Publicado em: 04 de novembro de 2011 12h11min / Atualizado em: 05 de janeiro de 2017 08h01min
O consumo de leite não pasteurizado bem como de derivados lácteos preparados com esse tipo de leite representam riscos ao consumidor. É o que reafirma uma pesquisa realizada pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim. A Universidade vem realizando pesquisas nessa área com a finalidade de conscientizar a população sobre os riscos de consumir o chamado “leite cru”.
A pesquisa também demonstrou, que apesar dos riscos, em Erechim é alto o índice de comercialização desse tipo de alimento. Uma das explicações para isso seria o valor de comercialização reduzido quando comparado com o leite beneficiado comercializado nos mercados.
Um dos coordenadores da pesquisa, professor Fernando Skonieski, explicou que apesar das pesquisas ainda estarem no início, elas já mostram que mesmo com os imensos esforços realizados pela Secretaria Municipal de Agricultura e Segurança Alimentar e do Serviço de Inspeção Municipal de Erechim, é muito difícil modificar esse cenário sem a conscientização dos consumidores de leite, já que na grande maioria das vezes, a comercialização desse produto ocorre diretamente nas residências.
Outro coordenador da mesma pesquisa, professor Fernando Zocche, ressaltou que medidas como o tratamento térmico industrial do leite são importantes para reduzir sua contaminação até níveis aceitáveis, devendo a população dar preferência a este tipo de leite. “O leite cru, mesmo que fervido nas residências dos consumidores pode permanecer com enzimas, toxinas e/ou esporos produzidos anteriormente por microrganismos e que podem causar doenças. Estas toxinas e/ou esporos estão relacionadas às inadequadas condições de higiene para obtenção e armazenamento do leite, bem como à saúde dos animais”, afirmou.
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