia 20 de abril, um Grupo de Trabalho (GT) para cada eixo temático. Estes grupos vão discutir, sistematizar e elaborar propostas com objetivos e metas para as políticas e ações de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e a atuação da UFFS na Mesorregião da Fronteira Sul. Este trabalho será realizado entre os meses de abril e julho de 2017. Está prevista ainda para acontecer, de 14 a 18 de agosto, uma semana de socialização das discussões promovidas pelos grupos de trabalho, e de 20 a 30 de agosto, debates internos e encaminhamentos dos GTs. A plenária final, que será realizada em Chapecó e reunirá as contribuições de todos os campi da UFFS, está prevista para acontecer no mês de setembro.
Ribeiro avaliou como boa e qualificada a participação da comunidade acadêmica e regional, considerando a diversidade de atividades que a UFFS desenvolve simultaneamente. “Tanto a avaliação da I COEPE quanto a discussão acerca dos fóruns temáticos contou com a participação ativa dos presentes. Os debates destacaram tanto assuntos relevantes para a Instituição, como Agroecologia, Direitos Humanos, Educação Popular, Meio Ambiente, Cooperativismo, Relações Étnico-raciais e Diversidade Sexual e de Gênero, como temas estruturais, como consolidação, inclusão, currículo e interdisciplinaridade, acesso, permanência, retenção e evasão”. Na opinião do diretor, “das discussões e reflexões realizadas na Audiência, podemos afirmar que para se consolidar como uma universidade popular, inclusiva e de qualidade, será fundamental a discussão dos temas estruturais a cerca da permanência estudantil, da flexibilização curricular e da interdisciplinaridade”.
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