Publicado em: 22 de julho de 2014 08h07min / Atualizado em: 19 de janeiro de 2017 08h01min
Foi realizado na última sexta-feira (18), na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul, o seminário “Extensão Rural, Agroecologia e Reforma Agrária”. Promovido pelo curso de Agronomia, o seminário apresentou formatos metodológicos e organizativos para uma extensão rural com enfoque agroecológico e debateu questões relativas à metodologia de assessoria em agroecologia e sua implementação em assentamentos de reforma agrária.
“Este seminário é extremamente importante porque ele trata da extensão, da inserção dos nossos profissionais no espaço rural e nas empresas, e das metodologias utilizadas no seu processo de construção”, aponta Paulo Henrique Mayer, diretor da UFFS - Campus Laranjeiras do Sul.
Para Marcos Correia, acadêmico da 9ª fase de Agronomia, o seminário integra conhecimentos da academia com acontecimentos fora da universidade. “É muito interessante ter esses eventos que associem os ensinos da universidade com a realidade que vem acontecendo, como é o caso da extensão rural, como ela está sendo desenvolvida no contexto regional, estadual e nacional”, diz o aluno.
Palestras
A implementação da agroecologia no âmbito do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi o tema da palestra de Ricardo Serra Borsatto, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). “A ideia é compartilhar com os estudantes e com os presentes um pouco da questão da agroecologia dentro do MST: como esse movimento vem incentivando a agroecologia e o que vem ocorrendo dentro dos assentamentos em relação a essa transformação do sistema de produção de base química, produtivista, para um sistema de produção de base mais ecológica”, explica Borsatto.
Jairo Antonio Bosa, coordenador técnico da Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas de Minas Gerais (Rede-MG), palestrou sobre metodologia de assessoria a grupos de agricultores ecologistas. “Para essa nova concepção de desenvolvimento - baseado na agroecologia, na reforma agrária, na agricultura familiar – é preciso discutir de que modo os técnicos vão trabalhar com os agricultores, de que modo eles vêm trabalhando e quais as metodologias mais adequadas para isso”, aponta o palestrante.
Dentre as metodologias, Bosa destacou a metodologia participativa. “O grande chavão são as metodologias participativas. Mas o que é, no dia a dia, uma metodologia participativa? É como você organiza uma reunião, como faz uma atividade? Ou é também como você organiza todo o conjunto do seu trabalho, como um método, um caminho, que possibilite a participação, possibilite aos agricultores dominarem as tecnologias, os conhecimentos, para aplicarem na sua propriedade?”, questiona Bosa.
Leonardo Xavier, coordenador da equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)/Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (Ceagro) também se apresentou e falou sobre a experiência de assistência técnica e extensão rural em agroecologia nos assentamentos da região.
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