Publicado em: 07 de dezembro de 2023 10h12min / Atualizado em: 07 de dezembro de 2023 10h12min
Um projeto desenvolvido na UFFS - Campus Erechim que visa avaliar tilápias alimentadas com bioinsumos inovadores foi um dos contemplados no edital Inova Agro, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) do Rio Grande do Sul. Coordenado por Bernardo Berenchtein, professor do curso de Agronomia e diretor de Políticas de Graduação da UFFS, o projeto terá R$ 302 mil de financiamento. A expectativa é de que toda a cadeia seja contemplada com os resultados da pesquisa, desde as grandes indústrias beneficiadoras de produtos de origem animal, além de cooperativas e grandes e pequenos produtores da agricultura familiar.
Serão utilizadas 24 caixas viveiros em uma das estufas agrícolas do campus universitário. Nas caixas será feito o ciclo completo de criação de tilápias. Os peixes serão alimentados com bioinsumos provenientes de resíduos da agroindústria, tais como hidrolisados proteicos de penas, sangue e vísceras de frango. Depois, serão avaliados o desempenho, a digestibilidade e a qualidade da carne dessas tilápias.
Conforme o professor Bernardo, “a utilização de subprodutos que anteriormente eram descartados ou mesmo subutilizados na nutrição animal torna o mercado mais competitivo e mais sustentável ambientalmente, economicamente e gerencialmente”.
- Outro ponto é a produção de alimentos saudáveis para os consumidores e a ciclagem de nutrientes, que deixam de ser desperdiçados – destaca o docente.
O projeto conta também com a colaboração dos professores Hugo Von Linsingen Piazzetta e Nerandi Luiz Camerini.
Estufas agrícolas do Campus Erechim: uma delas vai abrigar as 24 caixas viveiros dos peixes
Sobre o edital
O edital Inova Agro da SICT tem por objetivo apoiar projetos de pesquisa aplicada para uso de tecnologia na resolução de dificuldades relacionadas ao agronegócio nas áreas estratégicas de irrigação, descarbonização, aumento da eficiência de produção e transição energética no Rio Grande do Sul, que envolvam parcerias entre instituições de ciência e tecnologia e no mínimo uma empresa, bem como com entidades da sociedade civil organizada e órgãos públicos, em um processo voltado ao fortalecimento do ecossistema gaúcho de inovação. Os projetos devem fornecer subsídios para que o Estado possa avançar nas quatro áreas prioritárias do agronegócio, podendo ainda auxiliar na criação de ambientes de inovação, na formação de startups, na criação de laboratórios multiusuários e estimular o desenvolvimento inovador do setor produtivo e de propriedades rurais.
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