Publicado em: 30 de maio de 2022 08h05min / Atualizado em: 30 de maio de 2022 08h05min
No dia 21 de maio ocorreu uma tarde cultural promovida pelo Coletivo Beatriz Nascimento, vinculado à Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim e em parceria com a Associação de Capoeira Angola Cultura Popular (ACACP). O evento foi realizado no Centro Cultural Africano e teve por objetivo estabelecer um diálogo pluricultural com a comunidade haitiana e senegalesa. Com o tema “Ciranda pluricultural: imigração e o grito da margem”, a programação foi prestigiada pela comunidade acadêmica e regional.
Houve intervenção artística da poetisa e acadêmica Tainá Silva Santos, seguida por uma ciranda pluricultural com a pesquisadora e militante Vânia Pinheiro e os acadêmicos Jackson Dimanche e Stephanie Toussaint, ambos haitianos, e com a liderança senegalesa Babu Gai. Depois o público assistiu às apresentações das rappers e acadêmicas Kety das Rimas e Cordélia, de Gabriel Padilha, Mestre Bahia e Yasmin Braga. Também houve degustação de comida típica haitiana, comercialização de produtos agroecológicos, artesanato e brechó.
Conforme a estudante Lindaura Simone Andrade Dos Santos, do curso de Licenciatura em Ciências Sociais, quem acompanhou a programação se sentiu contemplado com as discussões e também com as apresentações artísticas. “Sem dúvida foi uma tarde emocionante com cada verso poético e gesto de carinho, mas sobretudo com as falas pontuais no combate ao racismo estrutural”, diz.
Segundo Lindaura, a construção do Coletivo Beatriz Nascimento nasceu da emergência de espaços que discutam as relações étnico-raciais com ênfase no lugar da mulher negra e parda na UFFS - Campus Erechim.
“A constituição do coletivo foi um verdadeiro encontro, visto que a ideia era somente organizar a ‘Semana de Resistência: articulando falas, reivindicando origens, descolonizando mentes’. Mas a necessidade era gigante, então, decidimos criar novos espaços de diálogos e acabamos nos reconhecendo enquanto coletivo. Foi criado o grupo de estudos ‘Um mergulho no Atlântico’, com encontros mensais (sempre no segundo sábado) além de outras atividades que surgem a partir da urgência”, explica Lindaura.
A acadêmica da UFFS conta que o Coletivo também se constitui enquanto projeto de cultura e, com isso, o evento terá certificação aos participantes. “Ficou visível na tarde de sábado que o mais importante é estarmos juntos, dividindo angústias, abraços e uma palavra amiga - coisas que a pandemia impediu - mas também foi um encontro energizante pela luta contra o racismo. Como afirma Babu Gai, ‘tem que lutar com o coração e não para aparecer’”, completa a acadêmica.
Para mais informações sobre o Coletivo Beatriz Nascimento, entre em contato pelo e-mail cole.beatriznascimento@gmail.com ou acompanhe o perfil no Instagram @coletivo.beatriznascimento.
*Fotos: Fernanda Safira, Camila Pauletti Ribeiro e Angélica da Veiga.
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