Publicado em: 11 de dezembro de 2012 12h12min / Atualizado em: 05 de janeiro de 2017 12h01min
Estudantes e professores do curso de Geografia – Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Erechim realizaram, entre os dias sete e nove de dezembro, trabalho de campo referente às disciplinas de Geografia Rural e Geomorfologia.
O objetivo da atividade foi proporcionar a experiência de observação e análise, nos locais visitados, de conteúdos apreendidos teoricamente em sala de aula. O roteiro incluiu os municípios de Erechim, Pontão, Cambará do Sul, Praia Grande e Torres, no Rio Grande do Sul; Lauro Müller, Bom Jardim da Serra e São Joaquim, em Santa Catarina.
Os estudantes conferiram, em atividade no assentamento Anoni, localizado no município de Pontão/RS e ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aspectos da história da luta pela terra no estado. O grupo também visitou a “Encruzilhada Natalino”. Conforme o professor da UFFS – Campus Erechim, Márcio Eduardo, que acompanhou o grupo, o local é um marco histórico da luta pela terra no Rio Grande do Sul, onde estiveram acampadas aproximadamente quatro mil pessoas na década de 1980, articuladas a movimentos sociais e organizações diversas anteriores ao próprio MST. A ação resultou na desapropriação de terras em âmbito regional para o assentamento de famílias em três fazendas, entre as quais a Anoni.
No roteiro do trabalho de campo também foram conhecidas experiências atuais de educação popular (Instituto Educar) e de organização social e produtiva dos assentados (cooperativa Cooptar).
Outras observações na área da Geografia Rural, realizadas durante o trabalho de campo, estão relacionadas às diferentes formações territoriais visualizadas na dinâmica das paisagens dos Campos de Cima da Serra e do Parque Nacional dos Aparados da Serra, no litoral Norte gaúcho, e das áreas de colonização italiana em Santa Catarina.
Resultado
A professora da UFFS – Campus Erechim, Kátia Kellem, que também acompanhou o grupo, ressalta a importância da realização de atividades de campo com as turmas de Geografia para o estudo da Geologia, Geomorfologia e dos solos. “Durante as atividades de campo é possibilitado ao aluno apropriar-se de metodologias de análises do relevo, das litologias e dos solos e, desta forma, tornar os conteúdos vistos em sala de aula mais significativos, otimizando o aprendizado, inclusive, ao relacionar a prática de observação de campo com o ensino de Geografia no movimento de formação do futuro profissional”, diz.
Para o professor Márcio Eduardo o trabalho de campo é indispensável para a formação do profissional de Geografia. “Esses momentos propiciam aos acadêmicos construírem seus quadros socioespaciais referenciais para o estudo de Geografia; caso contrário fica comprometida a análise dos processos geomorfológicos e da organização do espaço agrário, por exemplo”, afirmou.
Como resultado da atividade de campo, os 30 estudantes que participaram da atividade elaborarão relatórios, incluindo produção de materiais gráficos e cartográficos, utilizando os conceitos e metodologias das disciplinas na apreensão dos fenômenos observados.
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