Interdisciplinaridade e avaliação na Pós-graduação foi tema da aula inaugural da turma 2024 do PPGADR
Evento contou com palestra da profa. Márcia Bento Moreira, coordenadora adjunta da Câmara Temática 1 - Área Interdisciplinar da Capes

Publicado em: 30 de agosto de 2024 14h08min / Atualizado em: 30 de agosto de 2024 14h08min


O Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (PPGADR) da UFFS - Campus Laranjeiras do Sul realizou, no dia 27 de agosto, a Aula Inaugural da Turma 2024. Professores, estudantes, técnicos administrativos e membros da comunidade regional participaram da atividade.

A Aula Inaugural contou com a palestra “Interdisciplinaridade e avaliação na pós-graduação: conexões de saberes e prática”, proferida pela professora Márcia Bento Moreira, coordenadora adjunta da Câmara Temática 1 (Políticas e Desenvolvimento de Territórios) da Área Interdisciplinar da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).

Durante a palestra, a professora Márcia apresentou a CAPES, discutiu sua atuação e abordou a avaliação multidimensional, que encerrará seu primeiro ciclo em 2025. Além das informações sobre a CAPES, a palestrante também comentou sobre o efeito Dunning-Kruger.


Professora Márcia Bento Moreira. Foto: Ascom-LS.

A docente falou sobre a polissemia do termo interdisciplinaridade, apresentando a visão da área interdisciplinar baseada no conceito de Edgar Morin, focando na forma como essa área enxerga a interdisciplinaridade. Ela destacou que gostaria que os programas interdisciplinares desenvolvessem e aplicassem metodologias que refletissem essa abordagem em suas atividades.

Aos mestrandos que estão ingressando no PPGADR, Márcia deixou uma sugestão: “Uma das primeiras dicas é se aproximar o máximo possível do seu orientador. Ele/ela vai te seguir e guiar na área metodológica científica, na própria instituição e para além dela, e, se for o caso, nas comunidades em que estiverem trabalhando. Percebi que aqui na região há muitas comunidades tradicionais, povos originários, e que este programa possui uma vertente muito forte e consolidada em relação a todas essas culturas diferenciadas que encontramos aqui ao redor. Então, alunos já matriculados ou ingressando no curso: concentrem-se muito nas recomendações dos seus orientadores, sigam as regras do programa e sejam brilhantes. Não pensem pequeno, pensem grande, porque vocês irão longe, tenho certeza absoluta".

As coordenadoras do PPGADR, professoras Liria Ângela Andrioli e Josimeire Aparecida Leandrini, ressaltam que o “objetivo foi acolher os mestrandos da Turma 2024, integrando-os à universidade e promovendo um processo de reflexão aprofundada. A intenção foi propiciar a troca de conhecimentos, na perspectiva do diálogo de saberes entre o conhecimento científico e o conhecimento popular. Além disso, a presença da professora Márcia fortalece nossa conexão com a área interdisciplinar à qual o Programa de Pós-Graduação está integrado, permitindo-nos avaliar e avançar na condução das próximas etapas do PPGADR".

“O evento também fortaleceu a conexão que o PPGADR estabelece com a comunidade regional, especialmente com os movimentos sociais que contribuíram para a criação da universidade e do Programa desde o início e que, muitas vezes, têm sido objetos de estudos empíricos decorrentes das dissertações”, destacam as coordenadoras.

Além da palestra, Márcia participou de diversas atividades no Campus. Uma delas foi a reunião com os docentes do PPGADR, onde se discutiu a questão da autoavaliação e do planejamento estratégico. Esse foi um momento de troca de experiências e de conhecimento, visando a contribuir para a etapa de autoavaliação e para a construção do planejamento estratégico do programa. A docente destacou que não é possível fazer um planejamento estratégico sem uma autoavaliação. “Em primeiro momento, eu preciso me conhecer. Então, o programa precisa se conhecer e perceber suas fortalezas, suas fraquezas, o que seus discentes, docentes e a comunidade esperam do programa. A partir desse momento de autoconhecimento dentro do programa, consigo criar um planejamento estratégico, onde todas as metas e objetivos que eu quero alcançar serão preenchidos a partir do que eu tenho de objetivos”, apontou.

“A autoavaliação tem que ser colaborativa. Não tem como a coordenação executar isso sozinha, e não tem como ser feita apenas com os professores. Eu preciso dos técnicos administrativos, dos discentes e da comunidade como um todo. O que a comunidade espera do programa? O que nossos alunos esperam dessa formação? Para que eles querem essa formação? E por aí afora. É um trabalho coletivo. Na área interdisciplinar, ninguém trabalha sozinho; há necessidade dessa troca de saberes para que tenhamos uma conectividade maior entre todos os atores, e isso se reflita no crescimento do programa”, acrescentou.

 

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