Acadêmicos de Medicina Veterinária participam de curso de inseminação artificial
Ao todo, 18 acadêmicos participam do curso que envolve conteúdos como: manuseio adequado de sêmen, melhoramento genético, enfermidades reprodutivas, além da técnica de inseminação artificial.

Publicado em: 20 de setembro de 2012 09h09min / Atualizado em: 25 de abril de 2017 15h04min

Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, por meio do Programa de Educação Tutorial (PET), está promovendo aos acadêmicos do curso de Medicina Veterinária um curso de inseminação artificial em bovino. As aulas são realizadas no Centro de Tecnologia em Reprodução e Genética (Centergen), localizado no município de Francisco Beltrão.

Ao todo, 18 acadêmicos participam do curso que envolve conteúdos como: manuseio adequado de sêmen, melhoramento genético, enfermidades reprodutivas, além da técnica de inseminação artificial. “Esta é uma das ferramentas mais elementares para melhoria da qualidade genética do gado, mas ainda não é completamente difundida entre os produtores de leite da agricultura familiar da região. Os estudantes irão aprender com objetivo de auxiliar os produtores atendidos pelo PET”, explica o tutor do programa, professor Adolfo Firmino da Silva Neto.

O curso iniciou nessa terça-feira (18) e segue até esta sexta-feira (21), mas hoje (20) os acadêmicos tiveram o primeiro contato com a prática de inseminação artificial. “Esse é um aprendizado para a vida toda. Participar das aulas nos deixa mais preparados para orientar o produtor rural”, comenta o acadêmico Rodrigo Stanilawski. Apesar de não participar do PET, a acadêmica Carla Furlanetto também aproveitou para fazer o curso. “Todo conhecimento extra é importante para nossa formação, sendo que, futuramente, a inseminação artificial pode se tornar uma alternativa de trabalho”.

De acordo com o instrutor do Senar, Francisco Romano Gaievski, a utilização do melhoramento genético, por meio da inseminação artificial, chega a 10% no Brasil. “Com a formação de novos profissionais, acredito que mais produtores possam se beneficiar dessa técnica, então é importante a participação dos acadêmicos nesse curso”, ressalta.

Entre as vantagens da inseminação artificial em bovinos está o controle de doenças reprodutivas, o aumento da produtividade e a relação custo/benefício de manutenção da técnica, conforme salienta Gaievski. “A média de produção de um animal é de nove litros de leite por dia em Realeza, mas esse volume pode chegar a 40 litros com o melhoramento genético. O custo disso é menor se comparado com a manutenção que o produtor tem ao manter um touro”, explica.