Publicado em: 27 de setembro de 2017 11h09min / Atualizado em: 27 de setembro de 2017 11h09min
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim recebeu, na terça-feira (26), representantes do Instituto Brasileiro de Erva-mate (Ibramate) para debater a possibilidade de efetivação, em parceria, de projetos de pesquisa e extensão. Participaram da reunião, além da direção do Campus, docentes e acadêmicos.
De acordo com o professor Valdecir José Zonin, do curso de Agronomia da UFFS, o mercado da erva-mate tem demandado um aprimoramento das técnicas utilizadas pelos pequenos produtores desta cultura. “A cada ano o mercado vem segmentando-se e, ao mesmo tempo, se diferenciando. Os consumidores têm exigido produtos com maior qualidade, sabor e, acima de tudo, que sejam benéficos para a saúde”, falou o professor. “O Ibramate é uma organização recente no país, e vem atuando na divulgação das potencialidades desta cultura para o consumidor e para o agricultor.” Segundo o docente, o estreitamento das relações com o Ibramate, assim como outras instituições, permite “que a UFFS possa consolidar suas ações com a comunidade regional e nacional, tornando-se protagonista de ações que promovam o desenvolvimento”.
No encontro que ocorreu ontem, o presidente do instituto, Valdir Zonin, e o diretor executivo, Roberto Ferron, apontaram que a entidade possui carências para o desenvolvimento de pesquisas que auxiliem a cadeia produtiva. A linha de alimentos orgânicos, bem como a substituição de agentes químicos por parte dos produtores, constituem-se em áreas que ainda necessitam de base científica para sua completa efetivação.
Com mais de 190 princípios ativos em sua composição, a erva-mate é utilizada na produção de medicamentos, energéticos, essências, entre outros. Um dos objetivos do setor é qualificar a escala final da produção – visto que países como a Alemanha já trabalham com inovações que incluem, por exemplo, a área da gastronomia. Aliar qualidade, sustentabilidade e produtividade são outras metas que baseiam tanto o trabalho de pesquisa da UFFS quanto do Ibramate.
A reunião serviu para que docentes da UFFS apresentassem algumas de suas linhas de pesquisa que têm a erva-mate como objeto de estudo. Foram abordados temas como o manejo; controle de plantas daninhas; redução de custos para o produtor; análises de solo; doenças relativas à cultura, entre outros. A ideia é alinhar essas áreas para estudar casos como os diferenciais nutricionais, funcionais, aromáticos e qualidades de açúcares (a partir de ervais nativos, orgânicos e cultivo sombreado); mercados diferenciados para a erva-mate e ações de expansão dos produtos e mercados.
A ideia de criação de uma empresa júnior para o curso de Agronomia foi sugerida, a fim de facilitar a realização dos convênios e proporcionar aos acadêmicos outras oportunidades de atuação nessas parcerias, por exemplo, no projeto do Cadastro Ervateiro RS, que envolve pesquisas de campo. Por fim, o Ibramate comprometeu-se a passar um levantamento de demandas do setor, para que a Universidade possa organizar melhor o seu trabalho de cooperação.
O diretor da UFFS – Campus Erechim, Anderson Ribeiro, manifestou o interesse da Instituição em efetivar a parceria. “Acaba atendendo ao anseio que a UFFS sempre coloca em seus documentos, que é atuar naquilo que a região necessita em termos de pesquisa e extensão”, disse. “Muitas vezes pensamos somente na pesquisa, mas, devido ao que foi colocado, com a preocupação no debate com o produtor, acredito que pode haver, conjuntamente, um trabalho de extensão. Faz-se a pesquisa e o resultado se leva para os produtores da região. Os diferentes processos de convênios e termos de cooperação técnica dão conta de abranger um programa guarda-chuva que atenda, de forma vinculada, projetos de pesquisa e de extensão”, destacou o diretor.
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