Com objetivo de prevenir acidentes com animais peçonhentos e sensibilizar a comunidade quanto à importância da preservação da biodiversidade, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza desenvolve o Projeto de Extensão “Animais Peçonhentos: mitos e verdades”. A atividade de orientação é feita em escolas e colégios públicos da área urbana e rural da região Sudoeste do Paraná. A última visita foi realizada, na quarta-feira (19), em colégios do município de Santo Antônio do Sudoeste.
O trabalho inicia com palestras educativas que apresentam algumas caraterísticas e diferenças entre os animais peçonhentos, que são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões por onde o veneno passa e, portanto, injetam o veneno ativamente. Dentre esses animais destacam-se as serpentes, as aranhas, os escorpiões e algumas espécies de lagartas. Ao final, os participantes podem conferir de perto alguns desses animais em uma exposição feita pelas acadêmicas do projeto Josiane Aparecida Longaretti e Daniela Ferrandin Hansen.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Ruben Alexandre Boelter, o intuito é desfazer concepções distorcidas a respeito dos animais peçonhentos, mostrando a importância ecológica deste grupo. “Numa gama de animais, a minoria é peçonhento. Muitas vezes as pessoas acabam matando um animal, sem ter conhecimento de quais podem realmente causar algum tipo de problema. Os mais perseguidos nesse grupo são as serpentes”, explica.
Visita a colégios
Nessa quarta-feira (19), o projeto visitou os Colégios Estaduais Antônio Schiebel e Humberto de Campos, de Santo Antônio do Sudoeste. A atividade foi realizada com alunos do ensino fundamental e médio de ambos os locais.
A curiosidade dos alunos é despertada principalmente com a exposição dos animais, quando é possível ver suas características. A exposição é formada por aranhas, escorpiões, cobras, sapos, entre outros animais preservados da UFFS – Campus Realeza.
Para o aluno do ensino médio, Patrick Alexandre, de 14 anos, a iniciativa é muito interessante, pois ajuda a prevenir acidentes, além de conhecer os diferentes tipos de animais peçonhentos. A aluna do ensino fundamental, Isis Canzi Legramante, já conhecia alguns deles, mas apenas nos livros.
Cuidados
Os problemas mais sérios envolvem picadas de cobras, escorpião amarelo e aranha-marrom. No Paraná, há uma grande incidência de acidentes com a aranha-marrom. O animal mede em torno de 4 cm de diâmetro quando adulto. Sua coloração é marrom e possui pernas longas e finas.
Alguns cuidados simples como manter o quintal limpo e verificar roupas e calçados antes de vesti-los ajudam a evitar os ataques. Acidentes com animais peçonhentos não são muito frequentes, mas ao se deparar com algum deles o importante é manter a calma.
Integrantes do projeto
Atuam como colaboradores do projeto os professores Daian Pinto de Oliveira (UTFPR), Berta Lúcia Pereira Villagra, Marilisa Bialvo Hoffmann e Paula Vanessa Bervian. Participam também as acadêmicas Josiane Aparecida Longaretti (6º Fase de Ciências Biológicas) e Daniela Ferrandin Hansen (6º Fase Química).