Publicado em: 23 de outubro de 2019 10h10min / Atualizado em: 23 de outubro de 2019 15h10min
Diversos acadêmicos da região estão reunidos nesta semana, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim, apresentando mais de 300 trabalhos e pesquisas desenvolvidas em diferentes instituições. As atividades fazem parte da IX Semana do Diversa, evento macro da UFFS que congrega, entre várias ações, o IX Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). Além de estudantes da UFFS, acadêmicos do IFRS, Uergs, Ideau, URI, instituto Federal Farroupilha, entre outras instituições, estão apresentando trabalhos. A programação do Diversa iniciou na segunda e segue até sexta-feira e é aberta a toda a comunidade regional.
Quem passar pela UFFS nesses dias poderá conferir pesquisas como a que foi apresentada pelo acadêmico Vilson Conrado da Luz, que mostrou um trabalho desenvolvido com outros pesquisadores e que busca identificar fungos tolerantes ao cádmio. “Trata-se de um problema muito grande na agricultura porque ele está presente em vários fertilizantes de origem fosfatada”, explica Vilson. “Esses fertilizantes são adicionados ao solo e as concentrações de metal pesado são aumentadas a cada nova aplicação. A ideia do trabalho é avaliar os fungos que sejam tolerantes a esses metais para que eles possam estar em simbiose com plantas, auxiliando em processos de biorremediação.”
Esta não é a primeira vez que o acadêmico da UFFS apresenta trabalhos no Diversa. “No ano passado participei do SEPE e também do Simpósio em Ciência e Tecnologia Ambiental. Acho que esses eventos são extremamente importantes para divulgar o que a Universidade está fazendo em termos de ciência e para mostrar para a comunidade regional que a UFFS está presente e que tudo está sendo muito bem feito aqui dentro. Há pesquisas de qualidade, pessoas qualificadas e todas muito bem amparadas”, ressalta.
Outro exemplo de trabalho é o que foi apresentado pela acadêmica Érissa Machado Guimarães. “Apresentei um trabalho sobre as minhas vivências e sobre os desafios que tive a partir da minha experiência em monitoria, quando fui bolsista”, conta. “Falei sobre a necessidade da monitoria no sistema educacional de Ensino Superior, mais especificamente no nosso curso de Engenharia Ambiental e Sanitária aqui da UFFS.”
Érissa percebeu que a complexidade dos conteúdos relativos às ciências exatas podem acarretar a evasão dos acadêmicos. “Precisávamos de algumas ações e estratégias e acredito que a monitoria é uma delas”, diz. “Há um resultado muito bom. Assessorei 120 vezes em 1 ano de projeto, trabalhando com 28 acadêmicos. Utilizei um software para ajudar os alunos a visualizarem a parte de física. Notei que isso auxiliou muito na compreensão dos conceitos.”
Esta é a primeira vez que Érissa apresenta um trabalho no Diversa. Já participou de outras edições, mas só como ouvinte. “Apresentar um trabalho me auxilia a saber como falar em público. E acho muito importante essa oportunidade da Universidade de promover a exposição das pesquisas. A monitoria é uma ferramenta para a permanência dos acadêmicos na Instituição. Mostrando aqui no evento que a Universidade dispõe desse recurso, talvez ajude os acadêmicos a aproveitar melhor a sua formação”, pontua.
Uma das instituições externas que estão com acadêmicos apresentando trabalhos no evento é o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Erechim. A estudante Bruna Zanovello Mosena, do curso de Engenharia de Alimentos, ficou sabendo do SEPE a partir da coordenadora de um projeto do qual participa. Submeteu dois trabalhos. “Todo semestre os alunos do curso Técnico em Alimentos do IFRS precisam desenvolver um produto inovador. Assim, no nosso projeto, resolvemos fazer as análises microbiológicas para verificar a qualidade microbiológica e sanitária desses produtos”, conta.
Também do IFRS, a acadêmica Daniele Bergmeier apresentou um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2015, criado por Marlova Elizabete Balke. Daniele faz ações em escolas estaduais de Erechim que visam desenvolver, nos adolescentes, o senso crítico para uma alimentação mais saudável. “Neste ano estamos fazendo o trabalho na escola Santo Agostinho. É uma oportunidade de conviver com os alunos e aprender com eles também, porque eles têm dúvidas e a gente busca auxiliá-los. Falamos sobre o que vai trazer de bom para o organismo deles, pensando na fase adolescente e também na fase adulta”, fala a acadêmica.
Para Daniele, a Semana do Diversa é uma oportunidade de intercâmbio de conhecimentos entre as instituições de ensino. “Auxilia no meu desenvolvimento acadêmico, disseminando o trabalho sobre a alimentação saudável. Tem algo que influencia minha vida e na vida das outras pessoas. Sem falar do convívio também, pois estou conhecendo outras pessoas aqui da UFFS”, diz.
Quem quiser participar da Semana do Diversa pode conferir a programação no site https://www.uffs.edu.br/institucional/pro-reitorias/pesquisa-e-pos-graduacao/sepe/sepe-edicao-ix/programacoes.
Fotos: Dolisete Levandoski e Wagner Lenhardt/Ascom-ER.
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