Publicado em: 24 de abril de 2015 08h04min / Atualizado em: 18 de janeiro de 2017 09h01min
Entre os dias 22 e 23 de abril, o projeto “Organização Produtiva de Mulheres e Promoção de Autonomia por Meio do Estímulo à Prática Agroecológica” realizou sua primeira atividade na UFFS – Campus Laranjeiras do Sul. Na quarta-feira atividades foram concentradas no Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (Ceagro), já na quinta-feira foram realizadas no Bloco A do Campus.
O projeto foi organizado em formato de curso e neste primeiro módulo foi abordado o tema “Agricultura Familiar e Camponesa: as questões de gênero na organização da produção”. Conforme a coordenadora do projeto no estado do Paraná, Siomara Marques, “este módulo introduziu definições conceituais sobre o que é agricultura familiar e camponesa, o que é campesinato e como a mulher é identificada em cada uma dessas 'realidades' sociais”. Segundo Siomara, “tais conceitos serão aprofundados nos demais módulos. Essa parte do conteúdo foi trabalhada pelas convidadas Jovânia Muller, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e Flávia Fernandes, aluna do mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável”.
Em relação ao tema agricultura familiar, Siomara destaca que “o assunto foi problematizado a partir da historicização do processo da revolução verde, passando pelos distintos sistemas de produção e organização agrícola até o surgimento de um novo paradigma, o agroecológico”. Esse conteúdo foi ministrado pelo professor da UFFS Paulo Mayer.
Para Siomara o curso tem um diferencial, pois é segmentado em seis módulos que serão ministrados para turmas de perfis diferentes: turmas específicas (agricultoras organizadas nos movimentos sociais); e mistas (dirigentes dos movimentos sociais e técnicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)). Conforme a coordenadora, “o grupo da turma mista é formado por todos os níveis de escolaridade, do fundamental à pós-graduação, além de unir as dirigentes dos movimentos sociais como Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), mulheres ligadas a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) e técnicas de ATER. Além disso, as participantes são oriundas de diversas regiões do Paraná”.
A coordenadora faz uma avaliação positiva desta primeira etapa: “a integração do grupo e o conteúdo proposto foram excelentes; além disso, as participantes solicitaram acesso prévio aos textos dos módulos, demonstrando o interesse e envolvimento, que certamente enriquecerá o curso”, destaca Siomara.
Próxima Etapa:
Entre os dias 27 e 30 de abril o módulo será trabalhado para as turmas específicas de mulheres vinculadas ao MMC e MST na cidade de Cascavel (PR).
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