Publicado em: 15 de maio de 2014 08h05min / Atualizado em: 19 de janeiro de 2017 09h01min
Na última quarta-feira (21), o Grupo de Estudos e Extensão em Comercialização e Agroecologia (Geeca) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul promoveu uma oficina de panificação para agricultoras da Associação de Grupos de Agricultura Ecológica (Agaeco), localizada em Turvo, Paraná. Além das agricultoras, que fornecem produtos para alimentação escolar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a atividade contou ainda com a participação de duas representantes das escolas.
Francielly Tluscik, presidente da Agaeco, iniciou a oficina com uma conversa sobre a importância e valorização da agroecologia, suas potencialidades e os benefícios de seu consumo pelos escolares. Na sequência, as agricultoras expuseram seus desafios e dificuldades e as representantes das escolas também participaram colocando a visão e necessidade dos estabelecimentos de ensino.
A oficina foi ministrada pela nutricionista Larissa da Cunha Feio Costa, integrante do Geeca. Ela expôs a importância da padronização dos produtos ofertados às escolas e sugeriu a utilização da Ficha Técnica de Preparação, a fim de facilitar esse trabalho. Participaram também a bolsista do Geeca Gláucia Keli Back e a aluna do Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável da UFFS Camila Traesel Schreiner.
"Cada agricultora preparou uma receita de panificados que costuma enviar para as escolas. Dessa forma, tivemos diferentes tipos de pães, cucas e bolachas", conta Larissa. A nutricionista, auxiliada pela bolsista Gláucia e pela mestranda Camila mediram cada receita em gramas e em medida caseira. Após o preparo das receitas, elas promoveram um teste de degustação às cegas.
Sem saber de quem era a receita, as agricultoras degustavam e votavam naquela que consideravam a melhor. Ao final, o grupo elegeu a melhor receita de pão, cuca e bolacha. Com essa definição, a nutricionista Larissa elaborará uma Ficha Técnica de Preparo para que todas as agricultoras possam fazer a mesma receita e, desta forma, manter a padronização e qualidade dos produtos ofertados às escolas.
"Nosso foco foi realizar a manutenção da qualidade e da padronização dos produtos elaborados para o PNAE. A alimentação escolar tem importância para o crescimento,desenvolvimento, saúde e também rendimento escolar das crianças, então deve ser elaborada da melhor maneira possível. Com a oficina pudemos refletir sobre a importância da agroecologia na alimentação escolar e também ouvir quais são os desafios e dificuldades das agricultoras. Essa troca sem dúvida gera benefícios para todos", aponta a nutricionista.
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