Fórum de Estudos, no Campus Erechim, socializa experiências baseadas na obra de Paulo Freire

Publicado em: 25 de maio de 2012 13h05min / Atualizado em: 05 de janeiro de 2017 10h01min

Com a participação de professores universitários e da Educação Básica, estudantes de graduação e pós-graduação e militantes de movimentos sociais vindos de vários estados, foi aberto na noite da última quinta-feira (24) o 14º Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire. Nesta edição o evento tem como sede a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim, que recebeu os participantes para discutir o tema “Educação Popular e Transformação Social”. A assembleia de encerramento do fórum acontece neste sábado (26), no Centro Cultural 25 de Julho.

 Conforme o professor da UFFS e integrante da Comissão Organizadora, Thiago Ingrassia, o fórum busca ser uma espaço de encontro de pessoas que têm em Paulo Freire referência ética, política e pedagógica. “Diferente de outros espaços acadêmicos, o evento, que se constrói anualmente de forma itinerante e dialógica é fundamentado na autoria, ou seja, constitui seu público por meio da participação ativa das pessoas”, explica.

Foi por esse motivo que não houve inscrições na modalidade ouvinte. “O propósito do evento é que todos e todas ouçam e falem, sejam, portanto, sujeitos”, diz Ingrassia. Foram inscritos nos diferentes eixos de discussão do fórum 256 trabalhos. Segundo os organizadores, levando em consideração as coautorias, o público estimado foi de 400 pessoas.

As acadêmicas do curso de Pedagogia da Unijuí – Campus Santa Rosa, Daniele Müller e Aline Rockbach, trouxeram um vídeo como contribuição para o fórum. “Paulo Freire faz parte das nossas leituras e dos nossos trabalhos da Universidade. Ele nos motiva para a transformação social por meio da Educação”, argumenta Daniele.

Participação

O coordenador acadêmico da UFFS – Campus Erechim, Luís Fernando Santos Corrêa da Silva, destaca a representatividade alcançada pelo Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire, que chegou a sua 14ª edição. “O fórum nasceu regional, mas hoje transcende essa limitação”, pontua. Segundo ele, boa parte desse desempenho se deve à constituição de uma rede articulada por universidades de todo o Estado e da mobilização por meio de pré-fóruns. Além da UFFS, a realização do evento contou com a participação da Unijuí, URI, Furg, UFPEL, além do apoio do IFRS, PUC, UFRGS, FAE e UERGS.

Educação popular

Questões inerentes ao formato de uma educação que atenda ao conceito de popular foram levantadas já na abertura do fórum, dando o tom que permeou as conversas nos eixos de discussão. O diretor da UFFS – Campus Erechim, Ilton Benoni da Silva, lançou questionamentos acerca do próprio processo de construção de uma educação popular. “Nesse sentido o acúmulo de debates dentro do fórum é importante como sinalizador de possíveis caminhos”, afirma.

Ele ressalta que a pluralidade de contribuições representada pela diversidade do público presente é um elemento que enriquece o processo de construção de proposições nessa direção. Ao mesmo tempo, destaca que esse diálogo com diferentes públicos é uma característica da UFFS – Campus Erechim. “Nós nos constituímos e estamos nos desenhando nesse diálogo com diferentes sujeitos, o fórum reforça essa experiência”, expõe.