Publicado em: 04 de abril de 2013 10h04min / Atualizado em: 17 de janeiro de 2017 09h01min
O professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul, Marcos Weingartner, foi um dos integrantes de uma pesquisa premiada no último mês pela Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquabio). O estudo trata do uso da bioimpedância como ferramenta de análise da composição corporal de espécies de peixes e foi apresentada durante o Aquaciência 2012, em Palmas (TO), na categoria “Piscicultura de Água Doce”.
Iniciado em 2009, o trabalho foi realizado em conjunto com pesquisadores, professores e acadêmicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Buscamos testar esta ferramenta chamada bioimpedância em peixes, já que ela é bastante usada em humanos para avaliar, principalmente, a condição física de atletas. O aparelho usado neste método transmite uma corrente elétrica de um lado ao outro do corpo. Essa corrente tem características que a fazem transitar de forma diferente na carne magra e na carne gorda. Com as medidas de corrente, é possível definir o índice de gordura corporal”, explica Weingartner. O grande benefício de utilizar a bioimpedância nesse processo de definição do índice de gordura é que, diferente da forma tradicional, não é necessário sacrificar o peixe.
De acordo com o professor, o índice de gordura corporal é uma informação importante na piscicultura, pois, dependendo da situação, o índice desejado é diferente. “Quando o peixe vai para o comércio para consumo, deseja-se um animal com carcaça magra, ou seja, com índice de gordura corporal baixo. Já quando se trabalha em um programa de repovoamento, liberando o peixe em um ambiente natural, o animal pode sentir o impacto de condições e ficar um tempo sem se alimentar. Por isso, nessa situação, é muito importante que o peixe esteja com uma condição corporal boa para que consiga passar por essa fase de adaptação no ambiente até começar a encontrar o alimento”, exemplifica.
A pesquisa foi realizada com quatro espécies nativas brasileiras (Jundiá, Suruvi, Dourado e Curimbatá). Foram criados dois grupos de peixes de cada espécie: um alimentado com ração de alto teor energético e outro com ração de teor baixo. Após serem alimentados por quatro meses, os peixes passaram por medições através do método da bioimpedância. “Para comparar este novo método com o tradicional, que é destrutivo, os animais foram abatidos para análise de carcaça. Com a comparação das medidas, foi gerada uma fórmula matemática. A partir disso, utilizando essa fórmula, não é mais necessário abater os peixes dessas quatro espécies para chegar aos dados reais”, ressalta Weingartner.
O trabalho foi apresentado também no Aqua, evento mundial da área da aquicultura realizado pela World Aquaculture Society, em Praga, na República Tcheca, no ano passado.
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