Publicado em: 12 de dezembro de 2018 10h12min / Atualizado em: 12 de dezembro de 2018 10h12min
Se você entrar em alguma rede social, principalmente no Facebook, e digitar no campo de busca a hashtag #uffsproduz, encontrará uma série de publicações feitas por estudantes e servidores da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim. Os posts geralmente tratam sobre algum trabalho acadêmico desenvolvido na Instituição. Outros também utilizam a hashtag quando compartilham notícias da Universidade que corroboram com a sua missão de produzir conhecimento e, por consequência, auxiliar no desenvolvimento social. É disso que trata a ação UFFS Produz, criada pelos próprios alunos da Instituição e que dialoga com a preocupação da comunidade acadêmica brasileira em relação a movimentos que buscam deslegitimar as Instituições Públicas de Ensino.
O que uma Universidade Federal como a UFFS faz? O que ela produz? São essas as perguntas que alunos e servidores procuram responder ao utilizar a hashtag. Acadêmico do curso de Licenciatura em Ciências Sociais, Maikon Bueno explica que a ideia se consolidou com o auxílio do Diretório Acadêmico do curso de Filosofia, que produziu um tema (tipo um rodapé) para que todos utilizassem nas suas fotos de perfil das redes sociais. “Imediatamente as pessoas começaram a reproduzir e, além de utilizar o tema, postavam seus trabalhos”, conta.
“Acho relevante e de suma importância que os acadêmicos compartilhem suas atividades acadêmicas. Não apenas como forma de valorizar o conhecimento e aprendizado, independente da área da formação, mas também para mostrar o quanto nossa Universidade é rica em pluralidade e diversidade de ideias, com trabalhos aprovados e reconhecidos em nível nacional e internacional”, diz o futuro professor. “A produção acadêmica é mais que um repositório para o currículo, é um dever social. É um resgate da teoria com uma renovação da produção e execução do conhecimento acadêmico.”
Na foto acima, registro da atividade "Quero Entrar na UFFS", promovida pelo PET (Fotos: Wagner Lenhardt/Ascom)
Atualmente, levando em consideração apenas o Campus Erechim, a UFFS tem 139 projetos de pesquisa institucionalizados e vigentes e 20 grupos de pesquisa cujos líderes são docentes lotados no Campus. Se levarmos em conta a Extensão, os números são os seguintes: 12 programas, cinco projetos e três cursos. A UFFS – Campus Erechim possui nove cursos superiores e três mestrados. Tudo, claro, gratuito. Podemos também colocar na conta o Mestrado em Geografia, que será ofertado em parceria com o Campus Chapecó – o processo seletivo para a primeira turma do curso deve sair no primeiro semestre de 2019.
Utilizando a hashtag, Maikon deu o exemplo de um pouco do que já fez na UFFS. “Rodei as escolas da região com o projeto de extensão ‘Oficina de Democracia e Representação Política na Escola’, com o programa ‘Quero Entrar na UFFS’ pelo PET, atuei no CRAS, em escolas pelo PIBID e agora na Residência Pedagógica”, fala. “Desde 2014 estou envolvido em projetos de extensão, e considero um ótimo exemplo de produtividade do conhecimento acadêmico. Envolve o nosso olhar externo e o direcionamento de nossas ações para fora da universidade. Poder comparar, analisar, transformar todo o conhecimento em algo relevante e prático para a sociedade é algo magnífico.”
A ação UFFS Produz, segundo o aluno, rebate o discurso daqueles que tentam menosprezar o trabalho e as pessoas ligadas à Universidade. “Ocorre um desconforto por parte de algumas pessoas, que tentam estereotipar os acadêmicos da UFFS de forma negativa. São boatos ocasionados por quem desconhece o nosso trabalho, ou apenas acham que nos conhecem. E isso se dá principalmente nas redes sociais”, pontua. “Nossa ideia com a hashtag é rebater esses comentários mostrando nossas produções, compartilhando fotos, relatos ou um breve resumo sobre trabalhos, artigos produzidos, aulas, eventos, etc.”.
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Acadêmica do curso de Pedagogia, Fiama Paola Bonetti aderiu à ideia. “Já publiquei um certificado de um projeto do qual participei na Associação de Amparo à Maternidade e Infância (Assami) e também o certificado da Semana Acadêmica. Isso mostra que a UFFS tem várias atividades que geram conhecimento”, conta.
Aluno do curso de Licenciatura em Filosofia, Lucas Machado tem utilizado a hashtag ao compartilhar nas redes sociais as palestras realizadas na UFFS. “Vejo que muitos colegas aderiram à ideia. Em pouco tempo houve uma movimentação muito grande com o compartilhamento de trabalhos apresentados em eventos acadêmicos em geral”, destaca ele, que é diretor cultural do Diretório Acadêmico do curso. “O movimento surgiu de forma espontânea, sem que houvesse um pensamento estratégico, visando mostrar para a comunidade regional o que uma universidade produz e que a sua produção tem grande importância para todo o país.”
Lucas aponta ainda: “é necessário que as pessoas que não estão inseridas no meio acadêmico saibam da importância de uma instituição como a UFFS, que possui um rigor apurado e uma produção de conhecimento significativa”. E conclui fazendo uma observação sobre a chegada da Universidade Federal em Erechim: “criou uma movimentação econômica significativa, visto que são quase 2 mil alunos e mais de 200 servidores que utilizam o transporte público, os mercados, os aluguéis e o comércio em geral”.
Quem quiser se engajar na ação UFFS Produz é simples: basta utilizar a hashtag #uffsproduz quando compartilhar ou publicar algo relevante sobre a produção da Universidade.
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