Publicado em: 24 de agosto de 2020 16h08min / Atualizado em: 24 de agosto de 2020 16h08min
No início do mês de agosto, foi realizada a poda das plantas frutíferas cultivadas no Pomar provisório da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul. A realização da atividade seguiu todas as normas e orientações para prevenção da Covid-19.
O trabalho foi realizado por servidores da Coordenação Adjunta de Áreas Experimentais do Campus Laranjeiras do Sul, profissionais terceirizados, estudantes do Curso de Agronomia, integrantes do Grupo de Horticultura e voluntários do Grupo PET, sob orientação da professora Cláudia Lima, que trabalha com as áreas de fruticultura e olericultura.
Cláudia relata que “foi realizada uma poda de inverno ou poda seca, como algumas pessoas costuma chamar, porque para as espécies de clima temperado perdem as folhas durante o período de inverno. Essa poda consiste na retirada de ramos ladrão, secos, doentes ou quebrados, além das brotações que surgem no cavalo (porta enxerto). Não é uma poda intensa, é mais uma limpeza para facilitar a circulação de ar e a entrada de sol e para manter o sistema de formação delas, o que favorece tanto o desenvolvimento como a frutificação”.
A docente explica que “para as especieis que são conduzidas em vasos e que possuem entre 4 a 6 pernadas tentamos mantê-las, fizemos a manutenção das plantas que são conduzidas com líder central e o arqueamento dos ramos das espécies que precisam desse tipo de condução. Além disso, cuidamos da cicatrização dos ramos podados, evitando que determinadas doenças e fungos acometam as plantas”.
Como o pomar provisório do Campus não é grande, após a poda, foi aplicada canela em pó em todos os cortes, pois a mesma tem função cicatrizante. Cláudia comenta que “também pode ser aplicada uma pasta bordalesa. Quando o pomar é pequeno recomendamos em todo e qualquer corte a aplicação da pasta, já quando o pomar é grande usamos somente nos cortes realizados com serrote ou podão (aquela tesoura maior), para cortes realizados com a tesoura de poda normal não é necessário”. A docente salienta que “pode ser aplicada a calda bordalesa ou até mesmo uma tinta plástica a base de água, isso impede que a água concentre no corte e que insetos e doenças se desenvolvam a partir do local podado”.
Anteriormente a poda, foram realizados tratamentos de inverno e a adubação. Em algumas espécies também foram colocadas fitas antiformiga e, em todas as plantas, foi aplicada calda de alho, que tem a função fungicida, bacteriostática, além de estimular a brotação adequada. Posteriormente, serão realizadas novas aplicações de tratamento de inverno e adubações.
Cláudia recomenda: “a poda deve ser realizada utilizando ferramentas, sejam tesouras ou aparadores, adequados para cada tipo de planta e conforme a poda desejada”. A professora ressalta que para cada espécie existe um momento ideal e forma correta de realizar a poda, o que é fundamental para proporcionar o desenvolvimento e a produção adequada das plantas”.
“A poda é realizada quando a espécie precisa, não sendo aplicado calendário de poda, porque cada espécie vai manifestar o momento adequado de podar, de acordo com as condições climáticas da região, e quando essas espécies começam a emitir as brotações é o momento apropriado para realizar a poda. Lembrando que para alguns lugares, em função da geada tardia, essa poda talvez tenha que ser atrasada. Aqui em Laranjeiras do Sul, observamos que o período entre a segunda quinzena de julho e a primeira semana de agosto, acaba sendo o período apropriado, de acordo com as espécies. Mas conforme comentei, precisamos sempre observar a planta e não seguir um calendário”, enfatiza.
Os interessados em obter mais informações sobre a realização de podas podem entrar em contato com o Grupo de Horticultura da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul, no e-mail horticulturauffs.ls@gmail.com.
Pomar
O pomar provisório do Campus Laranjeiras do Sul foi implantado em outubro de 2016 e conta com, aproximadamente, 400 plantas de diversas espécies frutíferas, sendo conduzido e manejado de forma orgânica.
Atualmente, existem no pomar as seguintes espécies: Amora Preta, Araçá vermelho, Araçá Amarelo, Araticum, Banana, Butiá, Caqui, Cereja, Figueira, Goiabeira, Guabiju, Guabiroba, Guamirim, Jaboticaba, Laranja, Limão, Maracujá, Maça, Pêssego, Pitanga, Pitaya, Romã, Tangerina, Uvaia e Videira. O pomar construído totalmente com doações, inclusive de adubos e outros elementos. Todas essas espécies foram recebidas por doações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), via Projeto Quintais Orgânicos, da Engie Brasil Energia, de universidades parceiras, professores, técnicos-administrativos e estudantes do Campus.
Cláudia relata que o espaço em que o pomar está localizado é uma área que anteriormente tinha sido utilizada como estrada e o solo foi raspado, portanto, é um solo que, teoricamente, não estaria apto para fruticultura e apesar disso conseguimos manter as plantas. “Nossa proposta é que, no futuro, quando o pomar definitivo estiver em vigor, esse pomar seja uma área de lazer, entretenimento e interação entre a comunidade acadêmica. Atualmente é um local para atividades didáticas e experimentais, tanto em disciplinas ligadas à fruticultura, como nas áreas de solos, fertilidade, irrigação, saúde de plantas, entre outras”.
A professora comenta que “neste ano, devemos alcançar a marca de 100 atividades realizadas do pomar, entre aulas práticas, atividades de extensão, cursos, e isso é muito bom, porque não teríamos outro local na UFFS para desenvolver tais atividades, então esse espaço oportunizou que, aproximadamente, 100 atividades fossem realizadas até o momento”.
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