Pesquisa do Campus Erechim avalia enzimas para tratamento de efluentes

Publicado em: 14 de novembro de 2014 12h11min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 08h01min

Aumentar a eficiência de peroxidases – enzimas que podem ser usadas para o tratamento de efluentes industriais e na degradação de micotoxinas em grãos armazenados – é o objetivo de uma pesquisa que será realizada na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim. Recentemente, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) aprovou um projeto de fomento para o trabalho.

A coordenadora do estudo, professora da UFFS – Campus Erechim, Helen Treichel, explica que o objetivo é "avaliar a atividade de peroxidases em sistemas de ultrassom e micro-ondas", de maneira a torná-las ainda mais eficientes nas duas atribuições descritas. Ela explica que em termos ambientais “é sempre mais interessante utilizar enzimas, que são biocatalisadores biodegradáveis e podem ser reutilizadas, em vez de compostos químicos”. A Fapergs deverá repassar cerca de R$ 50 mil para a aquisição de equipamentos e reagentes.

Conforme a pesquisadora, as enzimas podem ser usadas para tratar efluentes de diferentes fontes industriais, especialmente aquelas que contêm corantes, como indústrias de balas e têxteis. No entanto, o foco da pesquisa que será desenvolvida na UFFS é os efluentes de destilarias.

Outra possibilidade que será avaliada com o tratamento das enzimas é potencializar seu uso para degradar micotoxinas que se formam na armazenagem de grãos. “Os fungos produzem essa toxina e essa enzima pode degradar”, explica a professora.

Além de Helen, participam do projeto a professora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Jaqueline Garda-Buffon, os professores da UFFS – Campus Erechim Altemir José Mossi e Gean Delise Pasquali Vargas, e o professor da UFFS – Campus Cerro Largo Daniel Joner Daroit.

Fomento

O Projeto de Pesquisa foi aprovado no Programa Pesquisador Gaúcho da Fapergs, com o título "Avaliação da atividade de peroxidases em sistema de ultrassom e micro-ondas". Tem dois anos de vigência e será desenvolvido com a colaboração de mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPG-CTA) e de estudantes de graduação do curso de Engenharia Ambiental da UFFS-Campus Erechim, bolsistas de Iniciação Científica e voluntários.