Estudo que identificará casos de Covid-19 no Estado tem início neste sábado
Pesquisa será realizada em nove cidades gaúchas

Publicado em: 11 de abril de 2020 09h04min / Atualizado em: 11 de abril de 2020 15h04min

O estudo sobre a pandemia do COVID-19, que está sendo coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com Instituições de Ensino e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, será iniciado neste sábado e domingo (12/04).

 

Este estudo busca identificar a proporção de casos de infecção do coronavírus, incluindo pessoas assintomáticas, e a evolução da doença em oito regiões do Estado.

 

O município de Passo Fundo integra uma das nove cidades que farão parte do estudo, juntamente com Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul/Lajeado e a região metropolitana de Porto Alegre.

 

Nesta semana, os entrevistadores receberam um treinamento para que a partir deste sábado as equipes estejam nas ruas, convidando as pessoas a participarem da pesquisa, em suas residências. Cada entrevista, dura aproximadamente 15 a 20 minutos, e será realizado um teste rápido para identificação do COVID-19, seguido de um questionário a ser respondido.

 

Em Passo Fundo, neste primeiro bloco de testes, 500 pessoas de diversos bairros serão entrevistadas, sendo que o processo se repetirá a cada 15 dias, por quatro etapas. Dessa forma, é importante que as pessoas aceitem participar deste estudo e recebam os entrevistados em suas casas, pois essa iniciativa irá auxiliar a gestão municipal e estadual, no direcionamento de estratégias e medidas de combate ao enfrentamento da pandemia.

 

A UFFS também participa no apoio a essa pesquisa, por meio professores e alunos, que compõe a equipe de logística do projeto. A professora da UFFS, Dra. Shana Ginar da Silva, é uma das responsáveis pelo recrutamento de pesquisadores voluntários para o desenvolvimento do estudo, assim como os professores Dr. Jeovany Martínez-Mesa (IMED) e Dr. Kauê Collares (UPF).

 

Objetivos principais da pesquisa

  • Estimar o percentual de pessoas infectadas no RS através de inquéritos epidemiológicos sequenciais
  • Conhecer a evolução (velocidade) de propagação do coronavírus
  • Identificar o percentual da população que é assintomática (não manifesta sintomas da doença)
  • Auxiliar o governo do Estado e demais organismos na definição das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19

Iniciativa

Governo do Estado, através do Comitê de Análise de Dados, criado pelo Decreto nº 55.129 (06.03.2020) e coordenado pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) do RS.

Coordenação

Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Instituições parceiras

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs)

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa)

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc)

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí)

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana)

Universidade de Caxias do Sul (UCS)

Universidade Federal da Fronteira Sul (Uffs/Passo Fundo)

Universidade de Passo Fundo (UPF)

Faculdade Meridional –Imed Passo Fundo

Apoio

Ministério da Saúde

Parceiros

Unimed Porto Alegre

Instituto Cultural Floresta, de Porto Alegre

Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro

Empresa responsável pela coleta de dados

Instituto de Pesquisas e Opinião (IPO)

Metodologia

Serão realizados inquéritos transversais repetidos, de base populacional, com amostragem realizada em municípios sentinela, por regiões geográficas do estado, com desenho baseado em recomendações da OMS. Esta seleção de municípios sentinela se justifica pela exiguidade de tempo e disponibilidade limitada de testes. O processo amostral de cada inquérito será independente e realizado em múltiplos estágios.

Cidades onde será aplicada a pesquisa

A partir de critérios do perfil populacional (IBGE), a pesquisa de campo será em nove cidades: Pelotas • Santa Maria • Uruguaiana • Ijuí • Passo Fundo • Caxias do Sul • Santa Cruz do Sul •Porto Alegre e Canoas

Quantos testes serão aplicados

Serão aplicados 18 mil testes, divididos em quatro rodadas a serem implementadas com intervalo de duas semanas, com coletas nas residências escolhidas aleatoriamente por sorteio. A cada etapa, novas pessoas serão diagnosticadas – com aplicação de 500 testes por cidade.

Como será a coleta dos dados

O Instituto de Pesquisa e Opinião (IPO) será a empresa responsável pelo trabalho de coleta de dados. O levantamento será realizado através de visitas domiciliares, em que os participantes serão submetidos a um teste rápido para a Covid-19 e responderão a um questionário de vinte minutos (60 perguntas) sobre sintomas do coronavírus e práticas de isolamento social para prevenção da doença. É importante frisar que as casas que compõem a amostra do estudo são sorteadas aleatoriamente, sem que a equipe de pesquisa tenha qualquer informação prévia sobre se os participantes já apresentaram sintomas ou contraíram a Covid-19.

O teste rápido, de fácil execução, utiliza uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo, que será analisada pelo aparelho de testes em aproximadamente 15 minutos. O participante recebe o resultado do teste na hora.

Quem aplica os testes

Vinte e cinco voluntários, entre profissionais e estudantes da área de saúde, serão responsáveis pela realização dos testes rápidos e entrevistas em cada uma das nove cidades que participam do inquérito, sob supervisão do Instituto de Pesquisa e Opinião e da instituição.

O teste é seguro para entrevistadores e participantes.

Todos os voluntários recebem treinamento especializado para uso de EPIs, aplicação dos testes, medidas de higienização e cuidados de segurança à saúde.

Divulgação dos Resultados

Os resultados serão divulgados “em tempo real” por integrantes da coordenação do estudo e do Governo do RS em aproximadamente 48 horas após a finalização de cada rodada do inquérito populacional.

Total de recursos investidos na pesquisa

O custo do trabalho, de R$ 1 milhão, será financiado pelas instituições apoiadoras do projeto: Unimed Porto Alegre, Instituto Cultural Floresta, também da capital, e Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.

Galeria de Imagens: